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segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Festa de Candomblé





Festa de Candomblé
Ô dai-me licença ê Ô dai-me licença Alodê yemanjá ê, dai-me licença Ô, dai-me licença ê Ô, dai-me licença Com licença de zambi Vamos cantar umas zuelas com toque de Candomblé. Exu laroyê mojuba Mojuba cojubata exu ajonagera, (laroyê exu) Ô Sete, ô Sete, ô Sete Encruzilhada Toma conta e presta conta No romper da madrugada. Ninguém pode comigo, eu posso com tudo Lá na encruzilhada ele é, Exu veludo. Pomba-gira jamukangê, iaia o rerê Pomba-gira jamukangê, iaia o rerê Pomba-gira pujan pujanjo Ogunhê, patakorí Ogum! Ogum Oyá é de mene Ogum Oyá é de mene Ogum de Ronda é de mene (Ogum Oyá, Ogum Oyá é mene) Ogum Oyá é de mene Roxi mukumbi é de mene Ogum Oyá é de mene Patakorí é de mene. Salve todas as nações do Candomblé Jejê, o ketu, nagô e a minha Angola. Aê, aê a minha Angola Aê, aê meu Angolá. Atotoó (atotoó) Era um velho muito velho Que morava numa casa de palha Na beira da casa ele tinha Velame mikisangue Mikisangue velame Do seu alangue Ôoo abate, insumburê Ôoo abate, insumburê Insumburê, ê, Insumbo Nanguê Insumburê, ê, Insumbo Nanguê Insumba Insumbo guenda, ê lembadilê O comaió infitekita comaió Insumbo guenda Axé para todas as roças da religião afro brasileiras Xeueu, Babá Xiau, ure Xiau, axé Auricinaum, oberionon Xiau, ure Xiau, axé Aurinicianum, oberionon Oni sia ure, saul axé Oni sia ure, oberionon Oni sia ure, saun axé Oni sia ure, oberionon
https://www.vevo.com/lyrics/martinho-da-vila/f%C3%A9sta-de-candombl%C3%A9/25937059

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Contos de Ifá: um interativo que conta a história de orixás de forma educativa

Encontrei este interativo na página do Facebook de uma amiga que me chamou a atenção: "Contos de Ifá" - um site-jogo baseado no oráculo Ifá. 
Segue abaixo as explicações sobre o interativo. 
Antes porém, vou dar meu pitaco por aqui. 
Entrei no site e achei tudo muito bom, mas confesso que tive dificuldade em " manuseá-lo". 
Para que você não tenha as mesmas dificuldades que eu tive, deixo aqui um breve manual de instruções:

A imagem ao lado é a tela inicial, para ler a lenda de um dos 4 orixás, o cursor deve estar dentro do barra lateral na cor cinza, na medida em que você vai rolando, o texto aparece. Os ícones ao lado, na faixa azul escuro, são pela ordem em que aparecem a começar pelo X: índice 1, índice 2, jogar o interativo, final e home (página inicial).

Espero que meu "manual de instruções" tenha sido útil.
Agora vamos jogar.
Ah, se quiser saber sobre o que é o Ifá e os Orixás que estão no interativo, aqui no blog tem:


***********************

Site-jogo Contos de Ifá conta história de orixás de forma educativa

O projeto conta com a criação do site-jogo baseado na Matriz Africana Contos de Ifá, além de oficinas e interação com a comunidade de Olinda. O lançamento do projeto será no próximo sábado, 6, com entrada gratuita na Sambada de Coco, em Guadalupe, Olinda, e contará com uma roda de conversas com a própria comunidade sobre o projeto.

Contos de Ifá é uma plataforma educativa de jogos de aventura baseada na mitologia de matriz africana construída a partir de uma narrativa lúdica com 4 fases as quais representam, cada uma, a história de um orixá: Exu, Ogum, Oxóssi e Omolu. Esta é a primeira versão do jogo.

A plataforma é uma iniciativa do Terreiro Ilê Axé de Oxum Karê, do Centro Cultural Coco de Umbigada de Olinda e da 3Ecologias, empresa que desenvolve ambientes de interação na web e aplicativos para computação ubíqua.

O projeto tem incentivo do Funcultura e apoio da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia e do Fundo Brasil de Direitos Humanos.  A plataforma também conta com o incentivo do Ministério da Cultura e ganhou o prêmio Cultura Digital. 
O web jogo estará disponível ao público no endereço: 
O site é todo construído em software livre e seu acesso é gratuito.



Fonte do texto:
http://tvpe.tv.br/noticias/site-jogo-contos-de-ifa-e-lancado-no-proximo-fim-de-semana-6-em-guadalupe-olinda/

domingo, 21 de abril de 2013

Lendas dos Orixás: Iemanjá


IEMANJÁ TEM SEU PODER SOBRE O MAR CONFIRMADO POR OBATALÁ
http://nomadeescoladepoesia.blogspot.com.br/2013/02/iemanja-rainha-do-mar.html

Um dia, no princípio dos tempos,
orixás e homens revoltaram-se contra Iemanjá,
pois Iemanjá, sempre que queria,
saía das profundezas e invadia a terra com suas águas.
Orixás e homens, unidos, procuraram Olorum,
que enviou Obatalá à Terra para averiguar a acusação.
Eleguá, que tudo escutou, avisou Iemanjá
e aconselhou-a a consultar Ifá.
Feito isso, Iemanjá ofereceu um carneiro em sacrifício
contra o poder de seus inimigos.
Enquanto Obatalá, em Ifé, escutava protestos,
protestos dos homens e dos orixás,
Iemanjá invadiu de novo a terra
e as águas inundaram tudo
e chegaram até onde estava o grande rei.
Cavalgando as ondas do mar vinha Iemanjá.
Vitoriosa e soberba, sobre as onda enfurecidas,
ela mostrava sua oferenda.
Iemanjá mostrava a cabeça do carneiro.
Lá estava Obatalá e lá estava Iemanjá
e Iemanjá tinha alguma coisa preciosa para Obatalá.
Iemanjá fizera o sacrifício
e Obatalá aceitou a oferenda.
Obatalá confirmou o poder de Iemanjá.
Nunca se passa muito tempo
sem que o mar invada a terra,
Iemanjá cavalgando a temida maré.


IEMANJÁ CURA OXALÁ E GANHA O PODER SOBRE AS CABEÇAS
http://elekomulheresguerreiras.blogspot.com.br/2013/02/yemanja-e-danca-sagrada-das-aguas.html

Quando Olodumare fez o mundo,
deu a cada orixá um reino, um posto, um trabalho.
A Exu deu o poder da comunicação e a posse das encruzilhadas.
A Ogum deu o poder da forja, o comando da guerra 
e o domínio dos caminhos.
A Oxóssi ele entregou o patronato da caça e da fartura.
A Obaluaê deu o controle das epidemias.
Oloduramare deu a Oxumarê o arco-íris
e o poder de comandar a chuva, 
que permite as boas colheitas e afasta a fome.
Xangô recebeu o poder do trovão e o império da lei.
Oyá-Iansã ficou com o raio e o reino dos mortos,
enquanto Euá foi governar os cemitérios.
Olodumare deu a Oxum o zelo pela feminilidade, 
riqueza material e fertilidade das mulheres.
Deu a Oxum o amor.
Obá ganhou o patronato da família
e Nanã, a sabedoria dos mais velhos,
que ao mesmo tempo é o principio de tudo,
a lama primordial com que Obatalá modela os homens.
A Oxalá deu Olodumare o privilégio de criar o homem,
depois que Odudua fez o mundo.
E a criação se completou com a obra de Oxaguiã,
que inventou a arte de fazer utensílios,
a cultura material.
Para Iemanjá, Olodumare destinou os cuidados de Oxalá.
Para a casa de Oxalá, foi Iemanjá cuidar de tudo:
de casa, dos filhos, do marido, da comida, enfim.
Iemanjá nada mais fazia que trabalhar e reclamar.
Se todos tinham algum poder no mundo,
um posto pelo qual recebiam sacrifício e homenagens,
por que ela deveria ficar ali em casa feito escrava?
Iemanjá não se conformou.
Ela falou, falou e falou nos ouvidos de Oxalá.
Falou tanto que Oxalá enlouqueceu.
Seu ori(*), sua cabeça, não aguentou o falatório de Iemanjá.
Iemanjá deu-se então conta do mau que provocara
e tratou de Oxalá até restabelecê-lo.
Cuidou de seu ori enlouquecido,
oferecendo-lhe agua fresca, 
obis deliciosos (**), apetitosos pombos brancos, frutas dulcíssimas.
E Oxalá ficou curado.
Então, com o consentimento de Olodumare,
Oxalá encarregou Iemanjá de cuidar do ori de todos os mortais.
Iemanjá ganhara enfim a missão tão desejada.
Agora ela era a senhora das cabeças.
(*) ori = cabeça, destino

(**) obi = noz-de-cola, fruto africano aclimatado no Brasil (cola acuminata, Streculiacea (grafia que consta no livro)), indispensável nos ritos do candomblé; 
substituído em Cuba pelo coco.


IEMANJÁ SALVA O SOL DE EXTINGUIR-SE 

Orum, o Sol, andava exausto.
Desde a criação do mundo ele não tinha dormido nunca.
Brilhava sobre a Terra dia e noite.
Orum já estava a ponto de exaurir-se, de apagar-se.
Com seu brilho eterno, Orum maltratava a Terra.
Ele queimava a Terra dia após dia.
Já quase tudo estava calcinado
e os humanos já morriam todos. 
Os orixás estavam preocupados
e reuniram-se para encontrar uma saída.
Foi Iemanjá quem trouxe a solução.
Ela guardara sob as saias alguns raios de Sol.
Ela projetou sobre a Terra os raios que guardara
e mandou que o Sol fosse descansar,
para depois brilhar de novo.
Os fracos raios de luz formaram um outro astro. 
O Sol descansaria para recuperar suas forças
e enquanto isso reinaria Oxu, a Lua.
Sua luz fria refrescaria a Terra
e os seres humanos não pereceriam no calor.
Assim, graças a Iemanjá, o Sol pode dormir.
À noite, as estrelas velam por seu sono,
até que a madrugada traga um outro dia.

Fonte: Mitologia dos Orixás - Reginaldo Prandi - Cia. das Letras

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Lendas dos Orixás: Oiá - Iansã


OIÁ RECEBE O NOME DE IANSÃ, MÃE DOS NOVE FILHOS
Oiá desejava ter filhos,
mas não podia conceber.
Oiá foi consultar um babalaô
e ele mandou que ela fizesse um ebó.
Ela deveria oferecer um carneiro, um agutã(*),
muitos búzios e muitas roupas coloridas.
Oiá fez o sacrifício e teve nove filhos.
Quando ela passava, indo em direção ao mercado, o povo dizia:
"Lá vai Iansã.
Lá ia Iansã, que quer dizer mãe nove vezes.
E lá ia ela orgulhosa ao mercado vender azeite de dendê.
Oiá não podia ter filhos,
mas teve nove,
depois de sacrificar um carneiro.
Em sinal de respeito,
por ter seu pedido atendido,
Iansã, a mãe dos nove filhos, nunca mais comeu carneiro.


(*) agutã = carneiro, ovelha



OÍA GANHA DE OBALUAÊ O REINO DOS MORTOS
Iansã (imagem descolorida por mim)
Imagem original por Davi Nascimento

Certa vez houve uma festa com todas as divindades presentes.
Omulu-Obaluaê chegou vestindo seu capucho de palha. 
Ninguém o podia reconhecer sob o disfarce
e nenhuma mulher quis dançar com ele.
Só Oiá, corajosa, atirou-se na dança com o Senhor da Terra. 
Tanto girava Oiá na sua dança que provocava vento.
E o vento de Oiá levantou as palhas e descobriu o corpo de Obaluaê. 
Para surpresa geral, era um belo homem. 
O povo o aclamou por sua beleza.
Obaluaê ficou mais do que contente com a festa, ficou grato. 
E, em recompensa, dividiu com ela o seu reino. 
Fez de Oiá a rainha dos espíritos dos mortos,
Rainha que é Oiá Igbalé, a condutora dos eguns(*)
Oiá então dançou e dançou de alegria.
Para mostrar a todos seu poder sobre os mortos,
quando ela dança agora, agita no ar o iruquerê(**)
o espanta-mosca com que afasta os eguns para o outro mundo. 
Rainha Oiá Igbalé, a condutora dos espíritos. 
Rainha que foi sempre a grande paixão de Omulu.


(*) egum = antepassado, espírito de morto, o mesmo que egungum;
alguns orixás são eguns divinizados.
(**)iruquerê = espanta - mosca usado por Oiá e Oxóssi


Fonte: Mitologia dos Orixás - Reginaldo Prandi - Cia. das Letras

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Lendas dos Orixás: Obaluaê - Omulu - Xapanã - Sapatá


OMULU CURA TODOS DA PESTE E É CHAMADO OBALUAÊ
Omulu por Caybé

Quando Omulu era um menino de uns doze anos,
saiu de casa e foi para o mundo fazer a vida.
De cidade em cidade, de vila em vila,
ele ia oferecendo seus serviços,
procurando emprego.
Mas Omulu não conseguia nada.
Ninguém lhe dava o que fazer, ninguém o empregava.
E ele teve que pedir esmola,
mas ao menino ninguém dava nada,
nem do que comer, nem do que beber.
Tinha um cachorro que o acompanhava e só.
Omulu e seu cachorro retiraram-se no mato
e foram viver com as cobras.
Omulu comia o que a mata dava:
frutas, folhas, raízes.
Mas os espinhos da floresta feriam o menino.
As picadas de mosquito cobriam-lhe o corpo.
Omulu ficou coberto de chagas.
Só o cachorro confortava Omulu,
lambendo-lhe as feridas.
Um dia, quando dormia, Omulu escutou uma voz:
"Estás pronto. Levanta e vai cuidar do povo".
Omulu viu que todas as feridas estavam cicatrizadas.
Não tinha dores nem febre.
Obaluaê juntou as cabacinhas, os atós(*),
onde guardava água e remédios
que aprendera a usar com a floresta,
agradeceu a Olorum e partiu.

Naquele tempo uma peste infestava a Terra.
Por todo lado estava morrendo gente.
Todas as aldeias enterravam os seus mortos.
Os pais de Omulu foram ao babalaô
e ele disse que Omulu estava vivo
e que ele traria a cura para a peste.
Todo lugar aonde chegava, a fama precedia Omulu.
Todos esperavam-no com festa, pois ele curava.
Os que antes lhe negaram até mesmo água de beber
agora imploravam por sua cura.
Ele curava todos, afastava a peste.
Então dizia que se protegessem,
levando na mão uma folha de dracena, o peregum,
e pintando a cabeça com efum, ossum e uági(**),
os pós branco, vermelho e azul usados nos rituais e encantamentos.
Curava os doentes e com o xaxará varria a peste para fora da casa,
para que a praga não pegasse outras pessoas da família.
Limpava casas e aldeias com a mágica vassoura de fibras de coqueiro,
seu instrumento de cura, seu símbolo, seu cetro, o xaxará.

Quando chegou em casa, Omulu curou os pais
e todos estavam felizes.
Todos cantavam e louvavam o curandeiro
e todos o chamaram de Obaluaê,
todos davam vivas ao Senhor da Terra, Obaluaê.

(*) ató= pequena cabaça usada para guardar remédios, símbolo de Ossaim e Omulu, orixás ligados à cura.
(**)ossum e uági = pó vermelho e azul respectivamente

Fonte: Mitologia dos Oixás - Reginaldo Prandi - Cia. das Letras
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