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domingo, 7 de setembro de 2014

As flores de Zezinho Bernardes

Artista encontra em Tiradentes um lugar perfeito para criar flores de papel
Zezinho Bernardes encontrou na comunidade de Bichinho, vilarejo próximo a Tiradentes, lugar perfeito para criar uma arte com papel crepom e matéria-prima natural como bambu

imagem: Zezinho e suas flores



Uma, dúzias, centenas e até milhares de flores de vários tamanhos, formatos e cores esperam pelos visitantes no ateliê de Zezinho Bernardes, no distrito Vitoriano Veloso, mais conhecido como Bichinho/MG. O lugarejo fica no município de Prados/MG, distante apenas 6 quilômetros da histórica Tiradentes, e ganhou fama graças ao trabalho de artesãos locais e forasteiros que escolheram ali para viver, como é o caso do mineiro de Arcos. Ele conta que chegou ao povoado em 1985, época em que ainda não havia luz elétrica na comunidade e quando conseguiu comprar um terreno de 700 metros quadrados por R$ 800. “Fui apresentado ao lugar por um amigo francês que tem fazenda nas redondezas e fiquei encantado. A vida aqui é simples, tranquila e cercada pela natureza que me inspira a criar”, afirma.

Zezinho saiu de Arcos/MG ainda bem menino, tanto que adota Lagoa da Prata/MG, segunda residência e onde cresceu, também como cidade natal. Foi lá que ele deu os primeiros passos rumo ā carreira artística, observando o trabalho da irmã Elza Bernardes, uma costureira de mão cheia e que até hoje veste a sociedade local. “Olhava de longe, né, porque naquela época menino não podia gostar dessas coisas”, lembra. Com a mudança para Belo Horizonte para estudar, o jovem pôde, enfim, trilhar o caminho escolhido. “Nasci artista, mas só na capital pude começar a trabalhar com o que queria. E assim comecei a costurar em paralelo ao curso de letras. Montei o Ateliê Enéas Bernardes e tenho no currículo vários trabalhos importantes, como um vestido todo branco encomendado para que Inimá de Paula pintasse em cima, além de várias noivas e vestidos de festa.”
Quanto às flores, elas chegaram na vida do artista quase por acaso. “Fui convidado por uma amiga, Maria Barbosa, para fazer o figurino de um bloco de carnaval que desfilava em Tiradentes. Fiquei lá por 15 dias e nunca mais quis voltar para a capital. Na região, trabalhei em restaurantes, pousadas e decorando andores para procissões, quando comecei a criar as flores de papel, muitas inspiradas nos buquês e arranjos de cabeça das noivas.” 

Trabalho para a TV O trabalho artesanal de criação de flores de papel crepom chamou a atenção da comunidade local, que passou a encomendar de Zezinho a decoração para casamentos, eventos da capela local (construída em 1822, como orgulha-se de dizer), festas da comunidade. E a produção nunca mais parou. “Naquela época não existia flora nem em São João Del Rey”, lembra. Habilidoso, o artista monta até 200 flores por dia, muitas vezes sentado em um sofá, de frente para a TV. A partir do papel crepom cria botões, rosas, lírios, tulipas, antúrios, cravos, copos-de-leite e mais uma infinidade de formas, algumas inventadas, em várias cores e tamanhos. Finaliza o trabalho com hastes de bambu colhidos no entorno da casa e costuma enriquecer os buquês com matéria-prima natural, como folhas de samambaia, jabuticabeira, papiro, trigo, e palha de milho. O material de trabalho é basicamente composto por tesoura e cola branca, e, expecionalmente, anilina e spray para resina. “Quando o papel crepom chegou ao Brasil trazido da França, no início do século 19, era moda as pessoas enfeitarem as casas com flores feitas dele. Tratava-se de um costume sofisticado”, conta.

Um belo dia, a produtora de arte Ana Maria Magalhães chegou ao pacato ateliê de Zezinho, viu as flores e fez uma encomenda. “Ela pediu que eu fizesse cinco balaios de flores que seriam usados na minissérie Memorial de Maria Moura, da TV Globo. Depois de uns anos voltou e encomendou mais 10 mil flores e assim por diante. “Já trabalhei para as minisséries Amazônia - de Galvez a Chico Mendes, JK e Hilda Furacão, para as novelas Sinhá Moça e Cordel encantado e para o filme Chico Xavier, entre outros”, descreve.

Além das encomendas para fazer a decoração de lojas locais, festas e eventos como casamentos (ele revela ter seis agendados até Fevereiro de 2015), Zezinho aplica as flores sobre objetos criados por ele, como luminárias feitas com canos de PVC, e também de artistas locais, a exemplo de painéis, mandalas, quadros e divinos em madeira. Todos os produtos ficam em exposição permanente no Ateliê Arte em Flores, pequeno cômodo que funciona como uma antessala da sua singela casa e onde ele recebe os visitantes. As flores são comercializadas avulsas, a preços que variam entre R$ 2,oo (o botão de rosa) e R$ 8,00 (o crisântemo grande) ou em buquês. Entre os próximos projetos do artesão está o ensino da técnica de criar flores de papel na escola de Bichinho e, quem sabe, formar novos artistas. “Já levei o projeto para a prefeitura”, avisa.


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Um lugar mágico: Serra de São José - Tiradentes/MG



Ontem, visitando o Facebook da arKana  em sua bela página de fotos "Espíritos dos ancestrais", recordei que havia algo que estava meio escondido que eu "deveria" partilhar com todos...

Nas belas montanhas de Minas Gerais, mais exatamente na cidade de Tiradentes, está a Serra de São José.

Fiz estas fotos durante o tempo em que estive em Tiradentes em 2008 e claro que estando por lá não pude deixar de contemplar tamanha beleza.
Acabei fazendo um vídeo com estas fotos em particular.
Ao revê-las me transporto para lá e sinto toda a magia que senti quando a vi pela primeira vez.

Procurei tirar várias fotos e fui ampliando as imagens, na intenção de capturar toda esta magia com as lentes da máquina, mas creio que a verdadeira magia é estar lá ao vivo e a cores.
Cada vez que olhava para as montanhas eu me surpreendia com uma imagem diferente... e  imaginação voa longe...
Nas rochas vi alguns rostos, figuras e imagens diversas que aparecem, desaparecem e reaparecem num místico vai e vem... Lindo!

Esta postagem vai para ti, arKana querida, em reverencia aos teus, aos meus e aos nossos ESPÍRITOS ANCESTRAIS!


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