quarta-feira, 31 de julho de 2013

Segredos guardados no solo de Minas Gerais

Olhos d'água é uma canção simples mas que vai direto ao nosso coração.
Utilizando com inteligência os nomes de alguns municípios que representam os minerais, o compositor e cantor Vander Lee ressalta as riquezas e as belezas da nosso estado.
Na letra, que segue logo abaixo, as cidades que fazem parte da canção, estão em letras maiúsculas.
Simples e belo.

O riacho nasceu 
Nos olhos de uma menina 
Na mina dos olhos seus 
Lágrimas de TURMALINAS, 
ametistas,
ESMERALDAS,
 águas marinhas,
onde o tempo escondeu ouro de minas 
HEMATITAS,
sodalitas,
  CARBONITAS
são bonitas demais. 
São segredos guardados no solo sagrado de Minas Gerais.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Três irmãs



Nós somos as Três Irmãs
do Fogo da Terra e da Água.
Sem nós, nada vive ou cresce.
Nós somos as Três Filhas
do Sol, da Lua e das Estrelas,
Sem nós, não existe caminho através do universo,
Nós somos as Três Mulheres
dos pássaros, das árvores e dos animais.
Sem nós, não haveria asas, raízes ou ossos.
Nós somos as Três Mães
das nuvens, do vento e da chuva.
Sem nós, as flores seriam parecidas com as pedras.
Nós somos as Três Avós da Sabedoria.
Sem nós, os homens só falariam de guerra.
Nós somos as Três Tias da Resistência.
Sem nós, o que poderia sobreviver?

Poema de Nancy Wood, 'Spirit Walker'
Imagem por Frank Howell
Fonte:Facebook.com

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Contador de Histórias

O Contador de Histórias possuía o dom de contar Histórias de Sabedora nas quais as pessoas agiam levadas pelo medo ou pela ignorância, sem, no entanto, referir-se a alguma pessoa em particular. Assim, os ouvintes se tornavam capazes de chegar às suas próprias conclusões. Todos os Sábios Nativos preferem ensinar por meio de histórias a apontar diretamente os defeitos de alguém. Em nossos Ensinamentos sempre nos recordam que, quando apontamos o dedo acusando alguém, três outros dedos estarão apontados contra nós. Por outro lado, o Contador de Histórias consegue, com sua técnica, indicar delicadamente os pontos em que estamos errados, permitindo-nos corrigir nosso comportamento, sem ter que passarmos vergonha na frente dos companheiros. Esta é uma forma didática de permitir que cada pessoa decida como aplicar as histórias ouvidas em sua própria vida.

Cantando celebrai, oh Anciaõs, 
A história da nossa raça.
Que me seja dado ver em minha alma
O amor em todos os rostos.
E todos os espíritos que vieram antes,
O poder mágico que eles adquiriram,
A Tradição Sagrada que me transmitiram
Para que a memória não desapareça.
Oh Contador de Histórias, sede minha ponte
Para aqueles outros tempos.
Para que eu possa caminhar em Beleza
Com o ritmo antigo e a antiga rima.


A carta do Contador de Histórias indica expansão em todos os níveis. Esta carta sugere uma fase de muito crescimento, favorável à assimilação de novas ideias.
Veja quais são as áreas de expansão que precisam mais de sua atenção e alimente o seu fogo de Criação pessoal.
Crie mais e aproveite este momento de expansão, consciente de que ele é bem merecido!
Observe que esta fase de expansão prosseguirá se você estiver disposto a partilhar as causas de seu sucesso com os outros.
Muitas vidas são influenciadas pelas histórias alheias.
Aproveite a boa sorte que se abre para você neste momento mas não se esqueça: você também deve encorajar as outras pessoas, que estão à sua volta, a expandir-se.
Em todos os casos, a expansão ocorre quando as pessoas enxergam a possibilidade de crescer em seu próprio ritmo usando seu próprio entendimento.
A Sabedoria do Contador de Histórias reside na arte de relembrar os fatos mais importantes. Assim você está sendo chamado a relembrar-se de sua Magia pessoal e está podendo manifestar, neste momento, todo o seu potencial criativo.


Texto: As Cartas do Caminho Sagrado - Jamie Sams - ilustração Linda Childers 

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Ashta-Dikpalas: Os Guardiões das direções / Surya Majapahit

Ashta dikpala ganjifa com veículos animais como símbolos.Apana Mahapatro, Chikiti, Orissa


Os Ashta-Dikpalas são divindades que governam oito direções específicas de espaço de acordo com o hinduísmo.
Ashta-Dikpalas  significa literalmente guardiões de oito direções. 
Muitas vezes este número é aumentado para 10, quando são acrescentadas duas divindades extras para nas direções zênite e nadir, então elas são conhecidas como a Dasa-dikpala. 
No tradição hindu, estas imagens aparecem nas paredes e tetos de templos. 
No antiga Java os nove deuses guardiões das direções eram chamados Dewata Nawa Sanga (Nove guardiões devata), o diagrama desses deuses guardiões de direções é destaque no Surya Majapahit ,emblema do Império Majapahit(*).
Há fortes semelhanças entre o conceito dos guardiões das 8 direções e o simbolismo chines do quatro espíritos ancestrais que são responsáveis ​​por quatro dos pontos cardeais (Norte, Sul, Leste e Oeste).

Nomes e atributos


NomesDireçãoMantra   ArmamentoConsorteGraha (Planeta)Guardião Mātṛkā
KuberaNorteOṃ Śaṃ Kuberāya NamaḥGadā (Clava)KuberajāyāBudha (Mercúrio)Kumārī
YamaSulOṃ Maṃ Yamāya NamaḥDaṇḍa(báculo)YamiMaṅgala (Marte)Varahi
IndraLesteOṃ Laṃ Indrāya NamaḥVajra (raio)ŚacīSūrya (Sol)Aindri
VaruṇaOesteOṃ Vaṃ Varuṇāya NamaḥPāśa (nó)NalaniŚani (Saturno)Varuṇī
ĪśānaNordesteOṃ Haṃ Īśānāya NamaḥTriśūla (tridente)PārvatīBṛhaspati (Júpiter)Māheśvarī
AgniSudesteOṃ Raṃ Agnaye NamaḥŚakti(lança)SvāhāŚukra (Vênus)Meṣavāhinī
VāyuNoroesteOṃ Yaṃ Vāyuve NamaḥAṅkuśa (aguilhão)BhāratīChandra (Lua)Mṛgavāhinī
Nirṛti
às vezes Rakṣasa)
SudoesteOṃ Kṣaṃ Rakṣasāya NamaḥKhaḍga (espada)KhaḍgīRāhu (Nodo Lunar Norte)Khaḍgadhāriṇī
BrahmāZêniteOṃ Hriṃ Brahmaṇe NamaḥPadma (lótus)SarasvatīKetu (Nodo Lunar Sul)Brahmāni
ViṣṇuNadirOṃ Kliṃ Viṣṇave NamaḥChakra (rodas)LakṣmīLagna(Ascendente)Vaiṣṇavī


As direções na tradição hindu são chamadas de Disa, ou Dik. 
Existem quatro sentidos primários e um total de 10 instruções.
PortuguêsSânscrito
LestePūrva, Prācī, Prāk
OestePaścima, Pratīcī, Aparā
NorteUttara, Udīcī
SulDakṣīṇa, Avāchi
NordesteĪśānya
SudesteĀgneya
NoroesteVāyavya
SudoesteNairṛti
ZêniteŪrdhvā
NadirAdho



Lokapalas
Brahma, Senhor do Zenith (centro) com (a partir da esquerda) Varuna, Kubera, Yama e Indra. 

No hinduísmo, os Guardiões das oito direções cardeais são chamados a Lokapalas (लोकपाल) ou Ashta Dikpalakas. 
São eles:
Indra deva.jpg
Indra (leste)
Agni (sul - leste) 

Yama on buffalo.jpg
Yama (sul) 

Niruthi (Sul - oeste) 

Varunadeva.jpg
Varuna (oeste) 

Vayu Deva.jpg
Vayu (Noroeste) 

SAMA Kubera 1.jpg
Kubera (norte)

Esana (nordeste)


SURYA MAJAPAHIT(*)


 Surya Majapahit (O Sol de Majapahit) é o emblema comumente 
encontrado nas ruínas de Majapahit, e provavelmente servia como símbolo do império.

Surya Majapahit (O Sol de Majapahit) é o emblema comumente encontrado nas ruínas datadas da era Majapahit. 
O Surya Majapahit tem a forma de um sol de oito pontas onde cada raio representa uma divindade.
Shiva está no centro desta mandala e é rodeado pelos outros deuses representando as oito direções (4 pontos cardeais e 4 pontos colaterais):

Centro: Shiva
Leste: Isvara
Oeste: Mahadeva
Norte: Vishnu
Sul: Brahma
Nordeste: Sambhu
Noroeste: Sangkara
Sudeste: Mahesora
Sudoeste: Rudra

As divindades menores localizadas na borda externa simbolizando os raios brilhando:
Leste: Indra
Oeste: Varuna
Norte: Kuvera
Sul: Yama
Nordeste: Isana
Noroeste: Vayu
Sudeste: Agni
Sudoeste: Nrtti

A escultura de Surya Majapahit é encontrada no teto do Santuário Garbhagriha e também nos túmulos do cemitério em Trowulan.



Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Guardians_of_the_directions
http://en.wikipedia.org/wiki/Surya_Majapahit

segunda-feira, 22 de julho de 2013

The Native Americans: músicas para curar

Sábado passado, no final da tarde e já sem esperança que uma terrível enxaqueca me desse uma trégua, (ela chegou com tudo na sexta logo pela manhã ), liguei o rádio para tentar esquecer um pouco a dor.
Buscando uma boa sintonia com a estação de rádio, encontrei na Guarani FM a reprise do programa Kacophonia
Para minha surpresa, o programa que é mais voltado ao rock progressivo, nos brindou com uma edição dedicada às músicas do documentário The Native Americans de 1994, com trilha sonora de Robbie Robertson.
Destaco nos vídeos abaixo, duas canções que gostei bastante:
Akua Tuta e The Peyote Healing (esta não faz parte do documentário).
Quanto a dor... ela acabou hoje.
Mas o alívio, com toda certeza, começou enquanto ouvia o programa.


The Native Americans é um documentário da televisão americana TBS , que estreou em 10 de Outubro de 1994. Sendo dividida em três partes, os dois episódios restantes foram ao ar nos dias 11 e 13 de outubro de 1994. Dirigido por John Borden, Phil Lucas e George Burdeau, a série de seis horas explora a história de culturas nativas, cada 1 hora da série é dedicada a uma região particular dos Estados Unidos. As músicas para esta série foram compostas por Robbie Robertson, em colaboração com outros músicos nativos americanos e canadenses, incluindo Ulali, Rita Coolidge, Douglas Spotted Eagle e Kashtin, sendo ainda lançado o álbum Music for The Native Americans.


Mais em:
http://www.youtube.com/watch?v=TnapZrEmufg&list=RD02smNaTGabsQI

Visite:
http://www.robbie-robertson.com

Confira também:
 

domingo, 21 de julho de 2013

Precioso disco de prata

Lua quase cheia,
em pleno domingo e...






...com direito a avião e tudo...




...linda e chique que só ela!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Transformação

Borboleta...esvoaçando
Na luz da manhã,
Você já teve tantas formas
Antes de conseguir
Alçar seu voo!

O poder que a Borboleta traz é oriundo do ar. É a mente e a capacidade de conhecer a mente e de mudá-la. É  a arte da transformação.
Para usar o poder de cura da Borboleta você precisa começar a observar cuidadosamente sua própria posição no ciclo de auto-transformação. Assim como a Borboleta, você está sempre passando por alguma etapa em suas atividades da vida.
Você pode, por exemplo, estar no estágio do ovo, que simboliza o começo de todas as coisas. É o estagio no qual as idéias nascem, mas ainda estão longe de se materializar.
Já o estágio de larva é o ponto no qual você decide inserir esta ideia no mundo físico que o cerca. O estagio do casulo significa o “movimento de ir para dentro”, desenvolvendo algum projeto, ideia ou ainda algum aspecto da sua personalidade.
O estágio final da transformação é o abandono da crisálida. É a etapa do nascimento. Este último passo – o da Borboleta esvoaçando – significa que agora você já está em condições de compartilhar as cores e a alegria de sua criação com as outras pessoas.
Se você olhar atentamente para a lição que a Borboleta está tentando lhe ensinar, verá que a vida está sempre em processo de transformação. É um ciclo sem fim de auto-transformação.
A maneira de descobrir em que estágio deste ciclo de transformação você se encontra consiste em perguntar a si mesmo:

1 - Estágio do Ovo - esta é apenas uma ideia ou um anseio verdadeiro?
2 - Estágio da Larva – tenho que tomar uma decisão?
3 - Estágio do Casulo - estou usando o esforço necessário para viabilizar a concretização da minha ideia?
4 - Estágio do Nascimento - estou compartilhando com os outros seres a ideia que foi materializada?

Ao fazer essas perguntas a si mesmo, você descobrirá como a Borboleta se relaciona com você neste momento.

Fonte: Cartas Xamânicas - Jamie Sams & David Carson - ilustração Angela C. Werneke

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Amizade sincera



Todos os dias - ao mesmo tempo - ela espera por ele.
Às vezes, ela late para chamá-lo.
Ele vem, eles se esfregam e se cumprimentam.
Juntos, eles vão para uma caminhada.
Isso acontece há 5 anos.
Eles não pertencem ao mesmo dono. Cada um tem o seu.
Seus proprietários não sabiam destes encontros até que a vinhança, ao vê-los sempre juntos, comentaram com o dono do gato o ocorrido.
Tão logo ele soube deste fato, o dono do gato resolveu seguir o cão e viu que ele morava distante - e não em uma casa ao lado ou perto da sua.
Como tudo começou, ninguém sabe.
Mas não seria ótimo ter amigos assim - sempre?

Fonte: Facebook

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Funcionamento da Tenda do suor


A cosmologia Lakota se manifesta no desenho da construção e funcionamento da Onikaghe (Tenda do Suor) utilizado no Inipi, o rito de purificação.
Eles empregam todos os poderes do universo: a Terra e tudo o que dela nasce, o fogo, a água e ar para construir um espaço sagrado. Uma cabana em forma de iglu, coberta com cobertores que compõem o ventre do Cosmo e da Mãe Terra. Os salgueiros que formam a armação são colocados no solo, de modo que indicam as quatro direções do universo, desta forma, no conjunto da cabana está o universo inteiro como uma imagem, protegendo todas as pessoas bípedes, quadrúpedes e alados ,todas os coisas do mundo. É um lugar de oração, portanto, um Templo. A onikaghe sempre é construída com a porta para o Oriente, pois dali vem a luz da sabedoria.  A dez passos de distancia, se constrói um local sagrado chamado Peta Owihankeshni "Fogo sem fim", e ali se aquecem as pedras que representam a Avó Terra, de onde vêm todos os frutos e também a natureza indestrutível e eterna do Grande Espírito .
O altar central da tenda para onde serão levadas as pedras quentes é o centro do universo, em que habita o Grande Espírito, com o Seu poder, o fogo. Ele é construído, cavando um poço no centro da cabana, ao seu redor é traça um círculo com uma tira de couro. Com a terra demarcada traça-se um caminho que leva para fora da tenda na direção Leste, cujo na extremidade se levanta um um montículo. Em cima das pedras são colocadas as ervas aromáticas e a água, produzindo um vapor abundante, que faz com que as pessoas que estão no seu interior possam transpirar. A palavra Inipi deriva do Lakota "Iniunkajaktelo", que significa: vamos rezar para a tenda do suor. Sentar-se ao redor das Avós e dos Avôs Pedras, é estar no ventre da Mãe Terra e no centro do cosmos, para receber a cura e a purificação.
Os ramos de salgueiro formam a estrutura da cabana, eles são colocados formando duas cruzes de quatro direções e uma tem sua cor associada à estas direções, que por sua vez representam os 16 grandes mistérios de Wakan Tanka, o criador do universo, que governa através de várias divindades, eles são todos os aspectos do seu ser:

Wi
Sol
Portador da luz, calor e vida, agrega valor à vida e generosidade.
Skan
Movimento
A força e a energia que nos move
Maka
Terra
A avó, que nos nutre.
Inyan
Rocha
A natureza eterna do criador, a mais antiga.
Hanwi
Lua
Representa os ciclos da vida, o sobrenatural das mulheres.
Tate
Vento
Controla as estações  e vigia  o caminho que conduz ao mundo espiritual, o pai dos quatro ventos.
Unk
Conflito
Pai do Mal
Wakinyan
Pássaro do Trovão
Senhor da tempestade, é o espírito que cria eletricidade.
Tatanka
Bisão
O irmão do índio, o que dá saúde, alimentação e vida.
Tob Tob
Urso
Traz a medicina das ervas, o  amor e a coragem.
Wani
Quatro direções.
Controla o tempo, mensageiro do sagrado.
Yummi Wi
Deusa do mar
Restabelece o equilíbrio, amor, esporte, jogo, energia feminina.
Niya
Espírito
Essência da respiração vital da pessoa. Ele veio das estrelas.
Nagi
Alma
Habita nos seres humanos, nos animais, nas pedras, nas árvores e nos rios.
Sichum
Espírito Guardão
Poder inato que habita em cada homem e  cada mulher.
Yummi
Redemoinho de vento
O imaterial, o órfão que nunca nasceu,  redemoinho de vento, o pequeno redemoinho, o mensageiro travesso do sobrenatural.
Nota: De acordo com fontes, pode haver pequenas variações nesta lista.



As quatro linhas verticais que cercam a tenda, simbolizam os quatro mundos, o mineral, o vegetal, o animal e o humano, a última vara que é entrelaçada no teto com todos os 16 ramos verticais, forma uma estrela de oito pontas, representando os planetas e o universo.

Desta forma, a tenda simboliza toda a criação e o ventre sagrado da nossa Mãe Terra em cujo umbigo, se colocam as pedras avós, sábias possuidoras do código genético da história do nosso planeta.

Ao entrar no ventre de nossa Mãe, nós retornamos para a inocência da criança. Humildemente se  espera que estas pedras sejam colocadas na tenda. São feitas orações para que a antiga sabedoria ancestral dos avôs e das avós, juntamente com o poder de fogo, limpem e curem os corpos e almas, em uma atmosfera de silêncio e reverência.

O dirigente deste ritual de purificação agora entra na tenda, sozinho com seu Calumet (Cachimbo da Paz). Vira-se na direção do movimento do Sol e senta-se no lado Oeste, em seguida consagra a parte central, que torna-se um altar, colocando nele algumas lâminas de tabaco. Pega uma brasa que foi colocada no centro, o oficiante deste ritual então queima a erva aromática, esfrega o fumo em todo o seu corpo e, em seguida, passa em seus pés, cabeça e nas mãos, o cachimbo de fumaça para se purificar. Deste modo, tudo está consagrado, caso haja alguma má influência dentro da tenda, ela será removida pelo Poder do fumo. Com o Calumet carregado, o oficiante deixa a tenda, movendo-se para o lado Leste.

A Medicina do Urso que tinha sido espalhada sobre as pedras, começa a surtir efeito, a tenda é preenchida pelo aroma da sálvia, do cedro, do alcaçuz e do incenso, continuando o trabalho de limpeza, desbloqueando os túneis obscuros da mente e as emoções, libertando as energias pesadas do mundo. Em seguida, quando se entra na água, toda a  vida flui, fecha-se a porta e começa um ritual.

Pedindo permissão às quatro direções, o céu, a terra e ao coração, começam-se os cânticos e as orações. Água começa a tocar as pedras e uma grande nuvem de vapor invade o recinto dentro da mais absoluta escuridão, trazendo uma sensação de paz e imensidão aos participantes. 

Orando com o coração, dando graças e pedindo o que precisamos para melhorar nossas vidas e a dos outros seres. São  feitos quatro círculos, abrindo a porta quatro vezes para colocar mais pedras. Em cada círculo se invoca uma direção: na primeira para o Oeste, o lugar de mistério, onde o sol se põe, onde o guerreiro espiritual aprende a caminhar sem medo, reconhecendo seu lado obscuro, lá ele recebe a orientação e o aconselhamento do Urso e da Coruja, que lhe ensinam as táticas necessárias para transitar por esses caminhos.

A segunda porta Norte, oferece a força e a sabedoria do Búfalo que dá sustentação a vida, onde residem os Seres Trovão. Na terceira porta Leste, entregue a Águia, que fornece a luz e a clareza para que se possa agir em harmonia com o Espírito. No quarta e última porta ao Sul, é o lugar da Inocência e da Compaixão, onde são oferecidas as lições do Rato. Os jogos, a alegria e a diversão.

Os participantes saem da tenda purificados após terem se conectado com o Grande Espírito através de uma cerimônia, onde Ele se manifesta fazendo-se sentir todo o seu poder.


Fontes:
O Cachimbo Sagrado. Os Sete ritos sagrados. Black Elk (Hehaka Sapa, Sioux - Black Elk em Inglês).
http://www.bowdoin.edu/ ~ ndenzey/re101/galleries/native-am.html http://mx.groups.yahoo.com/group/Metafisica/message/16179

Texto original em espanhol publicado em:

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Fogueira do Conselho

Anciões  reunidos
Fogo da luz da Sabedoria
Palavras...
Decisões...
Conclusões... ao longo da noite.
 Decisões 

Se você tem andado meio hesitante quanto às atitudes a tomar, a carta da Fogueira do Conselho lhe mostra que chegou o momento de tomar uma decisão. Não pode haver um movimento de avanço se você não descobrir qual a trilha que leva para fora do pântano e para dentro da floresta. É preciso coragem para empreender mudanças na vida, e todas as mudanças começam por uma decisão. Decida-se, e não olhe mais para trás. A vida espera por você, de braços abertos, em toda a sua beleza. 
Se por causa da decisão de outras pessoas você se encontra numa situação difícil, passe a tomar suas próprias decisões. Você não é obrigado a tomar decisões baseadas em opiniões alheias. Pese bem todas as possibilidades e preveja o quanto a sua decisão pode afetar os outros. Depois, tome coragem, e aja! Descubra a sua própria verdade e mantenha-se fiel a ela!


Fonte: As Cartas do Caminho Sagrado - Jamie Sams - Ed. Rocco - ilustração por Linda Childers

segunda-feira, 8 de julho de 2013

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Palavra cantada - Mantras por Silvia Handroo




Quem mantra seus males espanta. Esse não é exatamente o ditado popular que você ouve desde a infância, mas a pequena adaptação que fizemos trouxe um novo sentido, porém não menos verdadeiro, para a famosa frase.
Afinal, os mantras – vibrações energéticas produzidas por sons sagrados – são capazes de aquietar a mente e apaziguar o coração, o que garante um profundo bem-estar emocional. Entoadas repetidas vezes, essas sílabas de origem hindu ainda têm o poder de elevar a consciência, funcionando como um meio de comunicação com o plano espiritual.(*)

Leia mais em
http://casa.abril.com.br/materia/mantras-para-ouvir-aprenda-cantar (*)

terça-feira, 2 de julho de 2013

Sem óculos não dá!

Meu velho companheiro

Dia desses percebi que meus óculos já não estavam "tão bons como antigamente".
Logo pensei que eu estivesse cansada por ter ficado tempo demais diante do computador. Resolvi então, descansar meus olhos por alguns dias.
Ah, doce ilusão!
O fato é que preciso de novas lentes.
Após a consulta médica, fiquei sabendo que "ganhei mais um grau".
Só me restou escolher nova armação e novas lentes.
Entre um susto e outro, pois quanto melhor a lente mais caro ela custa, perguntei para minha irmã que estava comigo na ótica:  quem inventou os óculos?
Ela não sabia, tampouco eu.
Minha curiosidade: eu já satisfiz
Meus óculos: só ficarão prontos no dia 13 de Julho, SDQ:)
Então, vamos a história.

O Apóstolo dos Óculos por Conrad von Soest.

A palavra óculos surgiu com o termo ocularium, na Antiguidade Clássica. Era utilizado para designar os orifícios das armaduras dos soldados da época, que serviam para permitir que os mesmos enxergassem.

Somente no Séc. I d.C surgiram às primeiras lentes corretivas, que eram feitas com pedras semi preciosas que eram cortadas em tiras finas e davam origem aos óculos de grau para perto. Tudo isso se deve ao matemático árabe Alhazen, que, perto do ano 1000 d.C., formulou uma teoria sobre a incidência de luz em espelhos esféricos e como isso reagia no olho humano. Os monges eram, sobretudo, os mais beneficiados com o objeto, por passarem horas trabalhando nas grandes bibliotecas da Europa. Em 1270, na Alemanha, foram criados os primeiros óculos com aros de ferro e unidos por rebites. Era semelhante a um compasso, porém não possuía hastes. Os modelos que foram mais usados no século XV eram o Pince-nez e o Lornhons. Porém eles ainda não possuíam hastes fixas, sendo que a mesma só passou a surgir no século XVII, e era usada para se apoiar às orelhas.

No Brasil, os óculos surgiram no Séc. XVI, com a colonização portuguesa, e eram usados principalmente por religiosos (em sua maioria jesuítas), funcionários da coroa portuguesa, colonos abastados e homens de letras.

Uma antiga referência histórica sobre a existência dos óculos remonta aos antigos egípcios no Séc.V a.C., que retratam lentes de vidro sem grau.

As primeiras referências sobre a existência óculos bifocais datam de 500 a.C. e foram encontradas em textos do filósofo chinês Confúcio. Nessa época, eram apenas um adereço pessoal. As lentes eram de vidro, mas não tinham grau.

Foram as experiências em óptica de Robert Grosseteste e seu discípulo Roger Bacon que levaram à invenção dos óculos modernos. Em 1284, as guildas de Veneza já os mencionavam e durante o Séc.XIV o fabrico de óculos popularizou-se por toda a Europa. Nem sempre os óculos foram fabricados com a forma com que são conhecidos hoje em dia. No Séc.XIX era possível encontrar com mais facilidade que hoje os monóculos (apenas uma lente oftálmica) e também, as lentes sem armação.

Em 1785 Benjamin Franklin inventou os primeiros óculos bifocais, com duas lentes a frente de cada olho unidas pela armação. Possibilitando enxergar de longe e de perto em um único acessório. 

Graças à utilização de matérias-primas mais baratas para sua produção e o grande avanço da tecnologia, hoje em dia temos os mais variados tipos de óculos, de diferentes tamanhos, cores, estilos, e para os mais variados gostos.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

The Gita Deck: A sabedoria do Bhagavad Gita


Como uma bela e inspiradora coleção de arte e sabedoria da indianas, "The Gita Deck: Wisdom From The Bhagavad Gita" é um conjunto de 68 cartas que traz na parte frontal as estampas dos deuses indianos e no verso os textos do Bhagavad Gita, representando a rica herança espiritual da Índia.
Um belo deck, com certeza!
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