sábado, 30 de março de 2013

Sete selos planetários

Os sete “selos planetários” reproduzem em escrita espiritual (esotérica) o que Rudolf Steiner explicou inúmeras vezes à seus ouvintes como etapas do desenvolvimento planetário da Terra, através dos estados de
Saturno,

 Sol,

 Lua, 

Marte, 

Mercúrio, 

Júpiter,

 Vênus.


Marte representa a primeira metade do desenvolvimento do nosso planeta como Terra. Mercúrio, a segunda metade. Como um estado muito longínquo, Vulcano foi omitido.
O que denominamos hoje “planetas”, astronomicamente, “estrelas errantes” ou “estrelas caminhantes”, são imagens atuais da atuação cósmica hierárquica, passada e futura. Caminham através do zodíaco, da região dos ritmos cósmicos, porém seu profundo segredo, encontra-se na mudança da forma – na transubstanciação de suas imagens arquetípicas do estado de Saturno até Vênus. Rudolf Steiner os configurou em forma de “selos”, que podem ser representados através da metamorfose no sentido de Goethe, onde uma forma nova é resultado da forma anterior.
Aprofundar nas admiráveis direções das linhas e suas transformações, cria no corpo etérico do ser humano, movimentos e formas de pensamento estimuladas por elevadas leis espirituais. Estes movimentos e formas de pensamento são imagens rítmicas de uma música cósmica (música das esferas) que em sua consonância podem formar uma ponte do mundo terrestre para o mundo espiritual, igualmente como os sete sons primordiais ou as sete cores do arco-íris.
Estes selos originalmente foram desenhados sobre fundo azul e são dourados “correspondendo aos fatos ocultos, ao fixarmos estes selos em figuras simbólicas e deixarmos nosso olhar contemplá-los profundamente, isto nos ajuda a querer compreender e, se através da correta sequência, produzimos as formas de pensamento correspondentes, vamos ao encontro do que nos possibilita a íntima compreensão do ritmo dos sete membros do ser humano. Estas figuras não são apenas ornamentos, mas nos impulsionam para estas transformações” (Rudolf Steiner. GA 284, 15 Out 1911).

Fonte do texto:


Veja no link abaixo uma animação dos selos planetários desenvolvida por Bill Camp mostrando o processo de metamorfose de cada um dos selos.

Estes selos foram esculpidos nas colunas do primeiro Goetheanum.

Goetheanum: Sede mundial do movimento antroposófico. Localizado em Dornach, Suíça, o centro inclui dois teatros, espaços para exposições e palestras, biblioteca, livraria e os escritórios da Sociedade Antroposófica. Seu nome é uma homenagem a Johann Wolfgang von Goethe. O Goetheanum original foi projetado por Rudolf Steiner e destruído por um incêndio criminoso em 31 de Dezembro de 1922. Reconstruído inteiramente em concreto, só foi reinaugurado em 1928).

sexta-feira, 29 de março de 2013

Mensagem dos Anciãos Hopi

Licença Alguns direitos reservados por Al HikesAZ
Hopi Water Maiden by Susan Kliewer - Tlaquepaque - Sedona

"Vocês andaram dizendo às pessoas que esta é a Décima Primeira Hora.
Agora vocês precisam voltar e dizer a essas pessoas que a Hora é agora.
E que há coisas a serem consideradas:
Onde vocês estão morando?
O que vocês estão fazendo?
Quais são os seus relacionamentos?
Vocês estão em boas relações?
Onde está a água de vocês?
Conheçam o seu quintal.
É o momento de falarem a sua Verdade.
Formem as suas comunidades.
Sejam bons uns com os outros.
E não procurem fora de vocês pelo líder.
Este poderia ser um tempo muito bom!
Há um rio que agora está correndo muito rápido.
Ele é tão grande e ágil que chegará a assustar alguns.
Esses vão tentar ficar na margem,
e se sentirão como que deixamos de lado, e vão sofrer muito.
Saibam, o rio tem o seu destino.
Os anciãos dizem que precisamos deixar a margem, 
saltar para o meio do rio, 
manter os olhos bem abertos e as cabeças acima da água.
Veja quem está lá dentro com vocês e celebrem.
Neste momento da história, não devemos fazer nada sozinhos, 
no mínimo entre nós mesmos. 
Quando fazemos, nosso crescimento e jornada espiritual tem uma parada.
O tempo do lobo solitário acabou. Reúnam-se!
Abandonem a palavra luta, conflito, da sua atitude e do seu vocabulário.
Tudo o que fizermos agora, precisa ser feito de uma maneira sagrada 
e em celebração.
Nós somos aqueles que estávamos esperando".

Os Anciãos
Oraibi, Arizona
Nação Hopi

(Os Hopi são nativos americanos da região de Sedona no Arizona. Eles têm muita sabedoria e conhecimentos e são muito respeitados pelas suas tradições, profecias e curas).

Fonte:http://www.flordavida.com.br/HTML/hopi.html

sexta-feira, 22 de março de 2013

Os Chakras da Linha de Hara - conhecendo novos centros de energia


http://podcollective.com/portal/chakras
http://podcollective.com/portal/chakras


texto por Hudson publicado em:

O sistema de chakras é conhecido pelo mundo inteiro e todos os espiritualistas conhecem sua teoria básica e os 7 principais centros de energia do duplo etérico, os chakras da linha Kundalini. Mas sobre isso há material abundante na internet. Hoje vamos falar de um complexo de chakras quase desconhecido para o público em geral, são os chakras da Linha de Hara. Transcrevo a seguir, material de Diane Stein, dos livros Equilíbrio Energético Essencial e Cura Psíquica com Guias Espirituais. Quando for usada a primeira pessoa (eu), é a autora que faz as observações. Meus comentários estão entre colchetes [ ].

O corpo emocional tem um conjunto de chakras altamente desenvolvido, que funciona numa vibração de energia mais elevada do que os da Linha de Kundalini. Ele é chamado de Linha de Hara e contém treze chakras dispostos ao longo de uma linha vertical que passa pelo centro do corpo. A energia dos chakras da Linha de Hara se move para baixo, na parte da frente, e para cima, na parte de trás. Embora estejam em outro nível energético, eles situam-se entre os chakras da Linha de Kundalini. Seus dois canais de energia, quando conectados por meio da prática do Ch'i Kung ou da Ioga, formam um círculo chamado de Grande órbita Cósmica, que atravessa o corpo. Na Índia, onde são chamados de Ida e Pingala, esses canais são erroneamente associados à Linha de Kundalini.

Os chakras da Linha de Hara são os seguintes, de cima para baixo.



Em primeiro lugar, o Ponto Transpessoal ou Estrela da Alma que equivale, no corpo emocional, ao chakra Coroa do corpo etérico
Esse ponto, de aparência transparente situado acima do chakra da Coroa e do corpo físico, é uma conexão com a Alma Profunda e com todos os nossos componentes energéticos além dos níveis físico/etérico. Embora a energia que ele contém tenha sido reduzida, é maior do que a do chakra da Coroa - mas menor do que a de muitos sistemas energéticos localizados além dele. A energia do Ponto Transpessoal amplia nossas fronteiras em direção a todo o universo e expande nosso ser até o nível da Alma Profunda e em direção a uma espiritualidade mais profunda do que o chakra da Coroa pode nos oferecer.Alguns agentes de cura atribuem este chakra ao corpo etérico, como uma extensão da Linha de Kundalini, mas ele na verdade está num nível inteiramente diferente.

A seguir, descendo na Linha de Hara, vêm os chakras da Visão, um par de pequenos pontos atrás de cada olho, que têm coloração prateada ou cinza. 
Eles são parte do sistema de visão psíquica, juntamente com o chakra do Terceiro Olho, no corpo etérico, e com os chakras da Luz, no corpo Mental. Além disso, os chakras da Visão também permitem que algumas pessoas usem seus olhos como lasers na cura psíquica. Mesmo que o Terceiro Olho esteja aberto, a recepção de imagens através da visão psíquica requer a abertura e desobstrução desses chakras.

O Chakra Corpo Causal é um chakra de recepção sonora localizado na nuca, no ponto de encontro entre o crânio e o pescoço
Ele faz parte do Complexo da Garganta, e sua cor pode ser de um azul-prateado ou violeta-avermelhado. Sua função é recebera comunicação proveniente de fora do nivél físico e manifestá-la ou traduzí-la em informação que seja útil na Terra. É um chakra importante na atividade de canalização [incorporação mediúnica] e na conversão de informações inconscientes em conscientes, como na psicografia e na cura com guias espirituais. Outros chakras de recepção e comunicação localizados em outros níveis alimentam o chakra do Corpo Causal, embora sempre com níveis reduzidos de energia. Esse centro é todo potencial (o Não-Vazio) e é o receptor das impressões provenientes do ponto transpessoal. Desse lugar a energia espiritual parte para os outros centros, "ligando e sintonizando o impessoal com o pensamento humano". O centro tem de estar ativado e equilibrado para poder levar a cabo a sua função de dar sustentação mental ao propósito de vida da pessoa.

O chakra do corpo emocional que equivale ao chakra do Coração é o chakra do Timo, às vezes chamado de Coração Superior, localizado acima do chakra do Coração da Linha de Kundalini. Sua cor é azul-piscina ou turquesa.
Este centro fornece proteção para o coração e para o sistema imunológico, pois a glândula do timo e a imunidade a doenças são emocionalmente relacionadas. A dor emocional e a compaixão são as emoções principais para este chakra. Em seus níveis mais elevados, o chakra do Timo traz a energia do Cordão de Prata, na parte de trás do Complexo do Coração, para dentro do corpo emocional. Enquanto o chakra de Hara (ver a seguir) é o centro focal da encarnação terrestre, o chakra do Timo é o foco de nossa conexão com o que somos para além da Terra. Os Eus Energéticos, que entram pelo Cordão de Prata, fundem-se com o corpo emocional por meio deste chakra.

O chakra do diafragma está localizado entre o timo e o chakra do Hara, na altura do músculo do diafragma, logo acima do plexo solar. Sua cor é verde-limão. 
Duane Packer e Sanaya Roman, em seus vídeos Awakening Your Light Body, mostram nesse local uma abóbada membranosa de energia que designam pelo som seminal "mumin". A abóbada é um filtro que separa as energias espirituais das materiais, deixando passar apenas as mais sutis. A ativação desse centro provoca a eliminação e a desintoxicação de todos os bloqueios à consecução do propósito de vida da pessoa. É uma limpeza de toda a Linha do Hara.

O chakra do Hara é um centro conhecido desde longa data n Ch'i Kung como tan tien ou Mar de Ch'i, e se localiza cerca de seis centímetros abaixo do umbigo, acima do chakra da barriga do plano da Kundalini. Sua cor é castanho-alaranjado mas, durante a cura, ele pode tornar-se mais escuro, chegando mesmo a aquecer-se e avermelhar-se. 
O centro do equilíbrio físico fica nessa parte do corpo. No Ch'i Kung todo trabalho energético começa e termina nesse centro, que é a fonte da encarnação e o lugar da qual a força vital flui para o resto do corpo. O chakra do Hara liga a vontade de viver com a vivificante energia terrestre que provém do chakra da Terra. Diz Barbara Ann Brennan: "Foi com vontade, e somente com ela, que você tirou um corpo físico do ventro da sua mãe, a terra. É também nesse centro que as agentes de cura vão buscar forças bastantes para regenerar o corpo, contanto que plantem a linha hárica bem fundo no ventre da terra, no seu núcleo em fusão."

O chakra do períneo é de um castanho-avermelhado profundo. Os estudiosos do Reiki II o conhecem como Hui Yin; para as praticantes indianas de meditação e ioga, é o cadeado da raiz; para a acupuntura e o Ch'i Kung é o "portal da vida e da morte". 
Esse ponto energético está localizado (no corpo emocional, bem entendido) entre os orifícios da vagina e do ânus [ela escreve para mulheres, mas o ponto é o mesmo nos homens]. Ele é o portal energético pelo qual o Ki da Terra entra no corpo - subindo pelas pernas, passando pela vagina e sendo em seguida armazenado no chakra do Hara, para ser distribuído. É o lugar onde as intenções e propósitos de vida se ativam e ancoram realidade no plano físico. A posição Hui Yin, na qual a vagina e o ânus se fecham [no caso dos homens, somente este último] a fim de trancar o chakra do períneo, provoca a ativação e a depuração da energia da Linha do Hara em todo o sistema hárico.

Há um par de chakras menores, localizados atrás dos joelhos, são chamados de chakras do movimento. Sua coloração é verde-folha ou bronze. Ele orienta a pessoa nos caminhos da vida.
Um par de centros castanhos nas solas dos pés, chamados de centros de ancoragem, enraízam a Linha do Hara no Ki da Terra e estabelecem o propósito da pessoa nos movimentos da manifestação física.

A linha energética nascida no ponto transpessoal desce verticalmente pelo corpo e penetra na Terra. Barbara Ann Brennan não considera esse terminal como um chakra, mas eu o considero como tal e dei-lhe o nome de chakra da Terra. Katrina Raphaell o chama de Estrela da Terra e o localiza vinte centímetros abaixo dos pés. Sinto, porém, que ele pode localizar ainda mais fundo, até onde a pessoa for capaz de ancorar-se na terra e ligar-se à intenção de estar aqui. Quanto à sua cor, vejo-o de um negro brilhante. É um centro que no Ch'i Kung também é conhecido como Ki da Terra, ou seja, a energia vital que a pessoa abosrve do centro da Terra. Tanto o ponto transpessoal quanto o chakra da terra se situam além do físico, acima e abaixo dele, como pontos de ancoragem da Linha do Hara.
Todos os centros da Linha do Hara são identificados no Ch'i Kung e na acupuntura [omiti as correspondências nessa transcrição].



Além do chakras, a própria Linha do Hara é composta por um fluxo de energia. Um dos canais sobe do chakra do períneo para as costas, passa pelo alto da cabeça e desce pelo rosto até o lábio inferior. Na acupuntura e no Ch'i Kung denomina-se esse canal de "Vaso Governador". O segundo fluxo energético começa no lábio inferior, desce pela frente do corpo e termina no períneo ("Vaso da Concepção"). Canais auxiliares conduzem a energia das pernas e dos braços para esses canais principais. Os dois canais são postos em contato quando se coloca a língua no céu da boca e contrai-se o períneo. A movimentação de energia nesse circuito envolve a circulação do Ki (força vital) através dos canais conectados e dos chakras da Linha do Hara. É o que se chama de Órbita Macrocósmica ou Grande e Pequeno Ciclo Celestial, e é a base da disciplina do Ch'i Kung.

DIREITOS DO AUTOR:
Se for copiar o texto, tal como está aqui (pois fiz adaptações e pequenas modificações), além de citar as fontes originais, mencione este link e forneça acesso direto para essa página.

Mais sobre o Hara:
http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2006/06/hara_e_ki.html

quinta-feira, 21 de março de 2013

Os simbolismos ocultos do ovo

http://animamundi-sciarada.blogspot.com.br/2012/04/omne-vivum-ex-ovo.html
imagem: Ophion

Texto por Mirella Faur

Na cosmologia da Deusa o ovo é um símbolo universal da criação do mundo pela Grande Mãe, manifestada como uma Deusa Pássaro. Os antigos egípcios consideravam o Sol como o ovo dourado posto pela deusa Hathor, na sua manifestação como A Gansa do Nilo. Nos rituais egípcios o próprio universo era visto como o ovo cósmico criado no início dos tempos.
Os mitos gregos associavam diversas deusas com o ovo cósmico, por exemplo Leto, que chocou um ovo misterioso do qual nasceram Apollo, representando o Sol, e Ártemis simbolizando a Lua. O historiador Hesíodo relata como a Mãe da Noite (o vazio ou abismo cósmico, o espaço infinito), que antecedeu à criação e gerou todos os deuses, criou o Ovo do Mundo e de suas metades surgiram o céu e a Terra. Em outra versão, deste ovo (identificado com a Lua) surgiu Eros (o amor), que colocou o universo em movimento e contribuiu para a proliferação da vida.
Para os hindus o ovo cósmico é posto por um enorme pássaro dourado, enquanto no mito de criação finlandês, a deusa Ilmatar, a Criadora que flutuava sobre as águas primordiais, abrigou sobre seu ventre um ovo posto por um grande pássaro e que, ao quebrar, formou o céu e a Terra.
Os ovos são símbolos da Lua, da Terra, da criação, do nascimento e da renovação. A iniciação nos Mistérios Femininos é vista como um renascimento, análogo ao ato de sair da casca. O círculo, a elipse, o ovo, o ventre grávido são símbolos da plenitude misteriosa da gestação e da criação. O centro de um círculo é um espaço protegido e seguro, semelhante à escuridão do ventre e do ovo.
Inúmeras estatuetas representam as deusas neolíticas associadas com a Lua ou o ovo. No folclore de vários povos europeus existem crenças ligadas ao ovo, considerados símbolos de fertilidade, humana ou animal. Até o século 17 na França, a noiva devia quebrar um ovo na soleira da sua casa para assegurar sua fecundidade. Os antigos eslavos e alemães untavam seus arados antes da Páscoa com uma mistura de ovos, farinha, vinho e pão, para atrair assim abundância para as colheitas. Na Inglaterra antiga, crianças percorriam as casas no Domingo de Ramos pedindo ovos; recusar este pedido era um mau presságio para os moradores.
Usavam-se ovos também nas oferendas para os mortos, colocados juntos deles no caixão ou sobre os túmulos. Os judeus da Galícia consumiam ovos cozidos ao retornarem dos enterros pra retirar as energias negativas. Na Noite de Walpurgis (30 de abril), nas montanhas Harz da Alemanha, consideradas local de reunião das bruxas, os casais enfeitados com guirlandas de flores dançavam ao redor de árvores decoradas com folhagens, fitas e ovos tingidos de vermelho e amarelo.
Na Romênia, Rússia e Grécia ovos cozidos ou esvaziados do seu conteúdo são até hoje decorados com motivos tradicionais, dados de presente ou usados em competições no domingo da Páscoa. Ganhava aquele que conseguia quebrar os ovos dos concorrentes batendo de leve neles, mas sem rachar o seu. Os romanos destruíam as cascas dos ovos que eles tinham comido para evitar que fossem feitos feitiços com eles.
A presença de ovos nos sonhos deu margem a variadas interpretações, os que apareciam inteiros prenunciavam boa sorte, casamento, gravidez ou herança; se fossem quebrados anunciavam brigas, perdas e separações. A divinação com ovos – chamada de ovomancía - era praticada pelas mulheres européias nos Sabbats Samhain, Yule ou Litha, deixando cair em um copo com água a clara e fazendo vaticínios pelas formas criadas.
Resquícios do mito da deusa celta Ostara, padroeira da fertilidade e renovação da Natureza celebrada no Equinócio da primavera, permaneceram nas crenças populares e persistem até os dias de hoje, apesar das pessoas desconhecerem sua origem. Os símbolos de Ostara eram o ovo e a lebre, sem relação entre si, mas ambos significadores de criação e proliferação. Com o passar do tempo, surgiram os contos do Coelho da Páscoa e a sua inexplicável associação para os leigos com a festa cristã e os ovos de chocolate.

Fonte da imagem:
http://animamundi-sciarada.blogspot.com.br/2012/04/omne-vivum-ex-ovo.html

terça-feira, 19 de março de 2013

Mago Merlin, uma das muitas encarnações do Mestre Saint Germain

imagem: The old man  - por Gilbert Williams.

Dia de 19 Março é sem dúvida uma data especial. É o dia de São José e de Saint Germain. Segundo os ensinamentos da Fraternidade Branca, Saint Germain foi em uma de suas 12 encarnações José, pai de Jesus.
No livro de Elizabeth C. Prophet "A Alquimia de Saint Germain", consta que além de São José, Saint Germain foi o Mago Merlin em sua sétima encarnação.
Segue abaixo um texto que encontrei no site Sintonia Saint Germain sobre Merlin (que está momentaneamente fora do ar). 

Merlin, Vivien e o carvalho no qual foi preso para sempre. 

Saint Germain foi Merlin. A inesquecível, e de alguma forma insubstituível figura que paira nas brumas da Inglaterra, pronto a aparecer-nos a qualquer momento para oferecer-nos um cálice com elixir espumante. Ele, o 'ancião' que conhece os segredos da juventude e da alquimia, que projetou as estrelas em Stonehenge, e que, segundo dizem, moveu uma ou outra pedra com seus poderes mágicos -- que não surpreenderia ninguém se aparecesse subitamente num palco da Broadway ou nas florestas de Yellowstone, ou a nosso lado numa estrada em qualquer lugar. Sim, porque Saint Germain é Merlim.
Merlim, o amado Merlim, nunca nos abandonou -- o seu espírito encanta os séculos. Faz-nos sentir tão raros e únicos como os seus adornos de diamantes e ametistas. Merlim é a Presença insubstituível, um vórtice... em torno de cuja ciência, lendas e romance fatal a civilização ocidental se entrelaçou.
Foi no século V. No meio do caos deixado pela lenta agonia do Império Romano um rei subiu ao trono para unir um país estilhaçado por chefes guerreiros e dilacerado por invasores saxões. A seu lado tinha o próprio ancião [Merlim] -- meio sacerdote druída, meio santo cristão -- vidente, mago, conselheiro, amigo, que orientou o rei ao longo de doze batalhas para unir o reino e estabelecer uma janela de paz.
Em certo ponto da sua vida, o espírito de Merlim passou por uma catarse. Segundo reza a lenda, teria sido no meio de uma feroz batalha. Ao ver a carnificina, desceu sobre ele uma loucura -- a visão simultânea do passado, presente e futuro -- tão peculiar na linguagem dos profetas. Fugiu para a floresta para viver como um selvagem, e um dia em que se sentara debaixo de uma árvore começou a dizer profecias sobre o futuro do País de Gales. "Fui separado do meu verdadeiro eu", disse ele. "Era como um espírito, e conhecia a história das pessoas num passado longínquo, e podia prever o futuro. Sabia então os segredos da natureza, do vôo das aves, do movimento das estrelas e da forma como os peixes nadam".
As suas afirmações proféticas e os seus poderes "mágicos" serviam para um fim: estabelecer um reino unido entre as tribos dos antigos bretões. A sua presença em tudo é lembrada num antigo nome celta da Grã-Bretanha, "Clas Myrddin", que significa "o Recinto de Merlim". Ao aconselhar e ajudar Artur a fundar o seu reino, Merlim procurou tornar a Grã-Bretanha uma fortaleza contra a ignorância e superstição, onde a realização crística pudesse prosperar na busca do Santo Graal. Os seus esforços naquele solo dariam fruto no século XIX, em que as Ilhas Britânicas se tornaram o lugar onde a iniciativa individual e a indústria puderam prosperar como nunca o haviam feito em doze mil anos.
Ao mesmo tempo, porém, que Camelot, a rosa da Inglaterra, brotava e florescia, as sombras da noite iam-se entrelaçando nas suas raízes. Feitiçaria, intriga e traição destruíram Camelot, mas não o amor de Lancelot e Guinevere, como faria crer o misógino retrato de Tom Malory. Infelizmente, o mito por ele plantado permitiria ocultar os verdadeiros culpados durante estes longos séculos. Foi o filho bastardo do rei, Modred, filho da sua meia-irmã Margawse que, com a ajuda de Morgana le Fay e um grupo de feiticeiras como ela e de cavaleiros negros, tentou roubar a coroa, aprisionar a rainha, e destruir por algum tempo os laços de um Amor que eles (os da senda da mão esquerda) nunca haviam conhecido nem podiam conhecer -- uma Realidade que todos os seus desejos, guerras e encantos não podiam tocar.
Assim, foi com o coração pesado e com o espírito de um profeta que teve visões de tragédia e desolação, alegrias passageiras e a dolorosa angústia da retribuição cármica continuamente manifestada, que Merlim entrou no cenário do seu próprio desfecho, para ser enredado com encantos que ele próprio ensinara pela tola e manhosa Vivem -- e adormecer.
Sim, errar é humano mas ansiar pela chama gêmea ausente é a sorte de muitos cavaleiros andantes, reis ou profetas solitários, que talvez devessem ter desaparecido nas brumas em vez de sofrerem triste ignomínia pelo seu povo.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Barriga e sentimentos...

É TUDO UMA COISA SÓ 
Os cientistas começam a elucidar a ligação evidente entre a barriga e nossos sentimentos
Texto: Milly Lacombe e Teté Martinho* - Ilustração: Katie Scott
Revista Trip 13/03/2013

Pesquisando o complexo sistema nervoso que comanda a digestão, os cientistas começam a elucidar a ligação evidente entre a barriga e nossos sentimentos — e a entender o que a medicina oriental já dizia: que é preciso digerir bem o medo, a raiva e a angústia. E que físico e emocional são inseparáveis

Atire a primeira pedra quem nunca sentiu frio na barriga de medo. Ou teve de sair correndo para o banheiro em uma situação de tensão. Ou perdeu o apetite ao se apaixonar loucamente. Ou sentiu o estômago revirar diante de uma visão repulsiva. Ou engordou por ansiedade. Ninguém nega que a barriga seja um campo fértil para a somatização, o nome genérico que se dá à transformação de emoções negativas em males físicos, com consequências tão graves que chega a ser reconhecida pela Organização Mundial de Saúde. Mas por que tanto assim?
A resposta pode estar no estudo aprofundado sobre a respeitável rede de neurônios que comanda a função digestiva, e na revelação de que boa parte dos neurotransmissores que circulam pelo corpo, carregando emoções e sensações, tem origem no intestino. Incluindo a serotonina, hormônio do bem-estar.
“Na verdade, essas descobertas só dão base concreta ao que já sabíamos intuitivamente”, diz Marcílio Hubner de Miranda Neto, médico e coordenador do Laboratório de Pesquisas em Neurônios Entéricos da Universidade Estadual de Maringá (PR). “A vida emocional tem relação direta com os hábitos alimentares, e o funcionamento da digestão é diretamente influenciado pelas emoções”.
Cada uma à sua maneira, as medicinas, filosofias e religiões orientais conhecem e explicam essa via de mão dupla há milênios. Os japoneses acreditam que é na barriga que se sente, se pensa, se tomam decisões, se guardam segredos. A importância do hara na cultura japonesa se reflete em uma coleção de expressões populares, envolvendo a barriga, de fazer inveja às nossas, que não são poucas (leia o boxe “A voz das tripas”).
O sistema de chacras, que sustenta até hoje a medicina hindu e está na base da filosofia dos iogues, relaciona intimamente emoções e órgãos. Descritos pela primeira vez nos Vedas, textos hindus datados de 2 mil anos antes da era cristã, os chacras (roda, em sânscrito) são sete redemoinhos de energia que se alinham ao longo da coluna. Cada um tem a incumbência de distribuir o nutriente que vem da respiração – o prana – a um grupo específico de órgãos; e a cada um cabe processar pensamentos e sensações específicos.
A barriga abriga dois chacras importantes: o segundo, swadhisthana, ligado ao aparelho reprodutor, ao impulso sexual e às funções de desintoxicação; e o terceiro, o manipura, que o guru brasileiro Sri Prem Baba define como “a sede do poder de realização e do ego” (leia entrevista a Arthur Veríssimo nas páginas a seguir). LEIA AQUI
Se os chacras não funcionam bem, por algum desequilíbrio, podemos reter sentimentos como medo, raiva e angústia, explica Simone Caldeira, terapeuta corporal que usa o toque para trabalhar a integração craniossacral. Os órgãos podem ter ou não sua função otimizada, dependendo de como a energia flui por eles. “Se o chacra está bloqueado, as funções físicas e emocionais também estão”, diz. Nesse pensamento, físico e emocional “são uma coisa só”.  
A medicina tradicional chinesa, que considera a barriga “o centro do homem”, estabelece com precisão como cada emoção negativa altera o funcionamento dos órgãos. “Baço, pâncreas e estômago metabolizam a comida, transformando-a em um substrato sem o qual nada no corpo funciona”, diz o acupunturista Marcius Luz, de São Paulo. “Se a energia dos órgãos se desequilibra, o substrato acumula, gerando obesidade, por exemplo.”
A desarmonia pode vir de excessos alimentares ou emocionais: para os chineses, preocupação excessiva e pensamentos obsessivos esgotam a energia do baço, e a raiva afeta o fígado.

O segundo cérebro
Praticada há 5 mil anos na Índia e cada vez mais conhecida no resto do mundo, a ayurveda tem uma imagem curiosa para a digestão. Segundo essa medicina, a barriga abriga o agni, um fogo metabólico que processa não só comida, mas tudo que experimentamos: emoções, memórias, sensações. Se o agni é ou está fraco, toxinas e emoções se acumulam, gerando dor, suscetibilidade à infecção e obesidade, assim como depressão, fadiga e dificuldade de se manifestar. “Por isso, o abdome é o centro das emoções”, diz Erick Schulz, vice-presidente da Associação Brasileira de Ayurveda.
“A região abdominal é nosso centro de energia. É como se fosse uma segunda mente”, diz a monja Coen, fundadora da Comunidade Zen-budista, em São Paulo. Nesse ponto, a neurociência tende a concordar. Com 100 milhões de neurônios acomodados do esôfago ao ânus – mais do que o resto do sistema nervoso periférico inteiro –, o aparelho digestivo é, de fato, um segundo cérebro.
O primeiro a dizer isso com todas as letras, em 1996, foi o neurobiólogo norteamericano Michael Gershon, que chefia o departamento de anatomia e biologia celular da Universidade Columbia, em Nova York. Em seu livro The Second Brain, ele explica que, para administrar cada reflexo, espasmo e mudança química necessária à transformação dos alimentos – do esôfago ao estômago, do intestino delgado ao cólon –, o aparelho digestivo precisa avaliar cada situação, decidir-se por uma linha de ação e iniciar movimentos. Daí ser relativamente autônomo em relação ao cérebro, e daí envolver tantos circuitos de neurônios, neurotransmissores e proteínas.
“O intestino realiza funções de alta complexidade. Se ele não pensa de forma autônoma, como o cérebro, é certamente embarcado com grande inteligência”, diz Luiz Guilherme Correa, médico formado pela Universidade de São Paulo (USP), onde também cursou filosofia, e especializado na medicina tradicional indiana. Essa complexidade deve explicar, acredita Gershon, por que doenças como ansiedade, depressão e síndrome do intestino irritável se manifestam de formas associadas no cérebro e no aparelho digestivo. Grosso modo, nossos pensamentos e emoções são influenciados pelo que acontece nos intestinos, e vice-versa.
E tem mais. “Sabemos, pela neurociência, que 90% da serotonina não é produzida no cérebro, mas no abdome, na região do intestino e do fígado”, diz Ricardo Ghelmam, que coordena o Núcleo de Medicina Antroposófica da Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp). “Então, se uma pessoa tem depressão, por exemplo, isso não é um problema de cabeça, mas do metabolismo digestivo.” Para a medicina antroposófica, o abdome está ligado à vitalidade e à força de vontade.
Com tantos fios conectando emoções e digestão, parece claro que, para o bem da barriga, é preciso cuidar da cabeça – e vice-versa. “Se você quiser aumentar a serotonina, a vontade de viver, o impulso de vida, tem de estimular essa força metabólica ligada à barriga”, diz Ghelmam. “O sedentarismo e a alimentação pobre em fibras vão na direção oposta disso, gerando doenças crônicas degenerativas, como diabetes, hipertensão e até câncer.”
Fortalecer a musculatura do abdome por meio de práticas voltadas diretamente para ela, como ioga, tai chi e pilates, também é uma forma de estimular as funções digestivas – e, por consequência, serenar as emoções. A monja Coen sugere um começo: “Respirar de forma consciente, profunda e suavemente, sentindo o abdome se expandindo e retraindo, é o caminho para nossa casa do tesouro, que jamais se exaure”.
Respirar fundo é básico, concorda Simone Caldeira. Para se sentir melhor e para não ter barriga proeminente. “O diafragma, responsável pela respiração, é um músculo intimamente ligado ao medo e ao estresse. Em estresse, ele ‘respira curto’, e isso causa dezenas de problemas”, explica. Na floresta, os animais respiram curto para não serem ouvidos pelos predadores. “A respiração faz um barulhinho que, na floresta, pode custar a vida”, diz. Pela mesma razão instintiva, homens e mulheres encurtam a respiração quando têm medo. “Em cidades como São Paulo, o predador está presente o tempo inteiro, na forma do chefe, do rival, da violência. Então a gente respira curto sem notar.” Com a tensão que isso gera, o diafragma é empurrado para baixo, na direção do chão, pressionando todos os órgãos e forçando o abdome para frente. “Os homens têm muito isso. E aí pode malhar quanto quiser que a barriguinha não sai.”  

A voz das tripas
Expressões idiomáticas em várias línguas põem emoções como medo, raiva e vontade no devido lugar: a barriga
A ligação entre emoções e barriga pode ser um mistério que só agora a ciência ocidental começa a elucidar. Mas, na língua do dia a dia, sempre foi dada como certa. E não só na nossa. Entre as sensações “estomacais” universais que ganham expressão inclui-se aquele misto característico de ansiedade, excitação e medo. Em inglês e alemão, borboletas no estômago; em espanhol, bolhas de sabão na barriga; aqui, frio na barriga.
Usamos soco no estômago para falar tanto de agressão física quanto de qualquer outra que pegue no lugar certo. E não somos os únicos a confundir náusea física e desgosto ético: em inglês, francês, espanhol e alemão, algo revoltante dá vontade de vomitar.
Se em português é preciso ter estômago para aguentar uma situação aviltante, em inglês a expressão equivale a querer. A cultura anglosaxônica também põe coragem e intuição na barriga. Ter tripas é ter, digamos, colhões; e sentir nas tripas é ter uma revelação.
Nada se compara, porém, à barriga dos japoneses. O hara não é só abdome, intestino, estômago. É onde moram coragem, determinação, vontade, imaginação e entendimento, além do lugar onde as decisões são tomadas.
Assim, barriga grande é metáfora para mente aberta; barriga pequena, para pobreza de espírito; barriga dura equivale ao nosso “coração de pedra”; ler o estômago de alguém é entender a intenção alheia; ir pela barriga, agir com integridade; guardar na barriga, manter segredo.
Quando os japoneses ficam bravos, a barriga ferve. Já para os franceses, estar com o coração na barriga equivale a ter “sangue nos olhos”. A barriga dos franceses também é uma espécie de ponto fraco, em matéria de honra: pisar na barriga de alguém é passar por cima da pessoa. Idem para os alemães, que chamam fracasso de barrigada.

Fonte:http://revistatrip.uol.com.br/revista/219/reportagens/E-tudo-uma-coisa-so.html

sexta-feira, 15 de março de 2013

As flores e nossa personalidade

Procurava no site Nirvana por link antigo que postei aqui no blog,infelizmente não consegui encontrá-lo.
Para minha sorte e alegria, acabei descobrindo outro texto muito interessante: 


FLORES QUE COMBINAM COM A SUA PERSONALIDADE 
Texto publicado em:
http://www.enirvana.com.br/blog/flores-que-combinam-com-a-sua-personalidade/


Você sabe que as flores podem combinar sua personalidade? Claro que nossos gostos e preferências já dizem muito sobre quem somos. As cores, o gosto musical, o estilo da roupa, a decoração da casa e até a preferência por determinada flor. Quando você for numa floricultura veja qual das descritas a seguir chamam mais a sua atenção, e somente a seguir, faça sua seleção.

Os românticos
(Rosa e Violeta):
São pessoas com uma personalidade mais discreta e não gostam de se fazer notar. São meigas, calmas e muito sonhadoras, por isso precisam aprender a lidar com a constante frustração. Costumam ser frágeis e, apesar de reservadas, não conseguem disfarçar seus sentimentos quando ficam magoadas. São muito emotivas e fazem de tudo pelas pessoas que gostam.
www.taringa.net
Rosas
Rosas: São clássicas, cultivadas desde a antiguidade, e combinam com pessoas românticas por seu formato delicado. As mais sonhadoras devem utilizar as amarelas para harmonizar os ambientes à sua volta. Já as mais meigas e doces devem recorrer às rosadas. E as mais calmas, devem preferir as rosas brancas.

www.jardineiro.net -
Violeta - Foto: Raquel Patro
Violetas: Assim como as pessoas românticas são flores mais reservadas, que não toleram a incidência de raios solares diretos e possuem cores discretas. É necessário adubá-las durante todo o ciclo de crescimento, o que revela, assim como os românticos, a necessidade de atenção.

Os modernos
(Flor-do-campo e Gérbera):
São pessoas consideradas muito práticas em tudo o que fazem, quando o assunto é a aparência, prezam por roupas confortáveis e que revelem seu estado de espírito, por isso ditam moda. Gostam de novidades, cores vivas e alegres.

www.divalativia.com
Flor-do-campo
Flores-do-campo: Sua principal característica, assim como a de pessoas modernas, é a combinação harmoniosa de cores e formatos. As flores-do-campo dão um ar alegre ao ambiente e são ideais para pessoas práticas por não exigirem muito cuidado e atenção em seu cultivo.

flores.culturamix.com
Gérbera
Gérberas: São flores relativamente grandes, com muitas pétalas e cores extremamente marcantes. Assim como as pessoas modernas são marcantes e não passam despercebidas em um ambiente.

Os decididos
(Antúrio e Bromélia):
São pessoas conhecidas por sua personalidade forte e marcante. Possuem muita determinação e segurança em tudo o que fazem e acreditam, por isso que são muito leais e confiáveis, mas nem sempre muito fáceis de lidar, é preciso ter um jeitinho certo de falar com as pessoas decididas.

http://www.riototal.com.br/jardinagem/jardinagem001.htm
Antúrio
Antúrios: São plantas muito exigentes e assim como as pessoas decididas que não se satisfazem facilmente, são difíceis de agradar. Uma vez cultivados de maneira correta duram bastante tempo. São fortes e resistentes assim como as pessoas decididas que não demonstram chateação ou mágoa em hipótese alguma.

www.bromelias.com.br
Bromélia
Bromélias: Apresentam uma impressionante resistência para sobreviver diante de qualquer adversidade, assim como as pessoas de personalidade decidida. Estas também costumam se destacar por suas características, como as bromélias, que possuem uma aparência muito excêntrica e é facilmente reconhecida em meio a outras plantas.

Os exigentes
(Orquídea):
Pessoas exigentes possuem gostos muito apurados. Valorizam detalhes e dão relevância para alguns aspectos que a maioria das pessoas não repara. São muito simpáticos e discretos e andam sempre muito bem arrumados, cuidando de detalhes como combinação de cores e tecidos.

econexos.com.br
Orquídea
Orquídeas: Essas flores requerem um tratamento especial. É preciso valorizar cada etapa de seu cultivo para que elas cresçam. São ideais para pessoas exigentes, pois estas valorizam detalhes, e as pétalas da orquídea possuem variações mínimas de cores, mas que fazem toda a diferença em sua aparência final.

Os radiantes
(Girassol): 
São pessoas que possuem uma alegria de viver muito grande, e por isso estão sempre de bom humor. Isso não significa que a auto estima de pessoas com essa personalidade esteja sempre em alta, mas elas procuram não ligar para a opinião alheia e procuram motivações em seu cotidiano para sempre abrirem um sorriso.

diariosdesolidao.blogspot.com
Girassol
Girassóis: São flores que remetem a alegria, por seu formato e cor muito vibrantes. Estão diretamente ligadas aos dias ensolarados, já que seguem o sol em seu giro pelo céu, e dias de céu azul e sol deixam as pessoas radiantes ainda mais estimuladas.


Os controladores
(Lágrima de Cristo):
Pessoas com essa personalidade gostam de estar no controle em todas as situações, sendo assim tem uma tendência a buscar a liderança, mas nem sempre conseguem por conquistarem muitos inimigos por onde passam. São pessoas sérias e que não possuem uma vida social muito ativa.
vidadasflores.blogspot.com
Lágrima de cristo
Lágrimas de Cristo: Essas flores nascem de trepadeiras que agarram e sufocam qualquer superfície, assim como as pessoas controladoras. Elas gostam de dominar o espaço em que vivem e nada é considerado um obstáculo para o seu crescimento.

Os impacientes
(Maria-sem-vergonha e Amor-perfeito):
Essas pessoas têm a pressa como lema de vida. Não gostam de esperar por resultados ou respostas e por isso são muito ativas, já que vão de encontro ao que querem. Não se preocupam muito com o que os outros pensam e têm fama de serem curtas e grossas.

www.terradagente.com.br
Maria- sem-vergonha
Maria-sem-vergonha: Essa flor nasce facilmente em qualquer lugar, é uma das mais recomendadas para cultivo por dar flores ao longo de todo o ano. É ideal para pessoas impacientes que não gostam de esperar para obter seus resultados.


www.calendariodojardim.com.br
Amor-perfeito
Amor-perfeito: São cultivadas ao longo do ano todo e por isso são indicadas para os impacientes. É uma planta rústica e que exige poucos cuidados, seu caule é curto, por isso é uma planta pequena, mas que causa grande efeito.

terça-feira, 12 de março de 2013

Técnicas para proteção da aura


Texto Keila Bis-Design Larice Peskir -Ilustrações Greg

Esta cena é corriqueira e de fácil identificação. Uma pessoa teve uma ótima noite de sono. Acorda se sentindo bem, feliz e cheia de disposição. Ao chegar ao trabalho, no entanto, depois de pouco tempo, as coisas começam a mudar. O clima está tenso, os colegas irritados e ansiosos. Ela vai sentindo toda sua disposição diminuir. No fim do dia, o mundo parece pesar em seus ombros, tem dor de cabeça, de estômago e volta para casa com um humor completamente diferente do que tinha quando saiu. A pergunta é: como é possível perder todo aquele bem-estar em tão pouco tempo?
Segundo os profissionais que estudam o campo de energia humana, ou aura, isso ocorre porque vivemos num oceano de energia – que tem diferentes nomes nas mais diversas culturas, como energia vital, em português; prana, em sânscrito; pneumo, em grego –, com o qual se está em constante interação.

Técnicas de proteção da aura:

Para se proteger de pessoas e lugares estressantes e tristes
Como fazer: cruzar braços e pernas.
Por que fazer: para tornar a aura mais densa, compacta, menor.
Quando fazer: quando se sentir mal, cansado depois de lidar com certa pessoa, como se ela tivesse sugado sua energia; diante de vendedores agressivos, que desejam persuadi-lo a comprar algo desnecessário; quando estiver em lugares estressantes; em lugares como hospitais, velórios e delegacias de polícia, onde há grande energia de sofrimento e de dor.
Observação: em uma reunião ou diante de um superior, não é indicado o uso da posição de fechamento total (braços e pernas) para não ser mal interpretado. Portanto, nessas ocasiões, cruze as pernas e coloque as mãos juntas no colo. Dessa forma, a posição é de receptividade e cooperação.

 Para curar relacionamentos conturbados

Como fazer: concentre-se nos chacras do coração e da coroa (no topo da cabeça) durante todo o processo. Levante ambas as mãos em posição de bênção. Visualize à sua frente a pessoa que deseja abençoar. Diga, suavemente, o nome da pessoa três vezes. Projete bondade e amor e entoe as palavras “a paz esteja com você” por cerca de 3 minutos. Repita o procedimento duas ou três vezes por semana ou até quando achar necessário.
Por que fazer: para repelir e transmutar pensamentos negativos que lhes são dirigidos; para curar relacionamentos conturbados.
Quando fazer: quando se indispuser com pessoas durante discussões, em brigas de casal ou com os filhos, enfim, quando desejar transformar a energia negativa em positiva e para que a calma se instale.

Fortalecimento da aura em qualquer ocasião social

Como fazer: sentado ou de pé, conecte a língua ao céu da boca e feche as mãos na frente do corpo, com a mão esquerda sobre a mão direita.
Por que fazer: para aumentar o nível de energia no corpo e fortalecer a aura.
Quando fazer: em qualquer ocasião social, como ir a um restaurante, coquetel, reunião, vernissage.
Observação: você pode usar outras formas de fechamento das mãos. Algumas delas são: fechar as duas mãos com os polegares dobrados para dentro e colocá-las nos bolsos para que outras pessoas não vejam; colocar as mãos atrás das costas e fechar a mão esquerda com o polegar dobrado para dentro e depois segurá-la com a mão direita.

Para fazer em encontros com pessoas estressadas

Como fazer: sentado ou de pé, imagine uma rosa de frente para você na distância de um braço estendido. Essa rosa, com a flor na altura de seu rosto, deve ter uma cor muito vibrante. O caule desce até a altura do seu cóccix e deve ser repleto de folhas e espinhos. Imagine agora esse caule vindo ao encontro de seu corpo e entrando nele até o chacra básico (no cóccix). De lá, esse caule desce e enraíza no chão.
Por que fazer: para se proteger de ambientes e pessoas perniciosos.
Quando fazer: durante encontros com pessoas estressadas; em lugares onde prevalece o nervosismo.
Observação: essa técnica foi desenvolvida pela pesquisadora científica Karla McLaren.


Para se proteger antes de sair de casa
Como fazer: de pé ou sentado, feche os olhos e tome consciência do seu chacra básico (na altura do cóccix). Conecte a língua ao céu da boca. Inspire vagarosamente em sete tempos, segure a respiração em um tempo e expire vagarosamente em sete tempos. Visualize uma lâmpada de forma elíptica de cor laranja à sua frente. Imagine-se pequeno entrando nessa lâmpada e depois imagine-se dentro dela envolto nessa luz laranja. Sinta o quanto esse escudo é forte. Visualize agora esse escudo áurico etérico com uma cor metálica laranja que envolve toda a luz laranja. Mentalmente afirme: “Estou escudado e protegido de todos os ataques e contaminações psíquicas, protegido de todo mal e perigo. Esse escudo ficará comigo durante 12 horas”. 
Por que fazer: esse escudo protege o corpo físico e mantém o equilíbrio interior e a clareza mental.
Quando fazer: antes de sair de casa, para pessoas que moram em grandes cidades, onde o estresse é muito alto; em situações de violência física; durante um assalto; quando se sabe que vai visitar uma área perigosa.

Para fazer em locais em que há briga. 
Também para proteger os filhos de bullying

Como fazer: de pé ou sentado, feche os olhos e tome consciência do seu chacra do coração. Inspire vagarosamente em sete tempos, segure a respiração em um tempo e expire vagarosamente em sete tempos. Visualize uma lâmpada de forma elíptica (formato de uma lâmpada) cor-de-rosa à sua frente. Imagine-se pequeno entrando nessa lâmpada e depois imagine-se dentro dela envolto nessa luz rosa. Sinta o quanto esse escudo é forte. Visualize agora esse escudo astral com uma cor rosa metálica que envolve toda a luz cor-de-rosa. Mentalmente afirme: “Estou escudado e protegido de todos os ataques e contaminações psíquicas, protegido de todo mal e perigo. Esse escudo ficará comigo durante 12 horas”.
Por que fazer: para melhorar a eficácia do escudo etérico, a fim de conseguir paz interior e calma emocional nas situações que sejam psicologicamente perturbadoras.
Quando fazer: em lugares onde há brigas, como em residências onde o casal discute muito; os pais podem fazer esse escudo para proteger os filhos que sofrem bullying na escola.
Observação: pessoas com problemas cardíacos não devem usar essa técnica, pois ela pode piorar a condição.

Para fazer no trabalho

Como fazer: de pé ou sentado, feche os olhos e concentre-se no chacra ajna (entre as sobrancelhas). Inspire vagarosamente em sete tempos, segure a respiração em um tempo e expire vagarosamente em sete tempos. Visualize uma lâmpada elíptica amarela à sua frente. Imagine-se pequeno entrando nela e depois imagine-se dentro dela envolto nessa luz amarela. Sinta como o escudo é forte. Visualize o escudo mental com uma cor amarela metálica que envolve a luz amarela. Mentalmente afirme: “Estou escudado e protegido de todos os ataques e contaminações psíquicas, protegido de todo mal e perigo. Esse escudo ficará comigo durante 12 horas”.
Por que fazer: para obter clareza mental a fim de não ser atingido por pensamentos criados por muitas pessoas durante um período considerável de tempo.
Quando fazer: no trabalho, para se manter concentrado sem se distrair com as formas mentais alheias; em caso de um ataque psíquico intencional, quando desejam influenciar seu comportamento.

Leia também
O que é a aura?
Por que é importante protejer a aura?
em:http://casa.abril.com.br/materia/proteja-a-sua-aura


sexta-feira, 8 de março de 2013

Cursos de Escultura (Toy art), Ilustração e Tipografia em Belo Horizonte

A Zupi Academy nasceu para disseminar técnicas e conhecimentos criativos para os interessados em aprender com os melhores. O projeto, idealizado pela respeitada e influente empresa Zupi, visa levar cultura, arte e educação especializada para cidades de todo o Brasil por meio de workshops com profissionais renomados de diversas áreas. A proposta acontece entre a parceria da Zupi com parceiros locais e instrutores que, juntos, unem suas forças para organizar eventos aclamados e expandir tendências, gerando conhecimento e amadurecendo o mercado criativo. Inclusive, incentivando os brasileiros a investirem e serem futuros empresários atuantes na economia criativa.(*)

quarta-feira, 6 de março de 2013

Rituais xamânicos e física moderna

A purificação virá...
A Grande-Mãe nos embalará em seus braços
e secará nossas lágrimas
e Grande-Pai caminhará entre nós.
Será esta geração
- todos vocês - que tornará isso possível
e o círculo rompido da nação
será novamente refeito.
Hehaka Shapa (Alce Negro)


Na tradição xamânica, os curandeiros trabalham em relação estreita com o mundo dos espíritos. Todos dizem ter guias que lhes falam e propiciam métodos ou vias de cura. Os xamãs os invocam recorrendo a cânticos sagrados. Certamente existe uma conexão entre estes e os hinos de diversas correntes religiosas. Um dos segredos da cura xamânica não é outro senão uma transferência de energia vibratória - de uma onda sonora - de uma pessoa para o órgão doente de uma outra. Quando uma parte do corpo está doente, é o conjunto que se acha em ruptura de harmonia. Cada órgão, cada célula possui uma ressonância, um padrão vibratório. Quando um órgão está doente, não recebe mais a energia vibratória do resto do corpo; vibra numa freqüência em desarmonia com o padrão vibratório de todo o corpo.
De que maneira um órgão doente pode entrar em ressonância com as partes sadias do corpo?
Ouvindo os ritmos dos tambores, os cantos dos beduínos do deserto do Sinai, os cantos cerimoniais dos lakotas, lembrei-me de que o Universo foi criado a partir de um som primordial, exatamente aquilo que ensinam os cabalistas. Fazendo preces, entoando cânticos sagrados, suscitam-se modificações no seio da matéria. A cura consiste em reintroduzir esses sons no corpo; em outros termos, ao produzir os sons corretos, partes do corpo em ruptura de harmonia podem ser reconduzidas a um estado de equilíbrio, a um estado de saúde. É o que vivem os xamãs por meio de seus cantos. Para os xamãs amazônicos, entoar a palavra "jaguar" significa invocar o próprio animal; conseqüentemente, se um curandeiro canta o nome de um jaguar sagrado, um jaguar aparece. Um som sagrado estaria portanto conectado a um objeto real, que pode ser invocado pelo som.
Mas, para os xamãs, invocar o jaguar significa também identificar-se com aquele que vive em cada um de nós. Seus ensinamentos dispensavam aos seres investidos o conhecimento do padrão vibratório do jaguar. Eles ficavam em condições de ressoar em sincronismo com a egrégora do jaguar, ou seja, com todos os jaguares do planeta. Cada animal é representado por um totem, que simboliza o fato de que todos nós somos irmãos e irmãs na matéria viva.
Essa maneira de conceber o Universo encontra um eco na física quântica. Existe uma interconexão fundamental, religando tudo o que há. Pouco a pouco, consigo ver que os xamãs percebem o Universo de uma maneira bem mais ampla que aquela proposta pelos modelos mecânicos do paradigma cartesiano ou da relatividade galileana. Eles não apreendem a realidade numa relação de causa a efeito, a realidade é para eles como uma teia de aranha, uma rede próximo das interconexões observadas nos modelos da física quântica.

Os antigos xamãs saxônicos da Europa do Norte chamavam a essa teia de aranha, 
espécie de Internet espiritual, de wird.

Wird é uma velha palavra inglesa que gerou especialmente a palavra weird (estranho, curioso) em inglês moderno. Traduz-se literalmente por "destino", embora englobe uma noção bem mais ampla. Ela mesma provém de uma raiz indo-européia que deu origem ao termo rúnico urdhr ou, mais tarde, o alemão werden, devir, tornar-se, vir a ser. Por trás dessa noção, encontra-se a concepção oriental de carma. Mas em sua origem wird designava uma maneira de ser que implicava o poder de controlar o destino, um modo de vida no qual os acontecimentos achavam-se ligados uns aos outros exatamente como os fios cruzados de uma teia de aranha. Vem daí a idéia da vibrante teia do wird ou do destino.
Nos sistemas de crença tradicionais, especialmente anglo-saxônicos, o que era wird tinha uma necessidade, uma" existência" tão palpável que não podia ser negada; a vibração e os motivos vibratórios eram extremamente importantes. Todos os acontecimentos ligavam-se uns aos outros. Teoricamente, a influência de um acontecimento sobre outro podia ser sentida por toda a parte, já que a teia inteira vibrava. Mas tal conexão nunca era realmente evidente para a gente comum, que uma doença ou outros reveses deixavam desamparada. O que explica a necessidade para o xamã de "ver" a conexão e explicar seu sentido. Assim, surgiu uma nova maneira de compreender a vida. Para alcançar essas novas visões, o xamã praticava geralmente uma série de rituais destinados a modificar sua consciência. O xamã podia assim curar, ver o futuro, "metamorfosear-se", transferindo seu espírito para animais ou plantas.
Os xamãs não se contentam em perceber as conexões entre as coisas e os seres, eles as modificam.
Eles são para falar propriamente, os ancestrais dos psicólogos e dos médicos modernos. Para os antigos, eram os guardiães da sabedoria e ao mesmo tempo os contadores de histórias.
Na física moderna, wird poderia ser traduzido como "não-localidade", um termo que designa aquilo que em outros referentes nomear-se-ia uma ação à distância. Em 1964, Bell compreendera isso perfeitamente. A idéia de que a matéria podia deslocar-se mais rápido do que a luz começava a encontrar ressonância entre vários estudiosos. Assim, o teorema de Bell postulava que, quando duas partículas gêmeas afastavam-se uma da outra à velocidade da luz, uma ação sobre uma delas induzia uma reação na outra. As duas partículas ficariam intimamente ligadas malgrado a distância, como se uma informação circulasse entre elas a uma velocidade superior à da luz. Parece, portanto, que uma informação supralumínica existe realmente. Numerosas experiências visam hoje confirmar essa teoria. "Se elas trouxerem as provas esperadas, a teoria da informação supralumínica poderá servir de base para a explicação de certos fenômenos psíquicos como a telepatia. A realidade quântica torce-se sem cessar de maneira imprevisível, pondo a descoberto paradoxos comparáveis aos koans do zen, esses 'enigmas absurdos utilizados pelos mestres zen para transmitir seu ensinamento”. 
Em 1935, na Universidade de Princeton, três pesquisadores, Einstein, Podolsky e Rosen, tentaram refutar a física quântica, muito rica em paradoxos para o gosto deles. Estabeleceram um protocolo de experimentação destinado a provar que os resultados que ela prediz são contrários ao senso comum. A realidade mostrou que os três estavam errados, e eles demonstraram, a contragosto, aquilo que desejavam refutar.
O teorema de Bell revelou que as "partes distintas" do Universo estariam ligadas de modo íntimo e imediato no nível mais profundo e mais fundamental. Os físicos logo compreenderam que essa situação singular levantava uma questão delicada: como dois elementos quaisquer podem comunicar-se mais rápido que a luz?
Na época em que Bell elaborou sua teoria, essa experiência não passava de uma vaga noção. Em 1972, John Clauser e Stuart Freedman, do laboratório de física da Universidade de Berkeley, Califórnia, tentaram realizá-Ia e com isso validaram as previsões estatísticas de Bell.
O teorema de Bell não se contenta em sugerir que a realidade é muito diferente do que parece, ele o exige. Os físicos provaram que nossa visão racional do mundo é profundamente insatisfatória. Em meados dos anos 70, alguns chegaram a afirmar que as partículas gêmeas das experiências EPR (Einstein, Podolsky e Rosen) e Clauser-Freedman, ainda que espacialmente separadas, permanecem conectadas na ausência de qualquer troca de sinais.
A física quântica redescobria conceitos muito antigos. Estudando os aspectos moleculares da matéria, alguns físicos quânticos chegam a concluir que a matéria não poderia existir sem uma consciência para percebê-la. Todavia essa noção de consciência continua sendo muito vaga. A visão cartesiana clássica não admite que a consciência possa exercer uma influência sobre o mundo físico. Seus partidários utilizariam outra palavra para descrever o que se passa no momento de uma observação, falariam de registro, de medida, de reconhecimento, de preparação ou de estado. Diriam que um padrão de probabilidades foi reduzido de uma multidão a um resultado exato, preciso. No entanto, nenhum físico negaria que sem o reconhecimento de um padrão esse resultado não poderia ser percebido. A consciência e o mundo material estão conectados, e a maneira que o cientista escolhe para fazer uma observação afeta o objeto observado.
Observador e observado estão, portanto, ligados de maneira significativa.
Essa visão do mundo vai ao encontro das correntes de pensamento xamânicas, que exploram há milênios a realidade situada além do universo sensorial. A inclusão da consciência humana nas teorias científicas é um fato recente. Ela poderia, em muitos sentidos, favorecer novas pistas suscetíveis de transcender o quadro convencional da ciência. Mas há consciência e Consciência, a segunda sendo talvez a dos xamãs. Se uma tal entidade existe, podemos nos unir a ela e entrar em ressonância com as forças fundamentais como o fazem as curandeiras e os curandeiros desde a origem. Essa união é possivelmente uma conexão quântica que religa tudo o que vive no Universo. Como poderíamos desenvolver uma relação mais sensível, mais sutil com nós mesmos e com o universo no qual vivemos? Talvez aceitando aventurar-nos no estado de consciência xamânica que une o ser humano à criação visível e invisível.
Esta conexão é realizada quando um xamã entoa um canto sagrado ou quando um sacerdote recita um conjunto de mantras. O xamã entra em ressonância com os animais totens que residem no interior de seu ser. Assim, ele não apenas é capaz de curar a si mesmo, mas também ainda a quem quer que sofra de uma doença similar, utilizando a energia proveniente do animal-espírito.
Os ritmos complexos e às vezes encantatórios da música xamânica imitam o processo sem fim da Natureza e celebram a globalidade do Universo. Assim como o trovão que chega na primavera e no verão permite que as pradarias das grandes planícies refloresçam, a música ameríndia alimenta o terreno do coração humano. Geralmente, ela combina um tambor, uma flauta ou um chocalho e cantos. Os instrumentos são descritos como as contrapartes das poderosas forças elementares do trovão. A batida do tambor é o clarão que permite ao coração humano serpentear fora de sua dependência. A melodia da flauta (seus seis furos representam as quatro direções cardeais, mais o céu e a terra) é o vento que purifica e insufla a vida no coração. O som do chocalho representa a luz que ilumina o coração e carrega o ser de energia. Os ritmos musicais, as preces e os ruídos da Natureza provocam aquilo que Michael Harner chamou de "estado de consciência xamânica".

Texto: O FÍSICO, O XAMÃ E O MÍSTICO (Patrick Drouot- tradução de Luca Albuquerque) Rio de Janeiro- Record - Nova Era. 1999.


Versão em PDF do livro em:
ou em texto:
http://www.visionvox.com.br/biblioteca/p/Patrick-Drouot-O-Fisico-O-Xama-e-O-Mistico.txt

Fonte:http://www.oficinadeconsciencia.com.br/xamanismofisica.htm
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Outros olhares