sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Irmã Lua, Irmão Sol

 27/12/2012 - 19:00

28/12/2012 - 06:50

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Livros doados


Mês passado postei aqui sobre meu desejo em doar uma parte de meus queridos livros.
Finalmente consegui me desapegar e lá se foram 129 títulos.
Desejo que eles sejam bem aproveitados e tragam bons momentos aos novos leitores.
Valeu a e pena!


Fonte da imagem:http://webclipart.about.com/od/msub27aa/ss/Kids-Clip-Art_11.htm

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Hunab k'u orações para o dia e a noite

Hunab Ku é o principal deus da mitologia maia, considerado o centro da galáxia e, por sua vez, o coração e a mente do criador. Apesar de existirem “essências” menores, Hunab Ku era o centro de tudo. Tem uma parte masculina e outra feminina, o que lhe permite criar. Construiu o mundo três vezes. A primeira foi habitada por Gênios, a segunda pelos Dzolob (uma raça obscura e sinistra) e a terceira e última pelos Maias. É o deus absoluto, o incomensurável e o deus do não manifestado. O espírito universal inimaginável, sem forma, a divindade única, existente em si mesma e à margem do tempo. Pai e senhor de todos os deuses, é considerado o ser absoluto, que jamais foi representado sob nenhum aspecto ou conceito e que, entretanto, estava presente em tudo como provedor da medida e do movimento. É o Ser de todos os seres. Ele é o que é o que sempre foi e o que sempre será. Ele se expressa em movimento e em repouso, abstratos absolutos. É a causa do espírito e da matéria, mas não é nem um, nem outro. Está além do pensamento e do ato, está além do som, do silêncio e dos sentidos. O Absoluto está além do tempo, dos números, do peso, da qualidade, da forma, do fogo, da luz e das nuvens; entretanto, é o fogo e a luz combinados. O Absoluto tem três aspectos: 1- O Manifestado, 2- O Espírito da Vida, que anima a todos os seres e 3- A matéria caótica, inodora, atômica, seminal, etc. O universo surgiu das entranhas do Absoluto.


Oração a Hunab K'u
(para o dia)

Ao nascer do Sol recebemos a tua palavra, Senhor.
Porque com sua luz despertamos e contemplamos tudo.
Contemplamo-nos também,porque somos teus filhos.
Por isso, ao amanhecer,nos entregamos a ti,
Para que cuides de nós e nos ensines tua sabedoria.
É teu rosto que nos olha e contempla, Senhor.
Por isso, nos entregamos a ti, pai e Senhor Hunab K'u.
E te entregamos nossos filhos,
Como nossos pais nos entregaram a ti.
Senhor Hunab K'u, tu sabes o que fazes conosco.
Nós te pedimos, Senhor Hunab K'u, que nos ensines o caminho.
Ajuda-nos, Senhor Hunab K'u, para que retorne esse amor fraterno.
Pedimo-te, Senhor Doador de Movimento e Medida,para não nos perder.
Oh! Senhor Hunab K'u.




Oração a Hunab K'u
(para a noite)

 Já se pôs o Senhor Sol e já chegou a Senhora noite
As mariposas brilham entre as flores do céu
Nosso pensamento está em ti, Deus
Porque és nossa esperança, em tuas mãos nos entregamos
Tu sabes o que fazes connosco Hunab K'u
A noite, Hunab K'u, é tua mão que se fecha
E dentro dela tudo ocorre
Como brota a semente, como nasce e brota a flor
Assim nasce o Ser Humano
Assim tudo acontece nas mãos de Deus
Cuida de mim doador do movimento e medida!
Cuida de mim!
A ti entrego meu corpo e meu espírito


Fonte: Segredos da Religião, Ciência Maia - Hunbatz Men - Ed. Ground/1986

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Amistosidade


ilustração por Ma Deva Padma

Primeiro dedique-se à meditação, atinja a bem-aventurança, e então muito amor se manifestará de maneira espontânea. Nessa condição, é belo estar com os outros e belo também é estar sozinho. É simples também. Você não depende dos outros e também não torna os outros dependentes de você. O que existe é sempre amizade, amistosidade. A coisa nunca se transforma numa relação; continua sendo uma afinidade. 
Você convive, mas não cria um casamento. O casamento nasce do medo, a afinidade nasce do amor.
Você estabelece um relacionamento; enquanto as coisas andarem bem, você compartilha. Se você percebe que é chegado o momento de partir porque os caminhos se separam numa encruzilhada, você diz adeus com uma enorme gratidão por tudo que o outro foi para você, por todas as alegrias, todos os prazeres, e por todos os belos momentos compartilhados juntos. Sem nenhum sofrimento, sem nenhuma dor, você simplesmente se afasta.
Osho The White Lotus Chapter 10

Comentário:
Os ramos destas duas árvores floridas estão entrelaçados, e as suas pétalas caídas misturam-se no chão, com suas belas cores. É como se o céu e a terra estivessem interligados pelo amor. As árvores se erguem individualmente, cada qual enraizadas no solo, em sua própria conexão com a terra. Desse ponto de vista, simbolizam a essência dos verdadeiros amigos, maduros, cooperativos entre si, espontâneos. Não existe nenhuma ansiedade na ligação entre eles, nenhuma carência, nenhuma vontade de transformar o outro em alguma coisa diferente.
Esta carta indica uma prontidão para entrar nesta qualidade de amistosidade. Ao fazê-lo, você poderá notar que não está mais interessado nos diferentes tipos de dramas e romances em que as outras pessoas estão empenhadas. Não se trata de uma perda. É o surgimento de uma disposição de espírito mais elevada, mais carregada de amor, nascida de uma sensação de vivenciamento pleno. É o surgimento de um amor verdadeiramente incondicional, sem expectativas ou exigências.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Chico, um gato inteligente


As altas temperaturas em Belo Horizonte dos últimos dias têm mudado os hábitos até dos animais domésticos. O gato Chico, de 1 ano, não perde a oportunidade de se refrescar dentro da geladeira. Todas as vezes que o dono, o comunicador e ator André Senna, abre a porta do refrigerador, o bichano aproveita para se acomodar no ambiente mais fresco. Claro que nunca sai de lá por livre e espontânea vontade!

Fonte:http://www.em.com.br/

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Templo de Kukulcán/Chichén Itzá

O Templo de Kukulcán (Chichén Itzá)



O  Templo de Kukulcán ou Pirâmide de Kukulcán, ou «El Castillo» foi construído no século XII d. C., pelos maias itzáes na antiga cidade de Chichén Itzá, no território pertencente ao estado mexicano do Iucatã. É uma das principais estruturas do lugar.
Seu desenho tem uma forma geométrica piramidal, conta com nove níveis ou patamares, quatro fachadas principais cada uma com uma escadaria central, e um patamar superior terminado por um templo. Nesta construção rendeu culto ao deus maia Kukulcán ("Serpente Emplumada" na língua maia). Conta também com motivos que simbolizam os números mais importantes utilizados no calendário Haab (calendário solar agrícola), o calendário Tzolkin (calendário sagrado) e a roda calendárica. Cada uma das suas faces alinha-se com um dos pontos cardeais, e os 52 painéis esculpidos na suas paredes referem os 52 anos do ciclo de destruição e reconstrução do mundo, segundo a tradição maia.
O alinhamento da construção da pirâmide permite observar diversos fenômenos de luz e sombra, os quais ocorrem cada ano no seu próprio corpo durante os equinócios e solstícios. Assim, as grandes esculturas de serpentes emplumadas, que guarnecem a escadaria Norte, devido à forma como as suas sombras se projetam, parecem mover-se durante os equinócios da primavera e do outono.
Em 1988, a (UNESCO) declarou a cidade maia de Chichén Itzá como Patrimônio da Humanidade.



Dimensões
Tamanho comparativo do templo de Kukulcáncom a pirâmide do Sol de Teotihuacán e a pirâmide de Quéops. 
Em comparação com a pirâmide de Quéops no Egito, ou mesmo à pirâmide do Sol de Teotihuacán, as dimensões da pirâmide de Kukulcán são pequenas, mesmo a pirâmide de Tikal (69,7 m) é mais alta. Salienta pelas suas características arquitetônicas, os seus simbolismos calendáricos e astronômicos.


Interior da pirâmide
Chac Mool na sala das oferendas ao interior do templo de Kukulcán.
Em 1566 a pirâmide foi descrita por frei Diego de Landa no manuscrito conhecido como Relación de las cosas de Yucatán; cerca de três séculos mais tarde John Lloyd Stephens descreveu os pormenores da arquitetura da pirâmide no seu livro Incidentes del viaje a Yucatán, publicado em 1843. Nessa época o sítio arqueológico de Chichén Itzá encontrava-se numa fazenda que tinha o mesmo nome, e era propriedade de Juan Sosa.[6] O livro, decorado com litografias de Frederick Catherwood, mostra a pirâmide coberta de abundante mato pelas suas quatro faces. Existem fotografias tomadas a princípios do século XX onde aparece a pirâmide coberta ainda parcialmente de mato.
O Instituto Carnegie de Washington solicitou em 1924 licença ao governo mexicano para realizar explorações e reconstruções na zona de Chichén Itzá. Em 1927, com a assistência de arqueólogos mexicanos, começaram os trabalhos. Em Abril de 1931 procurando a confirmação da hipótese de a estrutura da pirâmide de Kukulcán se encontrar construída sobre outra pirâmide mais antiga, iniciaram-se os trabalhos de escavação e exploração, em que pese à reticência geral da época. A 7 de Junho de 1932 foi encontrada uma caixa com objetos de coral e obsidiana e incrustações de turquesa a um lado de restos humanos, os objetos exibem-se no Museu Nacional de Antropologia da Cidade do México.
Após longos trabalhos, em Abril de 1935 foi encontrada no interior da pirâmide uma figura de Chac Mool com incrustações de concha de nácar nas suas unhas, dentes e olhos; o recinto onde se realizou o achado foi batizado como "sala das oferendas ou câmara norte". A poucos metros, e após mais de um ano de escavações, em Agosto de 1936 foi descoberto um segundo recinto, o qual foi batizado como "câmara de sacrifícios", dentro do qual se encontraram duas fileiras de canelas humanas embutidas paralelamente ao fundo da câmara, e a escultura de um jaguar (Onça-pintada) de cor vermelha com 74 incrustações de jade que simulam no corpo as manchas características da espécie; os olhos são simulados com médias-luas da mesma pedra e os colmilhos e dentes em pederneira pintados de branco. No lombo encontrava-se um disco de turquesas, o qual aparentemente servia para queimar copal; ambas as figuras têm a sua vista dirigida ao NNE (nor-nordeste). Como conclusão foi determinada a existência de uma pirâmide de medidas aproximadas de 33 metros de largo, de igual forma à exterior, com 9 embasamentos e uma altura de 17 m até o patamar do templo superior onde se encontraram o Chac Mool e o jaguar, estima-se que esta construção corresponde ao século XI d.C. Concluídos os trabalhos foi construída uma porta de acesso na balaustrada da escadaria exterior da fachada NNE para facilitar o acesso aos turistas. A pirâmide interior mais antiga é referida como "subestrutura".


Simbolismos calendáricos

O Templo de Kukulcán, principal estrutura de Chichén Itzá demonstra os profundos conhecimentos de matemáticas, geometria, acústica e astronomia que os maias possuíam. Ao ser uma sociedade inicialmente agrícola, os maias observaram detalhadamente o comportamento das estações, as variações das trajetórias do Sol e as estrelas, e combinando os seus conhecimentos, tê-los-iam registrado na construção do templo dedicado ao seu deus Kukulcán.
Assim como as culturas mesoamericanas, a civilização maia utilizou um calendário agrícola solar ao que chamavam Haab, que conta com 18 meses ou uinais, cada uinal tem 20 dias ou kines. Desta forma o calendário compreende 18 x 20=360 dias regulares ou kines, mais cinco dias adicionais, considerados como nefastos, chamados uayeb.
O templo de Kukulcán conta com quatro escadarias, cada uma delas tem 91 degraus, desta forma somam 364, que somadas ao patamar do topo, comum às quatro escadas, dá um total 365 unidades que representam os dias do Haab.
O segundo calendário utilizado pelos maias, chamado Tzolkin ou calendário sagrado, consta de 13 meses e cada mês tem 20 dias, de tal forma que este conta com 260 dias.
Os ciclos do Tzolkin e o Haab foram fusionados numa roda calendárica de tal sorte que a combinações de ambos repetem-se cada 18.980 dias (mínimo múltiplo comum de 260 e 365)[10] equivalentes a 52 anos, o que quer dizer que cada 52 ciclos do calendário Haab começa a repetir-se a combinação de ambos os calendários.
Os números 18 (uinais), 20 (kines), 5 (uayeb), 52 (ciclos), podem decifrar-se de maneira mais complexa na pirâmide de Kukulcán. O templo tem 9 patamares ou níveis, se se observa de jeito frontal quaisquer das fachadas, ao ter ao centro da vista a escadaria, pode-se multiplicar o número de embasamentos x 2, dando como resultado o número 18, correspondendo assim aos 18 uinais do Haab. No templo superior da pirâmide havia 5 adornos ou ameias em cada fachada, assim, tinha 20 ameias que representam os 20 dias ou kines de cada uinal. Em cada fachada, em cada patamar encontram-se painéis em baixo-relevo, no patamar mais alto são apenas dois painéis, e os outros oito contam com três painéis, de tal forma que 3 x 8=24 + 2=26 painéis, que somados aos outros 26 painéis do lado oposto da escadaria dão um total de painéis por fachada de 52, ou seja, representam os 52 ciclos do Haab na roda calendárica. Como ornamentação o edifício tem 260 quadrângulos que coincidem com o número de dias do calendário Tzolkin.
Assim, e de acordo com calendários utilizados pelos maias, pode-se deduzir que a pirâmide não somente está dedicada ao deus Kukulcán, mas também observa a conta do tempo dando particular relevância aos seus ciclos.

Acústica em escadaria
No final do século XX o turismo em Chichén Itzá incrementou-se e foi quando acidentalmente os guias descobriram um efeito acústico que ocorre na escadaria NNE da pirâmide. Se uma pessoa aplaude de jeito frontal à escadaria, o som do aplauso causa um eco distorcido, provocando um chio semelhante ao canto de um Quetzal.
Tecnicamente, isto é devido às interferências das ondas de reflexão do som ao chocar com os degraus inferiores e superiores da escadaria, e chegar primeiro aos mais próximos é dizer os inferiores, e uma fração de milissegundo depois aos superiores. Apenas os sons de baixa frequência como o aplauso produzem esse efeito.

Descenso de Kukulcán nos equinócios
Órbita da Terra ao redor do Sol e movimento aparente do mesmo ao longo da eclíptica.

Iluminação da Terra pelo Sol durante os equinócios. O dia tem a mesma duração que a noite.

Formação de sete triângulos isósceles de luz na escada NNE simulando o corpo de uma serpente durante os entardeceres equinociais, os raios de luz penetram pela esquina norte dos embasamentos da fachada ONO.
Se durante um ano e desde um ponto fixo se contemplar o amanhecer no horizonte, pode ser observado o sol aparecendo em diferentes posições ao longo do mesmo e a sua trajetória no céu vai mudando. Isto é devido aos próprios movimentos da Terra, de rotação sobre o seu eixo e translação ao redor do sol, bem como a variante da sua eclíptica, e a inclinação do eixo terrestre.
Referindo ao hemisfério norte do planeta, durante um ano o sol parece colocar-se na linha do horizonte num ponto mais austral durante o solstício de Inverno (Dezembro), passando por um ponto intermédio durante o equinócio de Primavera (Março) e chegando a um ponto mais setentrional durante o solstício de Verão (Julho), para regressar novamente ao ponto intermédio durante o equinócio de Outono (Setembro) e reiniciar o ciclo novamente.
Este movimento aparente tem uma variação adicional se nos transladarmos a diferentes latitudes do planeta. Os maias poderiam ter construído assim a pirâmide de Kukulcán levando em conta todas estas variáveis e, além das considerações arquitetônicas, orientariam a fachada NNE com uma inclinação aproximada de 20° com referência ao norte geográfico.
Ao entardecer dos equinócios da Primavera e do Outono, observa-se na escadaria NNE da pirâmide de Kukulcán uma projeção solar serpentina, consistente em sete triângulos isósceles de luz invertidos, como resultado da sombra que projetam as nove plataformas desse edifício durante o pôr-do-sol. Em Chichén Itzá o fenômeno vê-se em todo o seu esplendor e a imagem da serpente de triângulos de luz e sombra é projetada ao balaustre NNE; com o passar do tempo, parece descer do templo uma serpente e o último reduto de luz projeta-se na cabeça da serpente emplumada que se encontra na base da escadaria. Este fenômeno ocorre em Março e Setembro, e pode ser observado aproximadamente durante um período de cinco dias nas datas mais próximas aos equinócios, a duração do efeito começa aproximadamente 3 horas antes do ocaso, a princípio destas horas pode-se ver na balaustrada uma forma de luz ondulada que pouco a pouco se vai cerrando para formar 7 triângulos isósceles, os quais só podem ver-se durante 10 minutos, depois começam a desaparecer paulatinamente. Os maias realizavam uma série de preparações durante quatro dias e o quinto era motivo de grande celebração. Aparentemente era na língua da serpente onde se colocavam diversas oferendas ao deus Kukulcán.
Na zona arqueológica de Mayapán, existe uma pirâmide de menores dimensões, mais de iguais proporções e dedicada também a Kukulcán. A projeção ondulada do corpo da serpente também pode ser observada no ocaso dos equinócios, porém não é tão espetaculoso devido ao deterioro da própria estrutura.
Em 1566, Diego de Landa descreveu que os maias celebravam no dia 16 do mês Julho, a ida de Kukulcán a quem tinham como um deus, a celebração era realizada em todo o mundo maia até à destruição de Mayapán, depois somente os tutul xius a realizavam na sua capital Maní, após manterem jejum e abstinência, os sacerdotes reunidos iam para o templo de Kukulcán, onde passavam cinco dias e noites em oração realizando alguns bailes devotos:

Diziam e tinham muito crido, que o derradeiro dia baixava Cuculcán do céu e recebia os serviços, vigílias e oferendas. Chamavam a esta festa Chickabán…
— Relación de las cosas de Yucatán, Diego de Landa (1566).

Devido a que as fachadas SSO e ESE se encontram deterioradas, não se observa nenhum fenômeno de luz e sombra nos amanheceres equinociais, porém é provável que se fossem restauradas as escadarias e as balaustradas, poder-se-ia apreciar um efeito que evocasse a ascensão do corpo da serpente à pirâmide pela escadaria da fachada SSO.

Kukulcán, Quetzalcóatl, Gucumatz, Coo Dzavui
Formação de sete triângulos isósceles de luz na escada NNE simulando o corpo de uma serpentedurante
 os entardeceres equinociais, os raios de luz penetram pela esquina norte dos 
embasamentos dafachada ONO.
No fim do Período Clássico mesoamericano foi registrada uma influência arquitetônica, cultural e religiosa na zona maia, a qual se adjudicou aos toltecas do planalto mexicano. É por isso que se encontram similaridades entre a deidade Quetzalcóatl (em náhuatl Quetzalcōātl, serpente emplumada) e a deidade maia Kukulcán (em língua maia k'u uk'um e kaan, "caneta e serpente").
No Popol Vuh a deidade é referida como Gucumatz (em língua quiché Q'uk'umatz, "serpente emplumada") quem com Tepew são considerados os deuses formadores do universo. Foi conhecido pelos mixtecas como Nove Vento (em mixteco Coo Dzavui, "serpente de chuva"). De acordo com as descrições de Diego de Landa, o deus fora especialmente venerado em várias cidades do noroeste da península de Iucatã, entre elas destacam-se Chichén Itzá, Mayapán e Maní.
Em muitas partes da decoração arquitetônica de colunas e dintéis de Chichén Itzá, encontram-se alusões ao corpo da serpente, no próprio "Templo de Kukulcán", no "Templo dos Jaguares", no "Templo dos Guerreiros", no "Jogo de Bola", na "Plataforma das Águias e os Jaguares". A classe do réptil parece ser Crotalus durissus conhecida como "serpente de cascavel" devido à forma da cabeça das esculturas, aos relevos que detalham serpentes com cascavel em outros edifícios da cidade, e aos triângulos de luz que se formam nos dias equinociais, os quais evocam os triângulos que se formam na pele do corpo da espécie.
É destacável o decorado da língua das serpentes que se encontram no remate da escadaria. A língua tem semicírculos que fazem alusão à trajetória diária do Sol no céu. Na vista de perfil das cabeças, junto à comissura da boca apreciam-se espirais que evocam a um caracol, o traçado pode interpretar-se como uma alusão ao período cíclico do movimento do Sol no horizonte. Na parte superior das pálpebras da serpente também se pode apreciar o símbolo de Sol.
Adicionalmente à projeção do corpo imaginário da serpente (kaan) descendo pelo balaustre da escadaria, os maias colocavam bandeiras de canetas (k'u uk'um) nas ameias do templo superior durante as festividades equinociais.

..Que é opinião entre os índios, que com os Yzaes que povoaram Chichenizá, reinou um grande senhor chamado Cuculcán, e que amostra ser isto verdade o edifício principal que se chama Cuculcán; e dizem que entrou pela parte de poente e que diferem em se entrou antes ou depois dos Yzaes ou com eles, e dizem que foi bem disposto e que não tinha mulher nem filhos; e que depois da sua volta foi tido no México por um dos seus deuses e chamado Cezalquati e que em Iucatã também o tiveram por deus por ser grande republicano, e que isto se viu no assento que pôs em Iucatã depois da morte dos senhores para mitigar a dissensão que as suas mortes causaram na terra…
— Relación de las cosas de Yucatán, Diego de Landa (1566).


Solstício de Verão

Iluminação durante o solstício de Junho -Verão no hemisfério norte 
Iluminação da Terra pelo Sol no solstício de Junho.

Fachada iluminada (NNE) e fachada em sombra (ONO).

Iluminação durante o solstício de Dezembro 
Inverno no hemisfério norte

Iluminação da Terra pelo Sol no solstício de Dezembro.



Trajetórias solares em solstícios e equinócios.

Desde a última década do século XX, os arqueólogos começaram a observar os fenômenos de luz e sombra que ocorrem nos solstícios de Verão e Inverno, mas só até Junho de 2007 realizaram-se estudos minuciosos do tema. Astrônomos do Instituto Tecnológico de Mérida e investigadores do Instituto Nacional de Antropologia e História corroboraram que durante os primeiros minutos do amanhecer do solstício de Junho (Verão hemisfério norte) e durante um período de 15 minutos, a pirâmide de Kukulcán é iluminada nas fachadas NNE e ESE pelos raios do sol, enquanto as fachadas ONO e SSO permanecem na obscuridade. Por outras palavras, cerca de 50% da pirâmide permanece iluminada e cerca de 50% permanece na obscuridade marcando com este simbolismo o momento exato do solstício.
Este efeito de luz e sombra ocorre de jeito semelhante durante o solstício de Dezembro (Inverno no hemisfério norte), mas no entardecer as fachadas iluminadas são a ONO e SSO, enquanto as fachadas NNE e ESE permanecem na sombra. O fenômeno é devido à orientação de +/- 20° com referência a norte geográfico, e a latitude em onde se encontra situada a pirâmide.
O explorador John Lloyd Stephens em 1840 observou esta orientação dos edifícios. Devido a que não pôde observar os efeitos de luz e sombra, atribuiu um possível erro na construção dos mesmos; por outro lado as medidas referidas parecem ter certa variação com as reais.
Para que a pirâmide de Mayapán, que foi construída com características semelhantes à de Chichén Itzá, possa mostrar os mesmos fenômenos de luz e sombra, a sua orientação teve de ter uma leve variação devido a não se encontrar na mesma coordenada de latitude que a de Chichén Itzá.
Desta forma, a construção da pirâmide parece ser um calendário arquitetônico que marca os solstícios e equinócios, datas importantes para os ciclos agrícolas. Quando a órbita da Lua se encontra na mesma posição equinocial de sol, também é possível ver no balaustre da escadaria NNE a figura projetada da serpente num espetáculo natural noturno.
Estes fenômenos de luz e sombra que se observam na pirâmide seriam testemunhos dos conhecimentos astronômicos da Civilização maia, na estrutura conhecida como o observatório, o caracol ou «edifício circular» também se registraram efeitos de luz e sombra durante os equinócios. No Códice de Dresde pôde ser interpretado que os maias estudavam a trajetória orbital do planeta Vênus), ao qual lhe dedicaram uma pequena construção na cidade de Chichén Itzá.

O quarto Ahau katún é o undécimo katún. Conta-se em Chichén Itzá, que é o assento do katún.
Chegarão à sua cidade os itzáes, chegarão plumagens, chegarão quetzales, chegará Kantenal, chegará Xekik, chegará Kukulcán. E atrás deles outra vez chegarão os itzáes …

Chilam Balam de Chumayel, anônimo.


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Frans Krajcberg - A integração perfeita entre o homem e a natureza


Dedicado há décadas à causa ambiental, o artista/ativista Frans Krajcberg de 92 anos é um defensor da preservação da natureza. Ele mora em uma casa sobre o tronco de uma árvore de 2,60 metros de diâmetro. 
Suas obras são belíssimas...pura poesia! 

Não deixe de ver:

http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/3425-frans-krajcberg#foto-67617

Fonte: aqui

sábado, 15 de dezembro de 2012

Conchas

por Anne McKinnell

Encontrei a imagem acima no Facebook de Ma Jivan Prabhuta que me transportou para um bom tempo na minha vida.
Lembro-me de uns dias que passei em Arraial do Cabo e como boa mineira, não me furtei em apreciar a beleza e os encantos do mar, catar conchas no fim de tarde era algo muito mágico e lúdico.
Cada uma tem sua beleza e tonalidade própria e é praticamente impossível saber qual é a mais bela.
Ainda as tenho guardadas aqui comigo (imagem abaixo).
Tenho um sonho de um dia poder voltar ao litoral e apreciar estes presentinhos de Deus.
Salve Iemanjá!




A título de informação, você sabia que o estudioso em conchas é chamado Conquiliologista?
Conheça mais sobre o trabalho destes profissionais e um vasto acervo de imagens de conchas em:
http://www.conchasbrasil.org.br/default2.asp

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A misteriosa flor-cadáver está florescendo no Inhotim


Amorphophallus titanum/Flor-cadáver  que está no Inhotim

Pela segunda vez no Inhotim, e na América latina, a famosa “flor-cadáver" ou Amorphophallus titanum (Becc.) Becc. ex Arcang. florescerá em um jardim botânico. O evento está acontecendo no Jardim Botânico Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais. O material está florescendo dentro da estufa equatorial do Instituto, local com condições de temperatura e umidade controladas que permite o cultivo de espécies tropicais.
De acordo com Letícia Aguiar, gerente de Jardim Botânico e Meio Ambiente, a túbera, nome dado à imensa "batata" que permanece sob a terra, geralmente pesa entre 18 e 20 kg quando está propenso a florir. No caso da flor do Inhotim, este material possui cerca de 29 kg, e mede 70 cm. Em dezembro de 2010, esta mesma planta floresceu no Instituto, e durou três dias. Apenas dois anos depois, o material volta a florescer no Inhotim. “Foi uma grande surpresa nascer uma flor outra vez, em tão pouco tempo”, comemorou Letícia.
A planta possui um caule gigante e subterrâneo, como uma batata, e produz apenas uma folha a cada dois anos, que pode atingir até dois metros de altura e sete metros de diâmetro. A flor é produzida a cada dois anos, depois dos 10-12 anos após a germinação da semente. Quando a planta está em flor, está sem folha e vice-versa. A planta nunca produz flores e folhas simultaneamente. 
Apesar de ser conhecida como "a maior flor do mundo", o que a espécie produz é, na verdade, uma inflorescência, isto é, um conjunto de flores em uma estrutura compacta. Notável é seu odor, que já foi descrito como "uma mistura de açúcar-queimado com peixe-podre", que atrai moscas e besouros, seus polinizadores. A partir daí surgiu o nome "flor-cadáver” (ou corpse-flower, em inglês). Ainda com esta peculiaridade, atrai multidões aos jardins botânicos no mundo inteiro.  
A espécie Amorphophallus titanum foi descrita originalmente por Odoardo Beccari, em 1878, botânico do Jardim Botânico de Florença, que a encontrou na Ilha de Sumatra, Indonésia. Dez anos depois, a espécie floresceu no Jardim Botânico de Kew, na Inglaterra, maravilhando o ocidente com sua florescência peculiar. O material que se encontra florescendo no Inhotim foi obtido à partir de sementes enviadas pelo jardim botânico Marie Selby, na Flórida. 

Acompanhe o desabrochar da flor-cadáver:

Fonte: http://www.inhotim.org.br/index.php/noticia/view/754

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Holi - Festival indiano das cores em BH - Abril de 2013



O colorido festival de Holi é comemorado em Phalgun Purnima, que acontece no final de Fevereiro ou em Março. Holi tem uma origem antiga e celebra o triunfo do 'bem' sobre o 'mal'. O festival colorido diminui a lacuna social, aproxima as diferentes classes indianas e propõe uma renovação das relações afetivas. Neste dia, as pessoas se abraçam e desejam um ao outro um feliz Holi.

Programação:
O evento acontecerá na segunda semana de Abril de 2013, conta com uma programação diversificada atraindo aos que se interessam e apreciam as riquezas da cultura indiana.

Veja um pouco do que vem por aí:
• Música tradicional indiana
• Grupo de dança indiana
• Ginástica laboral acompanhada
• Barracas com comidas típicas
• Exposição de artes indianas
• Sessões de cinema Indiano
• Oficinas de pintura indiana
• Prática de ioga coletivo
• Apresentação de teatro
• Shows
• Lançamento do livro: “ Oriente Ocidente – Integração de Culturas

Visite o site: http://www.minasindia.com.br/

http://www.minasindia.com.br/festival_holi.pdf



Krishna, Radha e Gopis
Os historiadores contam que o Holi antecende em muitos séculos o nascimento de Cristo e são muitas as lendas que explicam o seu aparecimento, em geral remetendo ao temível Rei Hiranyakashyap. Muito vaidoso, ele queria que todos no seu reino o venerassem, mas foi justamente o seu filho Prahlad quem resolveu adorar uma entidade diferente, chamada Lord Naarayana. Hiaranyakashyap combinou com a sua terrível irmã Holika, que tinha o poder de não se queimar, que ela entraria numa fogueira com Prahlad em seus braços para matá-lo. Mas Holika deu-se mal porque ela não sabia que o seu poder de enfrentar o fogo seria anulado quando ela entrasse na fogueira acompanhada de outra pessoa. Lord Naarayana reconheceu-a bondade e devoção de Prahlad e salvou-o.
O festival, portanto, celebra a vitória do bem contra o mal e o triunfo da devoção. 
A tradição da queima Holika ou o "Holika Dahan" vem principalmente a partir desta lenda.
Apesar de esta ser uma festa colorida, existem vários aspectos de Holi, o que o torna tão importante para a cultura da Índia. Embora possa não ser tão evidente, um olhar mais atento e um pouco de pensamento revelará o significado do Holi em mais formas do que aquilo que simplesmente se vê. Holi celebra também a lenda de Radha e Krishna, que descreve o extremo prazer que Krishna teve na aplicação de cor sobre Radha e Gopis. Esta brincadeira de Krishna mais tarde, tornou-se uma tendência e uma parte das festividades do Holi.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Ravi Shankar 07/04/1920 - 11/12/2012

Robindro Shaunkor Chowdhury (Pandit Ravi Shankar) compositor e músico indiano nasceu em Varanasi no dia 7 de Abril de 1920, faleceu ontem dia 11 de Dezembro/2012 em San Diego (Califórnia). 
Ravi, ficou conhecido em todo o mundo na década de 1960 ao colaborar com astros pop como os Beatles tendo sido considerado como o "padrinho de música do mundo".
Ravi Shankar - fonte: Indiatoday

Leia a reportagem no jornal Estado de Minas

sábado, 8 de dezembro de 2012

Presépios: simplicidade, beleza e ternura

fonte da imagem:Paper Model Kiosk

Desde criança tenho uma verdadeira admiração por Presépios.
Lembro-me que tive o privilégio de montar um aqui em casa que era todo em papel e é claro que com o passar dos anos, o monta e desmonta, fez com que ele se deteriorasse.
Confesso que gosto mais de Presépios do que de Árvores de Natal.
Falando em árvores, este ano montamos uma aqui em casa que ficou linda porém não desisti de um dia montar um presépio.
Dentre tudo o que envolve o "espírito natalino" o que toca mais meu coração são os Presépios, por tudo o que eles representam com as imagens dos pais de Jesus, os Reis Magos, os animais, o estábulo e tudo mais. Creio que ele é o que mais se aproxima do sentido real desta data: A SIMPLICIDADE, A BELEZA E A TERNURA.
Quando fiquei sabendo que o primeiro Presépio foi montado por São Francisco de Assis, aí então é que minha afeição por eles se consolidou.
Enquanto escrevia esta postagem, acabei encontrado o site Amigos do Presépio e vale a pena dar uma conferida.
Tem cada um mais lindo que o outro, sem contar as informações sobre os mesmos. Aproveite e conheça também o Crèchemania, um site voltado para a temática dos Presépios e é de lá que veio a imagem que ilustra a postagem.
São lindos de se ver! 

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Calendário 2013 em benefício da Sociedade Viva Cazuza



Na volta de um dos intervalos do programa Sem Censura, Leda Nagle mostrou o belíssimo calendário 2013 "Cabeleireiros Contra Aids", que está sendo vendido na Sociedade Viva Cazuza.
Para cada mês do ano um novo e belo rosto vem estampar as páginas deste calendário que além de bonito, defende uma boa causa, a luta contra a AIDS.
Confira algumas fotos e se puder, colabore.


imagem: Fernanda Vasconcellos

imagem: Alexandre Nero

imagem: Letícia Spiller

imagem: Juliana Alves




Confira também a matéria sobre o Calendário em:
http://designinnova.blogspot.com.br/2012/11/celebridades-para-o-calendario-loreal.html


Fonte das imagens: link acima


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Rendição


Rendição é nunca olhar para trás. Ainda que aquilo que ficou para trás seja familiar e convidativo e o que está na frente é, na melhor das hipóteses, apenas um sonho, render-se é dar passos contínuos para frente. Onde cada passo não é precipitado e resoluto, mas cuidadosamente posicionado e feliz.
O primeiro passo na rendição é colocar seus pés sobre um caminho, renunciar definitivamente ao conforto das encruzilhadas e optar por uma direção. Seja ela qual for, o espírito tomou uma decisão: que um passo formará a trilha do que vem a seguir.
Depois disso, vem todas as complicações e alegrias de viajar, as dificuldades, a economia, a paciência, o humor e o companheirismo. Essa rendição é permanecer sempre criativo. A cada segundo contribuir com virtudes para a jornada – não apenas tirar o melhor das coisas, mas torná-las bonitas. Há inimigos, evidentemente, mas você precisa rendê-los também. Veja seus pontos fortes, veja suas virtudes e eles morrem. E se não houver virtudes, ficar calmo e continuar em frente é rendição.
O estágio final na rendição é um voo. Pensamentos completamente elevados formam o suporte dos relacionamentos – pensamentos preenchidos com tanta verdade que naturalmente elevam você. Quando os pensamentos são de tal clareza, o meio de transporte muda. Do chacoalhar suave na companhia dos outros, adaptando-se às dificuldades, apoiando, sendo apoiado, acontece a decolagem. Essa é a rendição ao novo, a um meio de expressão totalmente diferente, a um ponto de solitude, mas de onde a companhia e a assistência mais sutis podem ser prestadas. A rendição mais elevada é tornar-se um anjo.

Fonte do texto: Beleza Interior - O livro das Virtudes - Anthea Church- FEEU - 1992
Fonte da imagem:
jaquelinemaricota.blogspot.com

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O Corpo Humano e a Natureza



A forma arredondada da cabeça humana assemelha-se ao céu.
A forma achatada dos pés assemelha-se à Terra.

O céu tem quatro estações.
Nós temos quatro membros.
O céu tem cinco elementos. 
Temos cinco vísceras.
O céu tem oito ventos. 
Temos oito 8 partes.
O céu tem nove estrelas. 
Temos nove cavidades.
O céu tem doze horas. 
Temos doze meridianos.
O céu tem 24 forças. 
Temos vinte e quatro diafragmas.
O céu tem 365 graus. 
Temos 366 ossos e articulações.
O céu tem Sol e Lua. 
Temos  discernimento.
O céu tem dia e noite. 
Temos que dormir e despertar.
O céu tem trovão e relâmpago. 
Temos alegria e ódio.
O céu tem chuva e orvalho.
Temos lágrimas.
O céu tem o negativo e o positivo.
Temos o frio e o quente.
A Terra tem água nas suas fundações. 
Temos vasos sanguíneos.
A Terra tem árvores, gramas e minerais. 
Temos cabelos, pelos e dentes.
A Terra tem os 4 elementos:
areia, água, fogo e vento e todos vivem em harmonia.
Temos: justiça para com o pai, caridade para com a mãe, amizade para com o irmão mais velho, respeito para com o irmão mais novo, piedade para com o velho.

Todos estes elementos harmonizam a nossa vida.


Tan-Chi ( 1281 - 1358 )
Do livro: Diagnóstico Visual do Homem
Fonte: Almanaque Planeta - Seu Corpo - A saúde pela leitura corporal - Ed.Três

sábado, 1 de dezembro de 2012

Suavidade



Se as árvores tivessem almas, talvez a qualidade mais atribuível a elas fosse a suavidade. Suavidade não é falta de força, mas uma qualidade que não perturba, não pressiona, e ainda assim, conhece seu poder e pode oferece abrigo.
Árvores. Enormes estruturas com sistemas massivamente complexos de crescimento e decadência , que podem ser destruídos em questão de segundos. Não é de estranhar que  a humanidade tenha escolhido a imagem da árvore para ilustrar a própria história: árvore da vida. E ainda, tão simples, tão suave. Onde quer que a semente caia, independente da atmosfera, ela apenas cresce, sem ser interrompida por nada exceto pela violência humana. E ela nunca tenta ser algo diferente do que é, sendo esta uma tendência que tanto incomoda. 
Carvalhos não perderiam subitamente sua condição de carvalhos, a menos que transplantados ou submetidos a algum outro procedimento igualmente artificial.
Elas também não ferem. Mesmo elevando-se como uma torre sobre um animal ou sobre um monte insigificante de arbustos, uma árvore não os tocará. Na verdade, ela oferece abrigo. Pelo que sabemos, as árvores não têm almas. Mas há almas que são como árvores, enormes em seu pensamento e, ainda assim, totalmente suaves. Não a suavidade da insegurança. Aquela pode enganar às vezes. Lembro de uma menina na minha escola que era assim - muito inteligente e, no entanto, em sua escrita faltava profundidade. Seus poemas eram sempre perfeitos, até a última linha, quando a rima soava errada. Parecia que sua suavidade a mantinha a apenas um passo de brilhar. Mas agora, acho que ela apenas tinha medo ou não sabia que era tão boa. 
Suavidade verdadeira em uma pessoa é um grande poder. O poder que vê, entende, mas nunca interfere. Como o galho da árvore, apenas tocando a terra, mas nunca criando raízes nela. Nunca criar raízes na mente de alguém, mas ajudar, isso é suavidade
É difícil não referir-se a Deus enquanto penso sobre essas coisas. Imagine, o Ser no universo que vê e entende tudo e, ainda assim, Aquele que permanece completamente distanciado, influenciando apenas se convidado. Um relacionamento com Deus é um relacionamento ideal porque a vida é dramaticamente influenciada e, ainda assim, é como estar perto de alguém completamente tranquilo que esteja apenas nos ensinando a olhar.
E não dizendo: olhe para Mim, eu lhe mostrarei, mas sim: fique aqui e veja como lidar com sua vida. 
Todos nós precisamos dessa árvore gentil sob a qual sentarmos.


Fonte da imagem: OAK TREE by http://thought-bricks.com/wp-content/uploads/2011/10/tree-clipart-41.jpg
Fonte do texto: Beleza Interior - O livro das Virtudes - Anthea Church- FEEU - 1992
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Outros olhares