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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Não se apresse em fazer julgamentos



Em uma terra distante, um rei tinha quatro filhos, e desejava que eles adquirissem grande sabedoria para que, um dia, pudessem governar em seu lugar. Foi então que, ao se dar conta de que eles chegavam a conclusões com muita rapidez, e não tomavam tempo para contemplar as coisas, considerou que já era a hora de que eles aprendessem a não ter pressa quando fizessem seus julgamentos.
Por este motivo, o rei convidou cada um dos príncipes para fazer uma viagem e observar uma árvore que fora plantada num local distante. O primeiro filho chegou lá no INVERNO, o segundo chegou na PRIMAVERA, o terceiro chegou no VERÃO e o quarto, o caçula, no OUTONO. Quando eles retornaram, foram reunidos pelo pai, quem pediu a eles que contassem o que tinham visto.
O primeiro, que tinha chegado no INVERNO disse que a árvore era feia e acrescentou: “Além de feia, ela é seca e retorcida!”
O segundo, que havia chegado na PRIMAVERA, disse que aquilo não era verdade. Contou que encontrou uma árvore cheia de botões, e carregada de promessas.
O terceiro, que encontrou a árvore no VERÃO, disse com grande alegria que ela estava coberta de flores, e que estas tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas que ele arriscaria dizer que eram a coisa mais graciosa que ele jamais tinha visto.
O último filho, que havia chegado no OUTONO, disse que a árvore estava carregada e arqueada cheia de frutas, vida e promessas. O pai então explicou a seus filhos que todos eles estavam certos, porque eles haviam visto apenas uma estação da vida da árvore. Ele disse que assim como não se pode julgar uma árvore por apenas uma estação, também não se pode julgar uma pessoa.
Todas as coisas na vida só podem ser compreendidas em sua essência quando são contempladas em sua totalidade, exatamente como no momento em que todas as estações do ano se completam. Se abandonamos as pessoas e os projetos no INVERNO, perderemos as promessas da PRIMAVERA, a beleza do VERÃO e a expectativa do OUTONO.
Não se deve permitir que o sofrimento e a privação causados por uma estação destruam a alegria e a abundância de todas as outras. É um erro julgar a vida e as pessoas apenas por uma estação difícil ou um comportamento equivocado. Tudo o que é aparente está em constante mudança, e por isso devemos nos concentrar no que é eterno, e assim superaremos em qualquer dificuldade.

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