Mostrando postagens com marcador Marte. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Marte. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Oração aos Planetas


O Amor e a Lei Guiam
Nossa Pequena Aldeia Solar 

Carlos Cardoso Aveline

A percepção consciente de que certas energias da alma humana pertencem ao mundo celeste faz despertar uma espécie de devoção.

O amor pelo que é divino e cósmico se expande quando percebemos pouco a pouco a influência inspiradora dos espíritos de cada planeta e corpo celeste. Os astrônomos provavelmente sentem o mesmo respeito diante do cosmo, ainda que para muitos deles essa emoção seja subconsciente.

Não por acaso Albert Einstein escreveu:

“É muito difícil elucidar esse sentimento cósmico-religioso para qualquer pessoa que não o tenha dentro de si.” [1]

Os seres humanos são alunos diante de um céu infinito. São irmãos menores dos deuses do céu, e não seria má ideia improvisar uma oração. Mas como fazer isso?

O tema de como orar aos espíritos de estrelas e planetas é abordado na obra clássica “Three Books of Occult Philosophy or Magic”, de Agrippa.[2]  Cabe também levar em conta  o ensinamento de Helena P. Blavatsky sobre orações. Segundo a teosofia original, elas não devem conter pedidos pessoais. Servem para expressar uma afinidade e para desenvolver uma vontade ativa e criativa na direção do que é bom, belo e verdadeiro.
Vejamos uma experiência prática neste sentido:


Oração aos Planetas


Om, Shanti.

1) Agradeço ao espírito planetário de Plutão pela dança celeste que mantém com sua lua Caronte. 
Plutão é o instrutor do imponderável e representa a luz invisível do Centro da Galáxia. Ele ensina o dom da luta total, da surpresa e do renascimento. Ele alimenta a capacidade humana de buscar o infinito. E transmite o poder de deixar de lado o que não serve mais, e de renovar o que deve ser renovado.

2) Sou grato à alma de  Netuno. 
Este gigantesco embaixador da galáxia transmite sem palavras à minha alma a paz insondável do oceano primordial. Aprendo com Netuno sobre a alma do universo. Descubro a arte de dissolver o que é pequeno no que é grande, para que a unidade sem fronteiras seja vivenciada no templo do coração. Mas a vigilância é necessária. A cautela manda evitar toda falta de discernimento, quando se trata da energia netuniana.

3) No templo da minha alma, agradeço silenciosamente às inteligências planetárias de Urano.   
O regente da era de Aquário ensina sobre a amplitude ilimitada do ar, a intensidade do relâmpago, a determinação de mudar e o potencial de cada instante. Aprendemos com Urano a expressar uma parcela da energia luminosa e criativa do universo. Porém, a energia de Urano não deve anular minha persistência. Por esse motivo grato a Saturno.

4) O planeta dos anéis transmuta sem pressa as estruturas da minha vida. Saturno não trabalha em função do que seria agradável nesse ou naquele momento. Opera segundo o que é correto perante a Lei. Aprendemos com o mestre do Tempo e do Carma a viver em sintonia crescente com o nosso dever mais sagrado, a partir de uma perspectiva de longo prazo. O rigor metódico do Carma é compensado e estimulado pela vocação de vitória.


5) Júpiter é o mestre do futuro e do otimismo. Graças a ele, se expande em mim a determinação de buscar o melhor em todas as circunstâncias. Os seres humanos aprendem com Júpiter a erguer seu olhar na direção do mundo celeste e a ter confiança no poder luminoso da vida infinita. Este planeta magistral inspira e protege a filosofia, mas cabe evitar exageros quando vivemos a sua energia expansiva.


 6) Agradeço a Marte, o mestre do bom combate. O planeta vermelho é uma fonte de coragem para inovar. Aprendo com o deus da luta a expressar em minha vida a energia transformadora do cosmo. Abstenho-me, porém, da violência desnecessária.



7) Sou grato à Terra, que vive há alguns séculos o renascimento de uma consciência cósmica. É uma bênção fazer parte ativa deste despertar.






8) Vênus é a irmã mais velha da Terra. Ela protege a vida em nosso planeta. Ela ensina a perseverar e a expressar concretamente o amor pelo que é bom, belo e verdadeiro. Agradeço à estrela da manhã (e do anoitecer) pelo equilíbrio e pela força que recebo dela.



9) Mercúrio, o mensageiro dos deuses, é  um mestre da compreensão. Ele dá clareza a meus pensamentos. Aumenta em minha mente a pureza e a força da Verdade Eterna. Minha honestidade é testada na interação de alma com Mercúrio.

10) A pequena Lua se sacrifica maternalmente pela Terra.
Este satélite  ensina amor, autossacrifício e respeito pelo passado. Agradeço à Lua por testar e fortalecer minha determinação de agir e amar além das marés oscilantes de curto prazo.



11) Penso agora no Mestre dos Mestres. 
Seu círculo dourado domina o céu. 
Comemoro em minha consciência a luz eterna e a vida infinita. 
O Sol, o Surya indiano, o Apolo grego, é a contrapartida celeste do meu coração. É o centro astronômico, astrológico e oculto  da nossa pequena aldeia cósmica,  na periferia da Via Láctea. Em sintonia com a influência benéfica do Sol espiritual, mando paz a todos os seres, e agradeço:

Om, Shanti. Shanti, Om.


NOTAS: 
[1] “Assim Falou Einstein”, compilação de Alice Calaprice, Ed. Civilização Brasileira, RJ, 1998, ver pp. 159-160. 
[2] “Three Books of Occult Philosophy or Magic”, de Henry Cornelius Agrippa, 288 pp., Kessinger Publishing Co., Montana, U.S.A. Veja especialmente as pp. 210 e 211. Agrippa é citado nas Cartas dos Mahatmas.

Fontes:
imagens:
www.seasky.org

sábado, 2 de agosto de 2014

Marte

Ainda faltam 5 meses para o fim do ano de 2014 e já tem muita gente querendo saber qual será o planeta regente do ano de 2015.
Se o 2014 não está lá grandes coisas sob a regência de Júpiter, 2015 pode ser bem mais "emocionante"... já que estaremos sob a guarda do esquentadinho Marte.
Não, não sou astróloga, apenas fiz esta introdução devido ao grande número de pessoas que chegam aqui em busca desta postagem.
Segue então, um texto sobre o planeta Marte dentro da visão esotérica.

 
imagem: Astrological Oracles -Lo Scarabeo

Simboliza a força desencadeada que segue uma linha reta na consecução de seus fins; a energia que confia absolutamente em si mesma e derruba todos os obstáculos que encontra em seu caminho; a potência desafiante que rompe tudo aquilo que se levanta para detê-la ou para desviá-la; o raio que, uma vez desencadeado, é-lhe impossível voltar atrás por mais conveniente que pudesse sê-lo. Neste sentido, Marte sempre tem sido associado às lutas, às guerras, à vigilância, à franqueza e à sinceridade bruta.
Marte representa a revelação da força primitiva, cuja positividade é o herói em sua nobreza, e cuja negatividade é a destruição assassina pela cegueira da inteligência.
Revela ao ser humano uma força que ele dificilmente governa, e que se manifesta através de suas inclinações não pensadas e precipitadas, sempre caprichosas e exigindo satisfação a todo custo.
É a revelação de um mundo instintivo, possessivo, impiedoso, egoísta, mentiroso, destrutivo, de fealdade disfarçada de valentia, existindo conjuntamente com um mundo onde dormem os anelos de sacrificar-se a si mesmo, de por toda a sua força a proveito dos demais, de transformar-se em um soldado pelas causas justas. Entretanto, está tão confundido nesta dualidade, que geralmente atua como não se desejaria; daí a expressão do Apóstolo Paulo. "O bem que quero fazer, não faço, e o mal que não quero fazer, esse faço", e que o yogue Vivekananda o tem recordado ao dizer que "todos somos capazes de falar magistralmente de temas espirituais, mas no momento de atuar, fracassamos lamentavelmente".
Marte revela esse mundo caótico e informe, e explica o abismo que se abre entre pensar bem e atuar bem, entre predicar uma doutrina e viver conforme ela; Marte está aí para que o ser humano possa reconhecer essa realidade de seu mundo interior; para que reconhecendo o que realmente é, não se empenhe em fingir ou em autojustificar-se, para que o  punhal não seja dirigido contra os demais, senão contra sua própria deformidade a fim de cortar suas raízes, não importando que a dor fosse desmesurada.
Se a Lua é o inconsciente e sua passividade se expressa facilmente por sonhos, fantasias, etc. Marte é o meio de expressão do inconsciente, e por isso se expressa com impertinência, sob o disfarce do soldado, ornamentado de armas, valentão e desenfreado.
É o inconsciente em pleno dia, mentindo e destruindo, firmando tratados de paz e desencadeando guerras, lançando discursos patrióticos e de sacrifício de si mesmo e pertencendo a sociedades filantrópicas e universalistas e vivendo unicamente para acrescentar em si mesmo a egolatria mais inimaginavelmente disfarçada e suntuosa. 
Dentro da Tradição, se indica que Marte se apresenta no 3º mês de desenvolvimento embrionário, impregnando a energia indispensável, a força, mas também deixando as sementes instintivas cujos frutos colherá em dissipação (caso não seja controlada pela consciência) ao longo de toda existência.
"É fácil provocar crises belicosas em qualquer pessoa, mantendo aplicada em sua nuca uma pequena placa de ferro e, inclusive, modificar seus atos mediante a troca de metal". (*)
A tradição da Ciência Yoga relaciona Marte como o baço e com o chakra Manipura, cujo desenvolvimento ou iluminação faculta ao ser humano, segundo as descrições da mencionada tradição, a capacidade de realizar a transmutação dos metais, assim como de restituir a vitalidade e o vigor às pessoas enfermas unicamente com a emanação de seu poder curativo.
É por tudo isso que Marte está associado ao espírito guerreiro, a toda classe de milícia, à ira e todas as emoções similares, às disputas e divisões, à temeridade e aos acidentes, às armas de ferro, às pertubações da mente, toda classe de violência, aos olhos amarelados, ao nariz aquilino, à coragem, à valentia impertinente, aos caçadores, à cabeça em geral, ao olho esquerdo, aos especialistas da cirurgia, à esgrima, aos ferreiros, aos conquistadores, ao "donjuanismo", à violação, às mortes violentas, aos impulsos incontrolados, à virilidade combativa, aos desejos de dominação, aos militares sanguinários, aos guarda-costas, aos tanques e tudo o que é blindado, ao sangue, às hemorragias, ao sadismo, à crueldade, aos amantes, às agulhas e todos os objetos de ponta, aos condimentos, às traições, à critica mal intencionada, à paixão, ao ciúme insensato e infundado, ao rancor e ao ódio, aos maquinistas, aos trens, à intrepidez, etc.

Fonte: Cosmossíntese - LaKaZa - FEEU

(*) Una Matesis de Psicologia, Yug Yoga Yoguismo - Dr. Serge Raynaud de la  Ferriere
Editora Diana página 104

Mais sobre Marte em:
http://cova-do-urso.blogspot.com.br/2014/07/marte-planeta-regente-do-ano.html

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Outros olhares