quinta-feira, 28 de abril de 2011

Roseira brava


...Havia outra coisa sobre o travesseiro, que escorregou  e modificou-se, um botão de rosa ainda não aberto, depois uma rosa cheia. E quando Morgana o pegou, era o fruto da roseira brava, pulsando de vida acre. Enquanto o contemplava, ele encolheu-se, murchou e ficou seco, na palma de sua mão. E ela compreendeu, de súbito.

A flor e até mesmo o fruto são apenas o começo.
 Na semente está a vida e o futuro.


E o que eu sou deve ser escondido, como a rosa está escondida dentro da semente.


Texto: As Brumas de Avalon - Livro 3 ( O Gamo-Rei )  -  Marion Z. Bradley
imagem 1: Carta VI - Os Amantes - Madru - A Lenda da Grande Floresta - Frederick Hetman - ilustrado por Tilman Michalski
imagem 2: Wikipedia: Rosa Canina ilustação de Otto Wilhelm Thomé

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O simbolismo do número três


A bandeira da ilha de Man mostra um tríscele com Três Pernas de emblema, no centro de uma bandeira vermelha. As três pernas estão unidas na coxa e dobradas no joelho. A fim de ter os dedos apontando no sentido horário.
O tríscele tem as suas raízes Celtias como símbolo do sol que também era utilizada por muitas outras civilizações antigas, incluindo os micênios. A bandeira é semelhante a da Sicília.


A bandeira da Sicília foi originalmente adotada em 1282 após um importante evento histórico denominado Vésperas Sicilianas.
É caracterizada pelo tríscele (por vezes erroneamente denominado trinacria) ao centro, a cabeça de Medusa e três espigas de trigo. As três pernas dobradas supostamente representam boa sorte e prosperidade.
Um tríscele (do grego triskélion; trislelís, "com três pernas") é um símbolo formado por três espirais entrelaçadas, por três pernas humanas flexionadas ou por qualquer desenho similar contenham a ideia de simetria rotacional.


O tríscele é o símbolo identificativo de quatro nações europeias: a Bretanha, a Ilha de Man, a Galiza e a Sicília.
Os trísceles de Man e da Sicília são formados por três pernas dobradas e entrelaçadas na região da virilha. Enquanto que o tríscele de Man são três pernas envolvidas por uma armadura, o tríscele siciliano contém em seu centro a imagem da cabeça de uma Medusa.

Made by Alejandro Mery based on Image:Flag_of_Sicily.svg (from Angelo Romano) which is also {{PD-self}}

O tríscele da Galiza são três meias luas girando sobre o mesmo ponto.
O tríscele é um símbolo que aparece em muitas culturas da Antiguidade, como a dos Celtas ou a micênios ou dos lícios. No caso da Bretanha, Ilha de Man e Galiza é própria da cultura Celta. No caso da Sicília seria herdado da Civilização micênica. Também é um emblema heráldico posto em escudos de guerreiros ilustrados na cerâmica da Antiga Grécia. (Wikipédia)

imagem1: Triskle -  Symbolom.com.br

Triskle é um símbolo celta que representa as tríades da vida em eterno movimento e equilíbrio.

Nascimento-Vida-Morte
Corpo-Mente-Espírito
Céu-Mar-Terra

Este importante símbolo, também conhecido como triskele, triskelion ou tryfot, é uma espécie de estrela de três pontas, geralmente curvadas, o que confere ao símbolo uma graciosa fluidez de movimento. Pode ainda ser definida como um conjunto de três espirais concêntricas. É um dos elementos mais presentes na arte celta, e tem sua origem atribuída aos povos mesolíticos e neolíticos. O triskele é um antigo símbolo indo-europeu. Também era utilizado por povos germânicos e gregos.
Os Celtas consideravam o três como sendo um número sagrado. A primitiva divisão do ano em três estações - primavera, verão e inverno - pode ter tido seu efeito na triplicação de uma deusa da fertilidade com a qual o curso das estações era associado.
Ou seja, o triskle, com suas três pontas, está associado ao fluxo das estações e por conseqüência representa a própria Deusa. Ademais, temos uma conexão óbvia com as três faces da Deusa (Donzela, Mãe e Anciã), bem como às três fases da lua (crescente, cheia e minguante), ou ainda com nossa natureza tríplice (corpo, mente e alma). Assim sendo, fica clara a importância do triskle para a religião da Deusa. Sua presença em achados arqueológicos em terras celtas, da Irlanda à Europa Oriental, atesta sua ampla adoção pelos Antigos.
A iconografia continental atribui grande ênfase ao simbolismo da tríade, o conceito da triplicidade, e o conteúdo mítico-literal ausente no continente é amplamente fornecido pela infindável variação desse tema na literatura irlandesa e galesa.
Os Celtas consideravam o três como sendo um número sagrado. A primitiva divisão do ano em três estações - primavera, verão e inverno - pode ter tido seu efeito na triplicação de uma deusa da fertilidade com a qual o curso das estações era associado.

imagem Deusa Tríplice: Feminino essencial

Para a Wicca, o triskle, com suas três pontas, está associado ao fluxo das estações e por conseqüência representa a própria Deusa. Ademais, temos uma conexão óbvia com as três faces da Deusa (Donzela, Mãe e Anciã), bem como às três fases da lua (crescente, cheia e minguante), ou ainda com nossa natureza tríplice (corpo, mente e alma). Assim sendo, fica clara a importância do triskle para a religião da Deusa. Sua presença em achados arqueológicos em terras celtas, da Irlanda à Europa Oriental, atesta sua ampla adoção pelos Antigos.
A iconografia continental atribui grande ênfase ao simbolismo da tríade, o conceito da triplicidade, e o conteúdo mítico-literal ausente no continente é amplamente fornecido pela infindável variação desse tema na literatura irlandesa e galesa. (Symbolom.com.br)





"A Quimera, criatura formada por três partes de animais: o leão, a cabra e a serpente, era também um símbolo do ano dividido em três partes: a primavera, o verão e o inverno.
Somente depois do surgimento do patriarcado, esse animal, que era originalmente considerado sagrado, passou a ser a representação máxima do mal e do perigo, e por isso foi morto pelo herói grego da Antiguidade Belerofonte, que mais tarde serviu de modelo para as características e feitos de São Jorge." 
(Hajo Banzaf - Simbolismo e significado dos números)* 


Número divino:
"Os céus deram aos homens três coisas para compensar as diversas  dificuldades da vida:
A ESPERANÇA,
O SONO E
O SORRISO."
Immanuel Kant*


"O Tao gera o Um
O Um gera o Dois
O Dois gera o Três
O Três gera todas as coisas.."
Lao Tse/Tao -Te-King

terça-feira, 26 de abril de 2011

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Avalon


"Avalon estará sempre ali para todos os que puderem buscar o caminho, por todos os séculos e além dos séculos. Se não puderem encontrar o caminho de Avalon, isso talvez seja um sinal de que não está prontos pra isso. "


quarta-feira, 20 de abril de 2011

Os Upanishads

clique na imagem

terça-feira, 19 de abril de 2011

Rig Veda

Ó Deus que sois em número de onze nos céus; que sois em número de onze sobre a Terra, e que, em número de onze habitais com glória no meio dos ares, possa nosso sacrifício vos ser agradável.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Odin e árvore do mundo - Arcano XII

Segundo o Edda Odin ficou pendurado durante 9 dias na árvore do mundo, Yggdrasil. Quando caiu, havia descoberto as runas, era uma sábio poderoso.
imagem: Odin

Sei que pendia da árvore flexível,
Durante nove longas noites,
Ferida pela lança 
Dedicada a Odin,
Eu mesma me feri
No galho da árvore;
Não é possível descobrir
De qual raiz ele cresceu.

imagem: Yggdrasil

A árvore do mundo fica no colo da Mãe Terra, perto do ônfalo, o umbigo do mundo, e une as camadas deste na medida em que chega com suas raízes aos mundos subterrâneos e atinge o céu com sua coroa. De Yggdrasil flui mel, que dá força e sabedoria. Esta árvore cresce do céu para a terra.


imagem: Wikipédia

ARCANO XII
De cabeça para baixo, vejo o mundo com outros olhos. 
(Sheldon Kopp) 

imagem: Epinal Tarot

Pela imobilidade exterior é possível desenvolver-se a liberdade interior. De cabeça para baixo durante um tempo mais demorado notamos melhor o ritmo cardíaco. O ritmo do "eu sou". Os místicos orientais denominam  este ritmo de "nada", (respectivamente microcosmo = macrocosmo) "a batida cardíaca" do absoluto respectivamente corresponde à do universo.  

Fonte do texto: Hajo Banzaf - Manual do Tarô - Ed. Pensamento

sábado, 16 de abril de 2011

O sagrado segredo das ervas

imagem: Circe

Antigamente, várias ervas e plantas, que se supunha possuírem poderes místicos, recebiam apelidos ''bruxos".
Alguns desses antigos nomes ainda são usados por muitos bruxos e herbalistas de hoje, como:
Grama-de-feiticeira = Grama-de-ponta (Agropyron repens);
Sinos de fei­ticeira/ou luvas de feiticeira = Dedaleira (Digitalis);
Vassoura de feiticeira = Urze (Calluna vulgaris);
Er­va de feiticeira = Cicuta venenosa (Conium maculatum);
Círio de bruxa/ou  vela de feiticeira = Verbasco (Verbascum thapsus);
Bolsa de feiticeira = Bolsa-de-pastor (Capsella bursa-pastoris);
Flor de cigano = Cinoglossa (Cynoglossum officinale);
Erva de cigano = Verônica (Verónica officinalis);
Pé de druida velho = Estrela resplandecente (Chamaelirium luteum)*;
Violeta de mágico = Pervinca (Vinca minor); e
Raiz de feiticei­ra = Ginseng (Panax ginseng).

Historicamente, a Verbena tem sido asso­ciada à bruxaria, magia e feitiçaria; por essa razão recebeu os apelidos bem apropriados de Erva de bruxo e Planta de encantamento.
Na antiga Roma era conhecida como a Erva do bom presságio, sendo utilizada para decorar os altares dos deuses.
Muitas ervas usadas pelos bruxos foram colhidas, comidas ou sacrificadas em honra a certas deidades pagãs. 
Suas associações mitológicas estão refletidas nos apelidos:

Verbascum thapsus
Grupo de Júpiter  - Verbasco (Verbascum thapsus);
Raio de Júpiter -  Meimendro (Hyoscyamus níger);
Lágrima de Juno, Planta de Mercúrio ou  Lágrimas de Ísis - Verbena (Verbena); e
Barba de Júpiter/ou Olho de Júpiter - Sempre-viva dos telhados (Sempervivum Tectorum).
* Nome popular de três plantas norte-americanas: 
Aletris farinosa, Chamaelirium luteum e Liatris squarrosa. (N.T.)

Na Idade Média, quando a Igreja Cristã ganhou po­der, as deidades de natureza pacífica da Religião Antiga foram transformadas nos diabos da nova religião, e muitas ervas, associadas aos pagãos, tomaram-se ervas do diabo e receberam apelidos como:

Pedaço do diabo = Estrela resplandecente (Chamaelirium luteum),
Nabo do diabo = Briônia (Bryonia dioica);
Chapéu do diabo = Bardana (Petasites);
Erva do diabo = Junípero (Juniper sabina);
Provocação do diabo/brinquedo do diabo = Milefólio (Achillea millefolium),
Vinha do diabo = Trepadeira (Convolvulus sepium)',
Maçã de Satã e Vela do diabo = Mandrágora europeia (Mandragora officinarum);
Pedaço do diabo = Heléboro (Veratrum viride):
Ossos do diabo = Inhame selvagem (Dioscorea villosa);
Maçã do diabo e Trombeta do diabo =  Estramônio (Datura stramonium)
Olho do diabo = Meimendro (Hyoscyamus niger) ;
Excremento do diabo = Férula (Ferula foetida);
Doce do diabo = Visco (Viscum album); e
Raiz do diabo = Cacto peiote (Lophophora williamsii).

Na Alemanha e na Holanda, a Artemísia (Artemísia vulgaris) era conhecida como "Planta de São João", pois acreditava-se que, quando colhida na véspera do dia de São João (véspera do Solstício de Verão), dava proteção contra feitiçaria, maus espíritos, doenças e infortúnios.

O Estragão (Artemísia dracunculus) às vezes chamado de Erva do dragão ou Pequeno dragão;
a Arruda (Ruta graveolens) é conhecida como Erva da gra­ça,
e o Manjericão (Ocimum basilicum) é a Erva do amor.

Círculos de cogumelos em áreas gramadas, que mar­cam a periferia do crescimento dos micélios sob o solo, são chamados de "anéis das fadas", em virtude da crença de que os círculos são produzidos por fadas aladas.

Muitas ervas estão também associadas a músicas folclóricas e recebem apelidos, como;
Cavalos das fadas = Erva-de-santiago (Senecio),
Dedos de fada/capas de fada/dedais de fada/luva de fada = Dedaleira (Digitalis);
Fumaça de fada = Cachimbo de índio (Monotropa uniflora); 
Erva de duende/cauda de duende = Ênula (Inula helenium); 
Trevo de duende = Trevo ou Azedinha (Oxalis acetosella).

imagem: Viscum album
O Visco (Viscum album) era uma erva altamente reveren­ciada nos aspectos mágicos e religiosos entre os antigos sacerdotes druidas da Bretanha e da Gália pré-cristãs e tomou-se conhecido apropriadamente como Erva de druida.

Acreditava-se que a Centáurea (Centaurium umbellatum) possuía grandes poderes mágicos conhecidos dos druidas, que usavam a planta como amuleto para atrair a boa sorte e repelir o mal. E muitas vezes chamada de Casco de Centauro, ligada ao lendário centauro Quíron, que a utilizava para curar ferimentos de flechas.

O Absinto (Artemísia absinthium) era sagrado para a Grande Mãe, sendo conhecido como Espírito-mãe.
Alquemila (Alchemilla vulgaris), uma erva silvestre européia, passou a ser conhecida como planta mágica importante no século XVI com a descoberta do orvalho noturno recolhido das dobras em forma de funil nas suas folhas semi-fechadas de nove lobos. Cientistas de mentes alquímicas daquela época consideravam o orvalho uma subs­tância altamente mágica, e a planta logo recebeu o nome de Alchemilia que significa pequeno mago.
Mandragora officinarum
A Mandrágora, com sua raiz misteriosa com forma humana, é planta associada à feitiçaria medieval e talvez seja a mais mágica entre todas as plantas e ervas. Na Arábia, ela é chamada de Vela do diabo ou  Luz do diabo, pela antiga crença de que suas folhas brilham no escuro, fenômeno, na realidade, causado pelos vagalumes. Os antigos gregos chamavam a mística mandrágora de "plan­ta de Circe", pois acreditavam que Circe, feiticeira que fazia encantamentos, usava infusão de mandrágora pri­meiro para cativar e, depois, para transformar suas víti­mas. 
A mandrágora possui vários outros apelidos, incluindo;
Homem-dragão,
Raiz de bruxo,
Anão-terra, 
Raiz do diabo e
Pequeno homem enforcado.

Publicado em  http://www.astrologosastrologia.com.pt/ervasMagicas_nomes+ervas+magicas.htm

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Hugin e Munin

Huginn e Muninn sentados nos ombros de Odin
ilustração de um manuscrito islandês do século XVIII.

Na mitologia nórdica, Huginn (do nórdico antigo pensamento) e Muninn (memória ou mente) são um par de corvos que voam por todo o mundo conhecido como Midgard, trazendo informações ao deus Odin. 

Segundo Hajo Banzhaf em um de seus livros, Hudin e Munin se assentavam sobre as costas de Odin simbolizando a capacidade de ter um outro rosto e poder viajar (como animal) para países distantes.

imagem: Wikipedia Odin

Em My wings of desire, Helen descreve: Huginn e Muninn como aspectos da psiqué .
... durante o dia os corvos voam ao redor do mundo e à noite voltam para relatar seus resultados para Odin."

quinta-feira, 14 de abril de 2011

terça-feira, 12 de abril de 2011

A Iniciação

Você não tem de agradar a ninguém.
Nem tem de atravessar o deserto de joelhos
 para fazer penitência.
Você só tem de deixar o animal dócil do seu corpo
 gostar do que ele gosta.


Fonte: O Tarô da Deusa Tríplice - Isha Lerner/ilustração Mara Friedman

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O guardião dos segredos


O corvo  assim como a gralha e a pega é um pássaro mágico, o guardião dos segredos ocultos que inspiram a alma. Associado à deusa negra , o corvo também é o pássaro do rei celta Bran, o Abençoado, cuja cabeça está enterrada no local onde hoje existe a Torre de Londres. Segundo a lenda, quando os corvos deixaram de frequentar a Torre, a monarquia cairá.

imagem: White Tower - Wikipédia



Corvo...
Negro como piche.
Místico como a Lua.
Fale-me de magia
E eu voarei com você
Muito em breve.
Leia também Loss


imagem/texto: Baralho Wicca - Sally Morningstar
imagem/texto: Cartas Xamânicas-Jamie Sams/David Carson/Angela Wernecke

domingo, 10 de abril de 2011

Yggdrasil e os nove mundos

Yggdrasil, gravura de Friedrich Wilhelm Heine (1886)


Yggdrasil árvore colossal ou o eixo do mundo.
Localizada no centro do universo ligava os nove mundos da cosmologia nórdica, cujas raízes mais profundas estão situadas em Niflheim, fincavam os mundos subterrâneos; o tronco era Midgard, ou seja, o mundo material dos homens; a parte mais alta, que se dizia tocar o Sol e a Lua, chamava-se Asgard (a cidade dourada), a terra dos deuses, e Valhala, o local onde os guerreiros vikings eram recebidos após terem morrido, com honra, em batalha.
Conta-se que nas frutas de Yggdrasil estão as respostas das grandes perguntas da humanidade. Por esse motivo ela sempre é guardada por uma centúria de valquírias, denominadas protetoras, e somente os deuses podem visitá-la. Nas lendas nórdicas, dizia-se que as folhas de Yggdrasil podiam trazer pessoas de volta a vida e apenas um de seus frutos, curaria qualquer doença.

Os nove mundos 
Midgard, o mundo dos homens.
 É representado por Jera, a runa do ciclo anual;

Asgard, o mundo dos Aesir.
É representado por Gebo, a runa da troca;

Vanaheim, o mundo dos Vanir.
É representado por Ingwaz, a runa da semente;

Helheim, o mundo dos mortos.
 É representado por Hagalaz, a runa do granizo;

Svartalfheim, o mundo dos anões ou elfos escuros.
 É representado por Elhaz, a runa do teixo;

Ljusalfheim, o mundo dos elfos de luz.
 É representado por Dagaz, a runa do dia;

Jotunheim, o mundo dos gigantes.
 É representado por Nauthiz, a runa da necessidade;

Niflheim, o mundo de gelo eterno.
 É representado por Isa, a runa do gelo;

Muspelheim, o mundo de fogo.
É representado por Sowilo, a runa do sol.


Imagens em My Wings of Desire  - Runic Tarot por Caroline Smith and John Astrop

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O Sol - Sowilo - Aton

Tu, que és a fonte de todo o poder,
Cujos os raios iluminam o mundo,
Ilumina meu coração
Para que ele possa fazer também o seu trabalho.

Tu surges belo no horizonte do céu
Ó Aton vivo, que deste início ao viver.
Quando te ergues no horizonte oriental
 enches as terras de tua beleza.
Tu és belo, grande, excelso sobre todo país;
Os teus raios iluminam as terras
Até o limite de tudo o que criaste.
Quão numerosas são as tuas obras...



imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Aten.svg

terça-feira, 5 de abril de 2011

O poço dos desejos

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Patrícia Telesco
Patrícia Telesco, escritora, herbalista, poeta, conferencista, sacerdotisa Wicca.
Escreveu mais de 60 livros sobre uma variedade de assuntos que vão desde auto-ajuda e livros de receitas com o folclore, magia e religião. Começou a sua educação e iniciação da Wicca por conta própria, sendo que, mais tarde recebeu a iniciação na tradição Strega da Itália (Stregheria é um termo arcaico de bruxaria italiana).

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Texto em http://en.wikipedia.org/wiki/Patricia_Telesco

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Comunhão

La vendedora de flores - Diego Rivera
Para ouvir o inexprimível você terá que abandonar as palavras, pois só o semelhante pode ouvir aquele que lhe é semelhante, apenas os semelhantes podem se relacionar.

Diante de uma flor, não seja uma pessoa, seja uma flor. Ao lado de uma árvore, não seja uma pessoa, seja uma árvore. Tomando banho em um rio, não seja humano, seja um rio. E assim milhões de sinais lhe serão dados. E isso não é uma comunicação – é uma comunhão. Assim a natureza fala, fala em milhares de línguas, mas não numa linguagem.
 Osho Transformation Tarot

domingo, 3 de abril de 2011

Alegoria dos 12 Signos

Astrological Oracle - Antonella Castelli
...E era manhã quando Deus se pôs diante de seus doze filhos e plantou em cada um deles a semente da vida humana. Cada filho, uma a um, deu um passo adiante para receber o Dom que lhe era destinado.

Aries, és o primeiro a receber a semente, para que recaia em ti a honra de poder plantá-la. Que cada semente que plantares se transforme em um milhão em tuas mãos. Não terás tempo de ver como cresce a semente, porque tudo que plantares brotará novamente, e também poderá ser plantado. Serás o primeiro a penetrar a terra da mente humana com Minha Idéia. Mas não te cabe nutrir a Idéia nem tampouco questioná-la. Tua vida é a ação e a única ação que te imponho é a de que homem comece a ser consciente de Minha Criação. Para que trabalhes, te dou a virtude do auto-estima
E Áries voltou lentamente ao seu lugar.

A ti, Touro, dou o poder de conseguir com que a semente cresça. Tua tarefa é grande e requer paciência... Não poderás mudar de idéia enquanto trabalhas... Por isso te dou o dom da força. Emprega-a com sabedoria. 
E Touro voltou ao seu lugar.

A ti, Gêmeos, eu dou as perguntas sem resposta... Em tua busca de respostas, encontrarás minha dádiva, o conhecimento
E Gêmeos voltou ao seu lugar.

A ti, Câncer, dou a tarefa de ensinar aos homens o que são as emoções. Por isso te entrego o dom da família, para que tua plenitude possa multiplicar-se. 
E Câncer voltou ao seu lugar.

A ti, Leão, dou a tarefa de mostrar Minha Criação... Mas tens que te proteger do orgulho e recordar sempre que é Minha Criação e não tua... Há muita alegria no trabalho que te dou, se o fizeres bem. Por isso terás o dom da honra. 
E Leão voltou ao seu lugar.

A ti, Virgem, peço que examines tudo aquilo que o homem fez com Minha Criação. Examinarás com acurácia os caminhos e recordarás seus erros, para que Minha Criação possa aperfeiçoar-se através de ti. Para que o cumpras, te concedo o dom da pureza de pensamento.
E Virgem voltou ao seu lugar.

A ti, Libra, dou a missão de vigilância, para que o homem cumpra seus deveres em relação aos demais. Para que aprenda a cooperar e fazer refletir em outro lugar suas ações. Eu te colocarei além de onde exista discórdia e, para teus esforços te darei o dom do amor. 
E Libra voltou ao seu lugar.

A ti, Escorpião, dou uma tarefa muito difícil. Possuirás a habilidade de conhecer a mente humana mas não permitirei que fales tudo  que saibas. Com frequência te sentirás triste pelo que verás, e  em tua dor te afastarás de Mim e te esquecerás de que não sou Eu, mas sim a perversão do que é a Minha Idéia, o que te produz essa dor. Verás no homem tantas coisas, que acabará por parecer-te um animal, e lutarás de tal forma com os instintos animais que existem em ti mesmo que te desviarás do caminho, mas quando você finalmente voltares a Mim, tenho para ti o dom suprem do propósito.”
E Escorpião voltou ao seu lugar.

Sagitário, peço a ti que faças o homem rir, pois, em meio à má compreensão de Minha Idéia, ele às vezes se enchem de amargura. Mediante o riso, darás esperança à humanidade, e, através da esperança, farás com que se voltem para Mim. Farás contato com muitas vidas, embora seja por um momento, e conhecerás a inquietude em todas as vidas com as quais entrares em contato. A ti, Sagitário, concedo o dom da abundância infinita, para que a espalhes fartamente e a faças chegar a todos os recantos escuros levando-lhes a luz.
E Sagitário voltou ao seu lugar.

A ti, Capricórnio, peço o suor de sua fronte, para que possas ensinar o homem a trabalhar. Tua tarefa não é simples, pois sentirás todos dos demais pesando em tuas costas, mas como compensação ao teu fardo ponho a responsabilidade do homem em tuas mãos.
E Capricórnio voltou ao seu lugar.

A ti, Aquário, dou a visão do futuro para que o homem possa ver novas possibilidades. Padecerás a dor da solidão, porque não te permito personalizar Meu Amor. Mas para que encaminhes o olhar do homem para novos horizontes, te concedo o dom da Liberdade, a fim de que nela possas continuar servindo à humanidade além de seja necessário.
E Aquário voltou a seu lugar.

A ti, Peixes: eu dou a tarefa mais difícil. Peço-te para recolhas todo o sofrimento do homem e que mo devolvas. Tuas lágrimas serão finalmente as minhas lágrimas. Os sofrimentos que absorverás serão o produto da má compreensão de Minha Idéia por parte dos homens, mas tens que demonstrar compaixão para que voltem a tentar. Para esta, a mais difícil de todas as tarefas,concedo-te o maior de todos os dons. Serás o único de meus doze a Me conhecer e compreender. Mas este dom da compreensão, Peixes,é para ti,porque quando tentares difundi-lo, o homem não te escutará.
E Peixes voltou a seu lugar.

Então, Deus disse: “Cada um de vós tem uma parte de Minha Idéia.Não deveis confundir essa parte com a totalidade de Minha Idéia, nem tenteis trocar as partes entre vós. Porque cada um de vós é perfeito, mas disso não sabereis até que todos os doze sejam um. Nesse momento Minha Idéia, em usa totalidade será revelada a cada um de vós.”

E os filhos se foram,decidindo cada qual fazer seu trabalho o melhor possível, para poder receber seu dom. Mas nenhuma compreendeu totalmente sua tarefa nem seu dom, e quando voltaram confusos Deus lhes disse: “Cada qual crê que os dons dos outros são melhores. Assim, pois, permitirei que pratiqueis um intercâmbio."
E, imediatamente, cada filho se entusiasmou, considerando todas as possibilidades de sua nova missão.

Mas Deus sorriu,dizendo: “Voltareis muitas vezes, pedindo que vos libere de vossa missão, e a cada vez atenderei vosso desejo. Passareis por incontáveis encanações antes de cumprirdes a missão original de que vos incumbi. Concedo-lhes um tempo ilimitado para que sejam levadas a cabo. E só quando as tiverdes executado podereis vir a ter comigo”.

Texto de Joseph Fabregas
Publicado no livro Calendário Cósmico de Stellarius
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