domingo, 21 de outubro de 2018

2018, que ano!

Quando a época degenerada deste aeon chegar, as pessoas serão suas próprias enganadoras, suas próprias más conselheiras, as criadoras da própria estupidez, mentindo e enganando a si mesmas. Quão triste que essas pessoas tenham formas humanas mas não possuem nenhum senso maior que um boi!
Padmasambhava, do livro “Advice from the Lotus-Born”






Falta pouco mais de um mês para eu completar 50 anos.
Já faz um tempo que ando pensando nas coisas que vivi até chegar nesse momento.
50 anos... 
Segundo o Google são 18250 dias...
Alguns já me chamam de "senhora". Eu não me importo e até acho graça. Senhora...
Senhora? Eu?
Ahh sei tão pouco da vida, que não me atrevo a me intitular de senhora... senhora de nada.
Devaneios a parte,  posso dizer que 2018 foi o ano de me decepcionar com o ser humano.
De Fevereiro até Outubro, mais exatamente, pude conhecer na prática o quão estúpido é o "ser humano". 
Pessoas que se aproximam e que revestidas de boas máscaras nos fazem quase crer que o mundo é perfeito. Lêdo engano.
Traiçoeiras, falsas e mentirosas, cínicas até, estas sim são suas verdadeiras roupagens.
Passado o primeiro impacto da decepção, me lembrei de duas coisas que postei lá no Arcano Dezenove, uma delas, foi essa fala de Padmasambhava, logo no início desta postagem, que caíram como uma luva.
Bom, ainda que o que vale é "o antes só que mal acompanhado", a gente não deixa de sentir um certo pesar por certas descobertas e consequentemente pela perda destas tais "amizades".
Como o Mestre Jesus já dizia: E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará, realmente a verdade é libertadora tal qual um sinal verde que nos indica que é o momento de seguir adiante.
Eu, como uma boa sagitariana, não gasto e nem gosto de perder meu tempo com coisas e pessoas que já não me acrescentam mais nada.
Amo meu fígado mais que tudo e preciso preservá-lo, não quero e nem posso mais me aborrecer/enraivecer.
Então, adeus amolações (chateações) e amoladores (chateadores).
Sigam seu caminho em paz.
Que 2019 seja mais doce:)


segunda-feira, 8 de outubro de 2018

A Afabilidade e a Doçura

I – A Afabilidade e a Doçura
LÁZARO

Paris, 1861



            6 – A benevolência para com os semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que são a sua manifestação. Entretanto, nem sempre se deve fiar nas aparências, pois a educação e o traquejo do mundo podem dar o verniz dessas qualidades. Quantos há, cuja fingida bonomia é apenas uma máscara para uso externo, uma roupagem cujo corte bem calculado disfarça as deformidades ocultas! O mundo está cheio de pessoas que trazem o sorriso nos lábios e o veneno no coração; que são doces, contanto que ninguém as moleste, mas que mordem à menor contrariedade; cuja língua, doirada quando falam face a face, se transforma em dardo venenoso, quando falam por trás.

            A essa classe pertencem ainda esses homens que são benignos fora de casa, mas tiranos domésticos, que fazem a família e os subordinados suportarem o peso do seu orgulho e do seu despotismo, como para compensar o constrangimento a que se submetem lá fora. Não ousando impor sua autoridade aos estranhos, que os colocariam no seu lugar, querem pelo menos ser temidos pelos que não podem resistir-lhes. Sua vaidade se satisfaz com o poderem dizer: “Aqui eu mando e sou obedecido”, sem pensar que poderiam acrescentar, com mais razão: “E sou detestado”.

            Não basta que os lábios destilem leite e mel, pois se o coração nada tem com isso, trata-se de hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas, jamais se desmente. É o mesmo para o mundo ou na intimidade, e sabe que se podem enganar os homens pelas aparências, não podem enganar a Deus.     


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