quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Um Curso em Milagres com Carmen Balhestero - Lições de 1º a 31 de Janeiro de 2015


LIÇÕES DO CURSO EM MILAGRES - JANEIRO/2015

Em azul: Frases traduzidas do Livro de Exercícios do CURSO EM MILAGRES ( A COURSE IN MIRACLES – Foundation for Inner Peace – NY)
Em violeta: explicação do Mestre Saint Germain sobre a energia de cada dia.
Medite e reveja valores, escolhas e comece novamente, todos os dias através de pequenas mudanças diárias, mudamos o mundo

1: “Nada do que eu vejo significa alguma coisa.”
“Os olhos mostram apenas o mundo tridimensional. Quando a percepção extrassensorial é ativada, conseguis enxergar com o Terceiro Olho, na Luz da Intuição, que cria a ponte para este momento de Mudanças, e no vislumbre de uma Nova Consciência.”
Música da  1ª lição:



2: “Eu dei a tudo o que vejo — objetos e situações — todo o sentido que tem para mim.”
“De acordo com suas vibrações e bagagem mental e emocional, determinareis o valor e a importância de todas as situações da Vida. É chegado o momento de direcionar a energia existente a novas frequências de Luz.”
Música da 2ª lição: 
http://youtu.be/lzsuon_QCo0

3: “Eu não compreendo nada do que vejo.”
“A Compreensão está ligada aos ensinamentos oferecidos pela família, pelos relacionamentos e pelas escolas, mas o seu verdadeiro sentido vem da alma, do coração, da essência do amor incondicional nato que, em essência, é perfeito e tudo abrange.”
Música da 3ª lição:
http://youtu.be/ZjutASS_Md0

4: “Estes pensamentos não significam nada para mim.”
“Os pensamentos são projeções do inconsciente coletivo e não formas espontâneas de expressão individual. Cada um de vós deveis despertar a fagulha de energia na mente Crística, responsável por criar de forma independente, e não mais manter-se envolto na onda energética da massa de pensamentos cotidianos.”
Música da 4ª lição:
http://youtu.be/2kj-X5jfXUw

5: “Nunca estou triste pelos motivos que eu penso.”
“Os motivos das escolhas do inconsciente coletivo geram o conflito, dor e sofrimento. Quando assumis a responsabilidade por ancorar novas frequências de Luz, perspectivas despontam e gerais uma nova realidade individual e coletiva, superando obstáculos passados e escolhendo assumir uma nova atitude perante as escolhas de cada pensamento ou ação.”
Música da 5ª lição:
http://youtu.be/sCZcKv7JFlc

6: “Eu estou triste porque vejo alguma coisa que não está lá.”
“Os olhos físicos mostram apenas a ilusão do plano tridimensional. É chegado o momento de determinardes vossa verdadeira escolha através do caminho Uno do poder intuitivo que vem da alma.”
Música da 6ª lição:
http://youtu.be/YZis4wYEABY

7: “Eu vejo apenas o passado.”
“O mundo tridimensional é gerado pelas leis do passado e por experiências passadas. Ousai projetar o novo futuro usando criatividade, pois a mente é o berço da nova realidade individual e planetária.”
Música da 7ª lição:
8: “Minha mente está preocupada com pensamentos passados.”
“A bagagem das formas-pensamento do passado influencia todas as formas de evolução. Expandindo a mente e treinando a percepção para que observe novas direções e caminhos, reencontrareis a chama do propósito da Unidade.”
Música da 8ª lição:
http://youtu.be/Y-y0T0Hpbhg

9: “Eu não vejo nada como é agora.
“O Ser Real só enxerga na Luz da Verdade. No mundo da ilusão, o ego é responsável pelas máscaras e trapaças criadas. Treinai o silêncio e ali encontrareis todo o Poder do vosso Ser Real.”
Música da 9ª lição:
http://youtu.be/stehbERTkVw

10: “Meus pensamentos não significam nada.”
“Pensamentos padronizados no limite e valores do passado não atraem soluções para este momento. Vivenciai o Eterno Agora.”
Música da 10ª lição:
http://youtu.be/ac__nTZK8ZY

11: “Meus pensamentos sem significado me mostram um mundo sem significado.”
“O Mundo é o reflexo da projeção de crenças e de formas-pensamento. Sem a intenção de fortalecer propósitos, ninguém alcança a Perfeição.”
Música da 11ª lição:
http://youtu.be/uE5rDnGXEZs

12: “Eu estou triste porque vejo um mundo sem significado.”
“A maioria dos seres encarnados vibra na frequência do ego, que traz à tona a instabilidade. Ouvindo a pureza da alma, fareis emergir somente boas atitudes e sintonias.” 
Música da 12ª lição:
http://youtu.be/8ALBOSri_Ls

13: “Um mundo sem significado gera medo.”
“A Mente dividida ancora a frequência do medo. Quando ancorardes o Poder do significado das atitudes positivas, a realidade será transformada na Luz da Felicidade.” 
Música da 13ª lição:
http://youtu.be/RL_H5pwvPCA

14: “Deus não criou um mundo sem significado.”
“Todos os reinos — mineral, vegetal, animal e hominal — têm um propósito e, juntos, criam equilíbrio. O Homem é a forma mais evoluída da criação. Ao assumirdes a totalidade do poder individual, criareis a sua forma de expressar a pureza da alma.” 
Música da 14ª liçao:
http://youtu.be/nulDirtXuPI

15: “Meus pensamentos são imagens que eu criei.”
“Pensamentos são reflexos de formas-pensamento ancoradas nas frequências que determinam um novo tempo.” 
Música da 15ª lição:
http://youtu.be/2OpQPsaMX0w

16: “Eu não tenho pensamentos neutros.”
“Toda energia projetada cria um efeito. Mesmo a imparcialidade é uma forma de reagir à vida. O Pensamento é a forma de expressar a visão que tendes da realidade ao seu redor.”
Música da 16ª lição:
http://youtu.be/JjE7tCD3duA

17: “Eu não vejo coisas neutras.”
“Todas as manifestações são projeções da Vontade Divina, plena de Consciência em evolução.”
Música da 17ª lição:
http://youtu.be/Jfn0pTsIRiI

18: “Eu não estou sozinho quando experiencio os efeitos do que vejo.”
“Sois ímãs e atraís aquilo que emanais. A partir do seu pensamento, reencontrareis o reflexo dos pensamentos alheios, por isso a importância de, conscientemente, abraçardes a oportunidade de mudar cada energia mal qualificada, criando assim um novo tempo de Paz. Um único pensamento atinge milhões de seres e gera milhões de outros pensamentos.” 
Música da 18ª lição:
http://youtu.be/OQBEnzZoUuc

19: “Eu não estou sozinho quando experiencio os efeitos dos meus pensamentos.”
“Os sentimentos também abrangem outros seres. Cada energia criada está em ressonância com outra da mesma intensidade. Mudando a frequência de Luz individual, atingireis a totalidade da maestria.”
Música da 19ª lição:
http://youtu.be/Odg3eZi3uJA

20: “Eu estou determinado a ver.”
“Sois livres para escolher mudar. Quando o livre-arbítrio aponta a decisão de fluir em outra sintonia, a Vida reflete a Graça Eterna de Ver com os olhos do Amor Incondicional.”
Música da 20ª lição:
http://youtu.be/vE9z5_dmGek

21: “Eu estou determinado a ver coisas de forma diferente.”
“Quando uma decisão se apóia na vontade da alma, a mudança verdadeira ocorre.”
Música da 21ª lição:
http://youtu.be/cbHDgNMCtyk

22: “O que eu vejo é uma forma de vingança.
“O inconsciente coletivo escolhe viver o ego — dor, limite e sofrimento —, o que gera um círculo vicioso. Elevando vossas frequências de Luz a patamares mais altos e mergulhando no Poder da Intuição centrado na alma, não mais caireis nas armadilhas do ego-personalidade.”
Música da 22ª lição:
http://youtu.be/YfUh8834HYc

23: “Eu escapo do mundo que eu vejo desistindo dos pensamentos de ataque.”
“Quando, conscientemente, mudardes o padrão da frequência de vosso pensamento, isolareis das formas-pensamento das massas e criareis uma nova alternativa de atrair do éter — do prana sutil — novas co criações.” 
Música da 23ª lição:
http://youtu.be/wp9m9ZYLiFs

24: “Eu não percebo os meus maiores interesses.”
“A análise superficial dos fatos não enxerga a essência de cada ser. Buscai a força em vossa alma e reencontrareis todo o Poder da vossa Consciência Crística.” 
Música da 24ª lição:
http://youtu.be/h31_LCY9Ncc

25: “Eu não sei para que servem as coisas.”
“O saber verdadeiro vem da alma e não do cérebro. Buscai a conexão exata com a pureza do coração e do amor intuitivo e vossa vida será o resplandecer do mais puro amor em ação.” 
Música da 25ª lição:
http://youtu.be/rcoAhzlLSHY

26: “Meus pensamentos de ataque atacam a minha invulnerabilidade.”
“Energias limitadoras aprisionam. Saltando para uma nova frequência, reencontrareis o bálsamo do Poder da Unidade mergulhando na Mente de Deus”.
Música da 26ª lição:
http://youtu.be/rkRdwP8FL8c

27: “Acima de tudo, eu quero ver.”
“Pela visão da alma, enxergareis a Verdade que reflete a essência do vosso Santo Ser Crístico em ação.” 
Música da 27ª lição:
http://youtu.be/dUjy_drspVc

28: “Acima de tudo, eu quero ver coisas de forma diferente.”
“Mesmo que o mundo apresente situações adversas à Perfeição de Deus, a alma clama por ver e viver a Perfeição.”
Música da 28ª lição:
http://youtu.be/Ubr_TZahBJY

29: “Deus está em tudo o que eu vejo.”
“A essência Divina respira em cada forma da Criação.Alinhados ao Poder de Deus, todas as formas externas refletem a grandiosidade da Perfeição Divina.”
Música da 29ª lição:
http://youtu.be/jc5sEILl96s

30: “Deus está em tudo o que eu vejo porque Deus está na minha mente.”
“A Centelha Divina é Onipresente. Quando vos harmonizardes com este princípio, atingireis o poder da multidiversidade, que corresponde a ser uno com várias frequências de Luz simultaneamente. Com novos olhos, devereis enxergar Perfeição em Tudo, e a Perfeição será uma realidade em vossas Vidas agora.”
Música da 30ª lição:
http://youtu.be/pYAMz0IrB-M

31: “Eu não sou uma vítima do mundo que vejo.”
“A postura de ser vítima da Vida é uma escolha do ego-personalidade. As leis ditadas pelas massas geram apego, limite e sofrimento. Erguei-vos, conscientemente, acima do mundo aparente, e deparai com a imensidão da completude de Deus Onipresente, que tudo abrange e cura. Nesta sintonia, manifestareis alegrias, felicidade e Milagres.”


OUÇA AS 31 LIÇÕES NA VOZ DE CARMEN

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Simbologia do número 8

 O número do equilíbrio, da justiça e da renovação

imagem: A roda da fortuna com 8 raios - Mosaico Catedral de Siena

Assim como o 8º dia da semana inicia a nova semana, a escala musical retorna ao início com a oitava, o oitavo som, da mesma maneira o 8 simboliza um novo começo num plano mais elevado. Ele é a fronteira, o elo, o intermediário para uma esfera ou um mundo melhor, maior, ou mais elevado. Esse simbolismo apresenta-se também na estrela de oito pontas e no octógono. Em analogia ao 4, o quadrado representa tudo o que é terreno; o círculo representa a esfera celeste e, por sua vez, o octógono representa, de uma maneira evidente,  linha intermediária entre esses dois mundos.
imagem:Teto da Catedral Ely  - Inglaterra
Essa transição do quadrado terreno para o círculo divino é vista em muitas igrejas, onde, por cima do cruzeiro, ergue-se um octógono sobre o qual encontra-se a abóbada celeste. Como intermediário entre o quadrado e o círculo, o octógono simboliza o limiar até o qual, nós, na Terra, podemos nos aproximar do divino, do eterno e do ideal, e também o quanto os Céus são benevolentes conosco.
Por isso, o 8 tornou-se tão importante no Cristianismo. Ele simboliza o próprio Cristo, cujo nome, em grego, tem o valor numérico 888 (*), sobretudo por ele ser o intermediário entre Deus e os homens, e a sua ressurreição ser celebrada como o oitavo dia da criação, com o qual um novo tempo, uma nova aliança (Novo Testamento) se inicia.
A estrela de Natal que anuncia o nascimento de Cristo também lembra esse simbolismo, e tem tradicionalmente oito pontas. Também as oito pessoas que sobreviveram ao dilúvio na Arca de Noé, segundo o relato bíblico, expressam a ideia de um recomeço. Será essa a razão de o número 8 ser considerado um número de sorte e a roda de oito raios ser a roda da fortuna?
imagem por: Nicole d'Oresme (c. 1323-1372) -
Le livre du Ciel et du Monde, Paris, BnF, Manuscrits, Fr. 565, f. 69, (1377)

O oito era considerado, já na Antiguidade, uma meta merecedora de esforços para ser alcançada. No caminho para a salvação a alma tem de passar pelos 7 céus dos 7 planetas, até chegar à oitava esfera, o firmamento, onde habitam os deuses. Esse simbolismo é encontrado, entre outros, no panteão romano, uma construção circular, na qual o octógono é marcado por nichos distribuídos nos outo ângulos.

O octogonal Castel Del Monte cercado por 8 torres
A ligação estável entre dois mundos, como o Céu e a Terra, este mundo e o além, o tempo e a eternidade, é representada visualmente pelo 8 deitado, a Lemniscata ().
Este símbolo da eternidade também ilustra o princípio hermético " o que está em cima é como o que está embaixo", que corresponde no Cristianismo ao "assim na terra como no céu". Por outro lado, diz-se também que o oitavo dia não tem fim, pois Cristo ressuscitou no oitavo dia da semana, e com isso abriu a porta da eternidade para a humanidade.
O simbolismo do oito como transição também é conhecido em outras culturas como um novo começo num nível mais elevado, e como libertação ou ascensão. 

imagem: Ogdóade
No mito egípcio da criação de Hermópolis, quatro casais de deuses, a Ogdóade (agrupamento de 8 divindades), personificam as forças primordiais que formam o princípio de tudo. No Judaísmo, a circuncisão é feita
no oitavo dia após o nascimento, e simboliza, assim como no bastimo no Cristianismo, a aliança com Deus.
No Budismo, existem quatro nobre verdades, com as quais os sofrimentos do mundo são descritos, e os oito caminhos, que libertam o homem dessas dores.


Odin montado em Sleipnir

Na mitologia nódica, Odin, o pai dos céus, é levado por Sleipnir, seu cavalo de oito patas, em sua viagem entre o Céu e a Terra. 
Desde o tempo de Pitágoras, o 8 é considerado o número da justiça, por se deixar dividir sempre em partes  iguais. 


imagens: Marseilles Fournier Tarot Decks  e   Raider-Waite Tarot

Por essa razão, a justiça sempre ocupou tradicionalmente o 8º lugar nos Arcanos Maiores do Tarô, como no de Marselha, até que, com o lançamento do Tarô de Rider-Waite em 1909, houve uma mudança na numeração e a justiça foi empurrada para o 11º lugar.
O oito também é conhecido como um símbolo de justiça entre os povos germânicos. Consta que a sua "Femergericht", a Liga da Corte Sagrada, era formada por oito (acht em alemão) juízes, os ächten ou echten a quem se devia respeito. Eles tinham o direito de sentenciar o acusado e declará-lo fora da lei e sem direitos. Essa sentença era conhecida como "marcar com o oito". Desse costume surgiu uma sentença que o Império Alemão pode promulgar até 1806.
A associação de justiça com o lado direito não é comum apenas na língua alemã. A palavra francesa droit e a inglesa right também significam direito e direita. Com isso, essas e outras línguas nos lembram que a jurisdição é uma expressão do lado direito e consciente, cuja tarefa consiste e, fazer um julgamento consciente, bem pensado, justo e fundamentado.
Mais interessante ainda é o fato de o despertar da consciência também ser expressado por meio do oito. Em várias línguas européias, a diferença entre a palavra "noite" - um símbolo do inconsciente - e a palavra "oito", consiste apenas ma perda do "n" no início da palavra, com o qual, nessas línguas começa a palavra "não", que por sua vez, faz parte do âmbito simbólico do inconsciente:

Alemão e Holandês = nacht  e acht
Inglês = night e eight
Francês = nuit e huit
Italiano = notte e otto
Espanhol = noche e ocho
Português = noite e oito
Latim = nox e octus
Sueco/Norueguês = natt e atta

Dessa maneira todas essas línguas "lembram" que o oito é a expressão da noite libertada no "n negativo", e com isso ele personifica o novo dia e o despertar da consciência.

(*)Número 888 - Valor numérico da palavra grega para Jesus (ΙΗΣΟΥΣ):
Ι (Iota) = 10, Η (Eta) = 8, Σ (Sigma) = 200, Ο (Ômikron) = 70, Υ (Ípsilon) = 400 Σ (Sigma) = 200. Já que o 8 é, notoriamente, um numero de Cristo, o 8 triplo é considerado também, um simbolo seu.



Vale conferir:

Fonte: Trechos do livro Simbolismo e o significado dos números por Hajo Banzhaf - Ed. Pensamento

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Saturnália - Doze dias brancos, treze noites sagradas

Escultura Saturnália de Ernesto Biondi, 
localizada no Jardim Botânico de Buenos Aires

Doze dias brancos, treze noites sagradas

A aproximação do final do ano encena o período mítico de transição do caos para a criação, encontrado em vários mitos. O intervalo entre o solstício de inverno e o Ano Novo era celebrado em várias culturas antigas do hemisfério Norte, desde a Babilônia, como “os doze dias brancos”, caracterizados pela ambigüidade, representando um conflito entre caos e ordem, bem e mal, fim e recomeço, festas e recolhimento.

Os romanos celebravam Saturnalia, festejos populares que invertiam as regras sociais, aboliam as leis morais e as diferenças de classe e enalteciam o lazer e o prazer. Após purificações, o último dia - 25 de dezembro - chamado Juvenalia, era dedicado às crianças, com brincadeiras e presentes, por elas representarem o potencial do novo ciclo.

Nos países nórdicos simbolizava-se a parada da Roda do Ano no solstício (quando por três dias o Sol parece que está “parado”), cessando o trabalho, retirando as rodas dos veículos e decorando-as com galhos de pinheiros e velas. Durante os ”doze dias” as deusas Holda, Berchta ou Perchta (as “Senhoras Brancas”) conduziam suas carruagens de vento e neve, envoltas em neblina branca, abençoando e ativando a fertilidade da terra, presenteando trabalhadores e punindo preguiçosos.

Lendas e contos de fada germânicos descrevem as Weisse Frauen como elfos vestidos de branco, criaturas lindas e encantadoras, que apareciam durante dias ensolarados, penteando seus longos cabelos dourados e conferindo riquezas aos merecedores.As “Senhoras Brancas” ou “Mulheres Elfo” são resquícios dos antigos arquétipos das deusas, que, por terem sido proibidos pelo cristianismo foram esquecidos, sobrevivendo apenas no folclore. Nos países saxões e eslavos, as últimas reminiscências das bênçãos antigas eram representadas por procissões (Perchtenlauf) entre Natal e Epifania, de pessoas com máscaras brancas e pretas, representando Perchten ou Perchta Baba (espíritos bons e maus), para atrair a sorte, afastar azares e despertar a terra.

Nos tempos antigos as mulheres não trabalhavam nos doze dias, mas depois podiam parar apenas no dia de Santa Luzia (13/12) e de Santa Catarina (25/12). Ambas as santas são versões cristãs de antigas deusas romanas. Lucina era a deusa da luz, que aparecia vestida de branco, com uma coroa de velas na cabeça, trazendo comida e calor para os pobres nos meses de inverno. Santa Catarina é a versão cristã de Feronia, a deusa do fogo e da energia vital, celebrada com procissões sobre brasas acesas, para purificação e cura.

Nas antigas tradições da Deusa os “doze dias” eram originariamente ”treze noites sagradas”, celebradas apenas por mulheres, com rituais iniciados na lua negra que antecedia o solstício ou na sua véspera, no auge da escuridão. Era um período mágico de recolhimento e fortalecimento feminino, comparável aos mistérios da Lua Negra, ao retiro nas Tendas Vermelhas, às horas misteriosas que antecedem o nascer do Sol, ao momento da morte ou do nascimento. Neste tempo mágico e poderoso “sementes” de novas possibilidades eram semeadas, no silêncio e na introspecção da escuridão.

Mesmo que o nosso apressado ritmo moderno e urbano não nos permite um dia de reclusão, podemos dedicar algumas horas para um curto retiro do mundo real. Apagar luzes, desligar telefones, ficar em silêncio e escuridão, meditando e orando, nos proporciona a atmosfera mágica para refletir sobre o ano que passou e traçar planos futuros. Após rever o passado e descartar aquilo que não nos serve mais, podemos consultar um oráculo e preparar uma lista dos nossos projetos, desejos e aspirações para nossa vida afetiva, profissional e espiritual. No antigo México as mulheres preparavam nesta data miniaturas daquilo que esperavam realizar, criando o “altar dos desejos”, orando diariamente na sua frente. Podemos nos inspirar neste antigo costume e criar mandalas com sementes, contas, conchas, penas, desenhos, colagens, argila.

Para representar o limiar de um ciclo para outro pode ser escolhida outra data em lugar do tradicional Ano Novo, como a Lua negra ou cheia de dezembro, o solstício, o primeiro dia de janeiro, ou a antiga comemoração da deusa Befana (5 de janeiro, atual Epifania), que marcava a última noite das antigas Treze Noites Sagradas.

O importante é reconhecer e honrar o giro da Roda do Ano, na sua dimensão sagrada, agradecendo e se despedindo das realizações, aprendizados, alegrias e dores do ciclo que se finalizou, visualizando e agradecendo antecipadamente a manifestação dos novos projetos, possibilidades, desejos e idéias do ano que se inicia.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Tão belo quanto breve

Surgiu de repente durante uma chuvinha fina...


 Encanto da natureza...

 que se desfez, tão rápido quanto surgiu.
Antes mesmo de eu terminar este post!
Valeu pela breve beleza:)
Obrigada, arco-íris por enfeitar nosso fim de tarde.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Baraka - um mundo além das palavras

“Baraka é um documentário que parte de uma antiga palavra com significados em várias línguas. Pode ser traduzida como benção, sopro ou essência da vida, de onde se desencadeia o processo da evolução do mundo. O filme revela o quanto a humanidade está interligada, apesar das diferenças de religião, cultura e língua dos povos. Um verdadeiro poema visual sem narração ou legenda, somente imagens e sons cuidadosamente capturados e articulados através de uma montagem expressiva, o que faz com que cada tomada adicione a próxima outro significado, cujo tema é… Afinal, do que se trata Baraka? Acredito que cada espectador do filme veja um tema diferente. Ele pode ser sobre a força do planeta Terra. Pode ser sobre as múltiplas diversidades que nos unem. Pode ser muita coisa.

 Baraka é uma reprodução visual da ligação humana com a Terra”.




Fonte:http://mundocogumelo.com/documentarios-completos/baraka-documentario-completo/

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Dierbahood - arte nas ruas da Tunísia

150 artistas transformam muros e ruas de vilarejo da Tunísia
Artistas-grafiteiros de 30 nacionalidades fizeram dos espaços de Er-Riadh uma grande galeria


por Hellen Leite - Correio Braziliense

A vila de Er-Riadh fica fora do circuito turístico da ilha de Djerba, localizada na Tunísia. No entanto, a pequena cidade recebeu 150 visitantes de 30 países para participar do projeto Dierbahood, uma exibição massiva de arte de rua que usou as paredes e ruínas do vilarejo como galeria de arte. Os brasileiros Walter ‘Tinho’ Nomura e Herbert Baglione estão entre os artistas que participaram do projeto.




O fundador da Galeria Francesa Itinerante, Mehdi Ben Cheikn, organizador do evento, conseguiu autorizações governamentais e dos donos de propriedades privadas para dar início ao projeto. Em Er-Riadh, muçulmanos, cristão e judeus vivem em paz há mais de dois mil anos. De acordo com Cheikn, este aspecto pacífico é algo a ser exaltado na mostra.



Confira a galeria de imagens:

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Do céu para a Terra

Adoro gente criativa que traz para perto de nós, as belezas que gravitam lá no céu.
Confira!


Enfeites de Natal
Mercúrio, Vênus,Terra,
Marte, Júpiter, Saturno,
Urano, Netuno e Plutão.
Destaque especial para Júpiter, a casa dos sagitarianos* e piscianos
(*me incluo nesta:))

Conjunto de copos e pratos




Colares por aptoArt
Colar de Saturno
Saturno...
Nada mal para 2015!

Colar de Plutão e suas luas


Para fechar, vamos viajar pelo espaço.
Andarilhos


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Outros olhares