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terça-feira, 27 de março de 2012

O canto do Urutau

Ururtau - fotografia porThe Lilac Breasted Roller from Sullivan's Island, USA

Os urutaus são aves noturnas restritas às regiões mais quentes do Novo Mundo, que pertencem ao género Nyctibius e à família Nyctibiidae. Também são chamados de mãe-da-lua. Conhece-se um fóssil de Nyctibius griseus do Pleistoceno de Lapa da Escrivaninha, Lagoa Santa, Minas Gerais. O urutau é uma ave de hábitos noturnos. Sua alimentação é constituída basicamente de insetos que apanha em pleno voo, principalmente os grandes, porém pode comer outros animais de pequeno porte, como morcegos, lagartos e pequenos pássaros. É uma ave que utiliza muito bem sua plumagem para se camuflar. Normalmente se passa por um pedaço de madeira, um galho de árvore ou mesmo troncos partidos ou em pé. Costuma ficar estático, não se assustando facilmente. Alcança até 37 cm fora a cauda. Não é uma espécie acostumada ao convívio urbano.

Crenças populares:  O urutau é tido como nobre pelos moradores rurais por simbolizar força e pela forma como se protege dos perigos e dos predadores. A ave, por seu canto, figura entre várias lendas. Segundo os sertanejos, o urutau aparece na hora em que a lua nasce e seu canto triste se assemelha a “foi, foi, foi...”. Uma lenda diz que o pássaro seria uma mulher que perdera seu amor. Por isto, ele teria o nome de pássaro-fantasma. Outros dizem que o canto da ave é um presságio ou aviso de morte de algum familiar. Identificado também, pela sua maneira de pousar em tocos, como EMENDA-TÔCO. 

Origem do nome:  Alguns pesquisadores argumentam que o nome da ave vem da união de duas palavras do guarani: guyra (ave) e taú (fantasma). Outros dizem que o nome é uma onomatopéia para o canto do pássaro: urutau, urutau, em notas graves e decrescentes.

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