sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Doçura...


... é a maestria dos sentidos.
Olhos que vêm no fundo das coisas, ouvidos que escutam o coração das coisas, lábios que falam apenas a essência das coisas.
Doçura é o resultado de uma longa jornada interior ao âmago da vida e a habilidade de lá permanecer e observar.
A doçura procura pelo bem nas coisas, pois no seu coração reside a convicção de que o bem existe em algum lugar em tudo, é só ter paciência para descobri-lo.
 Brahma Kumaris

Fonte:Gena Teresa (via Facebook)

sábado, 2 de janeiro de 2016

A luz como afluência (O complexo da pobreza)

ESTUDOS AVANÇADOS DE ASTROLOGIA ESOTÉRICA
“A LUZ COMO AFLUÊNCIA” (O complexo da pobreza)
por Elman Baccher -tradução Carlos Viccino

A palavra “Afluência” é derivada de duas palavras latinas “ad”, que significa para fora e “fluere” que significa “fluir”. Nós a usamos geralmente para referirmos a condições caracterizadas como abundância e plenitude de provisão de riquezas; porém, uma melhor avaliação do significado da palavra nos dá a chave de seu significado esotérico. Não é basicamente uma descrição de condições senão uma qualidade de consciência por meio da qual a abundância se alcança e se manifesta. Em outras palavras, a consciência humana, a luz mediante a qual um ser humano percebe a “LUZ” – contém a potencialidade de funcionar com “afluência” de maneira que por correspondência as condições de abundancia possam fluir nos ambientes e assuntos humanos. Assim, como o desejo de alcançar a saúde é um dos muitos esforços humanos de perceber a LUZ, assim também é o desejo de alcançar a afluência. É importante saber como pode um ser humano gerar uma classe de consciência que faz possível a abundancia em sua vida.


Se a consciência da “fome” é indicativa de uma necessidade profundamente sentida, então a “pobreza” é uma combinação dessa necessidade com a convicção de que essa necessidade não se pode, e nem se poderá realizar-se. A pobreza é o contrário da abundância – representa uma privação de consciência que esta demonstrada externamente pela deficiência ou carência relativas de coisas essenciais ou desejadas. Não nos sentimos “pobres” por não ter algo que nós é indiferente. Sentir-se “pobre” é sentir-se privado de algo que pelo qual temos um forte desejo ou necessidade. O complexo de pobreza é uma forma de padrão mental, de qualidade congestionada, pela qual um ser humano se priva das realizações da afluência ou fluição das coisas; esta privação é uma convicção de carência que caracteriza geralmente seu modo de vida ou se manifesta em algum fator especifico ou área de sua vida. O complexo de pobreza é sempre uma reação cármica devido a abusos ou ao mau uso dos meios e de oportunidades em vidas passadas. Ele esta construído essencialmente sobre o medo e culpa residual, como uma reação subconsciente de ações trazidas do passado, como “desperdício”, “a destruição”, “a desonestidade” e a “desonra”. Devidos a estes resíduos minamos nossa consciência do reto uso das coisas; nosso espírito de destruição produz um poder de repulsão no nosso subconsciente que “nega” nosso desejo de atrair aquilo que agora desejamos ou necessitamos; pela desonestidade, pela desonra, privamos outras pessoas daquilo que lhes pertencia legitimamente e esse resíduo subconsciente, agora se manifesta como “complexo de pobreza”, é a essência enervante e inanimada do medo e da culpa. Seja de curta ou demorada duração, o “sentimento de pobreza” é sempre um indício, uma comunicação ao nosso consciente, devido à reação inconsciente, de que uma revisão drástica da nossa consciência é necessária.


Essa revisão deve se estabelecer na nossa mente subconsciente antes que as condições melhoradas possam se manifestar nas nossas condições externas. Em outras palavras, os sentimentos de uma pessoa sobre a vida e sobre si mesma devem ser melhoradas ou transmutadas por um processo de sinceridade, para que ela pela expressão de sua consciência possa “fluir com mais liberdade em sua vida” e que a manifestação da abundancia da vida possam “fluir com mais liberdade em seus assuntos pessoais“. A água é o símbolo mais perfeito do principio de “afluição na vida”; assim a água nas nuvens, em forma de gelo ou neve, deve ser deixada livre antes de fluir para os rios. É o poder do calor que torna a água livre, de seu estado estático como gelo ou neve e libera suas potencialidades; correspondentemente, deve haver alguma forma de calor espiritual no subconsciente humano como meio de revivificar a perspectiva de si mesmo e de suas condições. Como se consegue esta ação renovadora? Consideremos o que o Grande Mandala Astrológico (uma circulo de doze casas rodeada pelo circulo do Zodíaco com o signo de Áries no Ascendente) tem a nos oferecer como guia?


Consideremos primeiro os dois signos que formam o diâmetro vertical da roda: Câncer, signo cardeal de água, está no extremo inferior; Capricórnio, signo cardeal de terra está no extremo superior; a linha vertical completa é a linha de geração e descendência. A Lua, regente de Câncer, é o símbolo arquetípico da “Mãe”; Saturno, regente de Capricórnio, é o símbolo arquetípico do “Pai”. Esotericamente estes dois signos e a linha que formam, é uma emanação que vem desde o centro da roda, e se refere ao atributo de um ser humano de criar seu próprio destino pelo exercício de sua consciência de encarnação a encarnação. O homem determina a sua linha evolutiva existencial de acordo com os padrões que estabelece em sua mente subconsciente (Câncer) e pela maneira de como exterioriza estes princípios ou fundamentos (Capricórnio). Por sua participação no poder criador do pensamento, cada ser humano é a mãe e o pai da qualidade de seu próprio padrão ou linha evolutiva. Devido aos seus poderes de reação do sentimento se faz consciente do que foi estabelecido em sua mente subconsciente; pelos seus poderes de expressão (pensamento, palavra e ação), ele dá substancia aquilo que está estabelecido em seu “reino” subconsciente. A “aceitação da própria pobreza” é uma sombra no subconsciente – significa que a pessoa se identifica com esse passado de privação devido a alguma ação que representou o mau uso ou o abuso de oportunidades e meios. Em resumo, suas culpas nesses assuntos causaram a condição ou situação presente que é o “complexo de pobreza”. A pobreza não é uma realidade da vida, é uma interpretação individual de condições que esta baseada em vidas passadas. Pense por um momento: A vida é tão pobre? O planeta Terra é tão pobre? Todo o ser humano tem o mesmo sentimento de complexo de pobreza que todos os outros? Tem cada pessoa que sofrer o complexo de pobreza eternamente? A resposta a todas as estas perguntas é: não. Vamos considerar agora uma chave astrológica esotérica muito importante e interessante que nos pode oferecer meios de ajudar a dissolver o complexo de pobreza de modo que as energias presas sejam deixadas livres para agirem fluentemente.


Encontramos uma pista nas exaltações planetárias – poderes anímicos de percepção espiritual destilada da regeneração consciente em vidas passadas – segundo são representados no Grande Mandala Astrológico: Júpiter, regente de Sagitário, exaltado em Câncer; a Lua, regente de Câncer, exaltada em Taurus; Vênus o principio do equilíbrio que rege ao mesmo tempo Taurus e Libra; Saturno, regente de Capricórnio, exaltado em Libra; Marte, regente de Áries, exaltado em Capricórnio. Júpiter exaltado em Câncer, como a percepção do poder de “dar”.


Se desejarmos transmutar o complexo de pobreza, temos que demonstrar nossa sinceridade nesse ponto, fazendo algo de natureza fluente para manifestar a condição desejada na experiência humana. Essa forma de expressão é o que chamamos “ação de dar”. A afirmação de que a ação de “dar” é mais bem aventurada do que receber significa muito mais do que um velho adágio. Contém um profundo significado metafísico e oculto. A ação de dar é uma benção para a mente subconsciente daquele que assim o faz. Se você esta convencido, em seu subconsciente congestionado, que uma condição desejada ou requerida “não é para você”, porém, você faz algo para possibilitar que outra pessoa alcance essa coisa, você esta tomando o primeiro passo e o mais importante na dissolução de seu próprio complexo de pobreza. Se o seu complexo de pobreza fosse “total”, você talvez nem se preocuparia em facilitar a vida dessa pessoa. O fato de você executar essa ação benéfica em prol de alguém provoca uma impressão em sua mente subconsciente que o torna também suscetível de receber uma ação semelhante. Com essa ação efetuada com sincera motivação de serviço, você começa a limpar as energias subconscientes presas porque a ação de dar é fluência na ação. Desse modo você se faz receptivo às possibilidades de realizar seus desejos ou coisas requeridas de seus assuntos e ambientes. Em consequência, o resultado é que você estabelece mais luz em sua mente subconsciente e essa condição daí em diante, se converte em um imã para atrair aquelas coisas que você necessita ou deseja. Com o sentimento iluminado resultado do alivio provocado pela ação de dar e a maior consciência do “dar”, a exaltação de Marte em Capricórnio faz você mais consciente do que deve fazer, como disciplina e desenvolvimento pessoal, e isso se torna uma coisa permanente em sua consciência anímica. Em outras palavras, a nova condição conduz você a um novo caminho de esforços espiritualizados no qual tem como meta o estabelecimento integral para uso permanente de uma nova realidade espiritual. O fato de uma ação auxiliadora e sincera originar o processo de fluência – Marte exaltado, esforço construtivo persistente – deve ser aplicado de modo que o complexo de pobreza de muitos anos de duração possa dissolver-se por completo e as energias comprometidas possam ser transmutadas completamente com a consciência da Luz. Isso significa que deve haver uma maior honestidade própria; deve haver uma dedicação mais persistente e completa para as condições e esforços correntes; toda tendência ou inclinação de dominar a outros – mental, emocional ou fisicamente, ou em qualquer situação indevida de escravidão deve ser abandonada. Lembre-se que você deseja a libertação do seu complexo de pobreza e dessa forma você deve dar a outros o dom da liberdade; para poder fazer isso você terá que deixar para trás certas classes de temores, pois a coragem é um dos atributos da fluição. Como pode a água do gelo fluir se ela temesse o movimento, ou se o gelo e a neve tivessem medo de derreter-se? Nós temos que realmente desejar “dissolver” ou “derreter” as congestões secretas, se temos o desejo de nos realizar e tornar nossa consciência num permanente estado de afluência. Os poderes da Verdade, o Valor, a Fé, o Amor, a Alegria, e a Liberdade são as “qualidades térmicas” por médio das quais o Espírito derrete as congestões paralisadoras estabelecidas pelo “ego pessoal” em sua expressão, devidas a interpretações irredimidas.


Se a abundancia financeira é um símbolo de afluência desejada ou requerida, então os pontos que estão exaltados nos signos de Vênus nos dão algumas chaves. A pessoa que exercita a desorganização caótica na maioria de suas coisas materiais – no importa quanto dinheiro tenha – esta atuando contra a afluência, porque esta classe de funcionamento é uma evidencia concreta de debilidades no trabalho. A exaltação da Lua em Taurus – signo da segunda casa - pode-se afirmar que ela transmite a palavra chave: eu estabeleço a afluência pela reta mordomia agora. Nos locais e estabelecimentos de negócios, nas atividades profissionais ou assuntos comerciais, os humanos não podem estabelecer desordem nas relações de intercambio financeiro e esperar que continue a qualidade da afluência. Imputamos cargas sobre os outros se cometemos desordem em nossos assuntos e, tarde ou cedo teremos que retificar esse desequilíbrio. O signo de Taurus está polarizado pelo signo fixo de Scorpions, que se refere à consciência sexual. É um fato estabelecido pela psicologia e metafísica que a consciência do dinheiro está duplicada pela consciência do sexo. Ambas são aspectos do desejo de manutenção e perpetuação. É patente que as congestões diante das atitudes perante o sexo ou para o dinheiro - Scorpions e Taurus - têm um efeito reflexivo entre esses signos, ou seja, um afeta o outro. Nesses tempos de aceleração evolutiva, os seres humanos recebem as oportunidades de resolver uma boa parte de seus “carmas” de muitas vidas passadas e o sexo e o dinheiro tem sido os “desejos” que tem impressionado a mente subconsciente de uma maneira negativa em nossas experiências passadas.


A economia do País com a sobrecarga de obrigações e impostos sobre os cidadãos colabora para estabelecer um estado de insegurança e à luz do que se tem revelado com relação aos aspectos sexuais da natureza humana, tais condições propiciam o resgate de “carmas” da consciência procriadora que tem sido reveladas em tantas formas complexas. Portanto, a “consciência muito pobre do dinheiro” em um homem poderá encontrar-se suas raízes em condições psicogenéticas constritoras e estas condições requererão maior vivificação da consciência amorosa e boa vontade para outros seres humanos. Saturno, regente de Capricórnio, está exaltado em Libra, signo da sétima casa do Grande Mandala. Esta é a insígnia, em simples forma astrológica, da regra de Ouro - o cumprimento perfeito da experiência através da consciência de relação humana harmonizada e consciência de justiça espiritual que essa forma de realização inclui. A afluência é a provisão de Vida para nosso sustento. Essa provisão é estabelecida para nosso uso, também se qualquer coisa em nossa consciência trata de privar outra pessoa do que é justo para ela como realização, então, negamos nosso reconhecimento da afluência da Vida; limitamos nossa expressão da afluência e surge a pobreza.


O símbolo tradicional do Sol - o ponto circunscrito por um círculo – que tomamos para essa consideração - como o símbolo de todas as potencialidades afluentes, o símbolo da total provisão da Vida. Pois, representa de onde todas as coisas necessárias para nossa evolução são originadas – assim como tudo que esta representado em um horóscopo tem sua origem nesse ponto central. O Sol como regente do signo solar Leo, pode tomar-se como o símbolo da afluência da Luz espiritual - todo o Amor, toda a Sabedoria, toda a Verdade, toda a Beleza e toda a Idealização que os seres humanos possam realizar e também todas as representações materiais que nós interpretamos por nossa consciência espiritualizada. O poder em todos os graus possíveis esta representado pelo Sol e desse modo representa todo grau possível de poder que um ser humano pode realizar. O Poder é parte de um trabalho de nossa vida para implantar um reconhecimento em nos mesmos.


Apesar, de a pobreza ser uma ilusão criada por uma consciência humana relativamente subdesenvolvida, não é estritamente correto sob o ponto de vista filosófico que “Saturno” seja o símbolo da pobreza. Tal interpretação é uma injustiça a Saturno. Saturno nos fala, através de nossos temores e culpas, das áreas irrealizadas de nossa experiência; quando estas áreas são por fim cumpridas, se estabelece na consciência o sentimento de segurança e por consequência se estabelece uma sensação de quietude interna que produz a afluência. Os aspectos de quadraturas no horóscopo individual representam áreas de tensão internas e cada uma destas poderá ser interpretada como uma “potencialidade de pobreza”. A regeneração alquímica quando expressam os atributos espirituais dos pontos planetários envolvidos “derretem os gelos” da congestão interna. A pessoa que sofre de um sentimento de “pobreza de educação” deve primeiro curar sua mente subconsciente revitalizando-a com um forte desejo de aprender; o desejo de aprender é o desejo de experimentar a afluência no plano mental e esta forma de afluência somente pode ser experimentada quando se permite a mente tornar-se receptiva. As tendências ao prejuízo, o dogmatismo, a obstinação e a tirania mental devem ser transmutadas e dar lugar a humildade, que o verdadeiro estudante deve estabelecer em sua subconsciência. Se a educação por seus próprios meios não é possível no momento, então, o verdadeiro estudante abre sua mente e consciência para outras fontes de estudos e aprendizagem: bibliotecas, livrarias e palestras públicas, que estão ao alcance de todos atualmente. Se a educação é uma coisa desejada, então a pessoa terá que assumir seu desejo sincero mediante sua disposição de organizar sua vida e seus assuntos para a realização de sua meta. As pessoas podem aprender muito por um método mais fácil, ao ficar mais receptiva e observadora do mundo que a rodeia.


A pobreza de amor, amizade e companheirismo é talvez a mais trágica de todas as provas de congestão “cármica”. A pessoa que sofre estas privações deveria prestar atenção no fato de que o amor e a amizade são estados de consciência - e ao melhorarmos nossa consciência torna possível sua expressão e realização fluente nos relacionamentos. É importante também reconhecer que muitas pessoas que aspiram honestamente as alegrias do relacionamento e os cumprimentos do companheirismo não são amistosas consigo mesmas não importa o quão devotas possam parecer para os outros. O respeito e a autoestima, como expressão da Vida Divina e as potencialidades de você revelar aquilo que é bom e belo, deve ser estabelecidos em sua consciência, ao invés de cultuar a baixa estima e os sentimentos de inferioridades e outros adjetivos semelhantes. A falta de harmonia em padrões de relacionamentos como aqueles que temos com nossos pais ou parentes fraternais devem ser transmutados pela expansão da consciência de relação em formas mais universais. Mas recordemos sempre que a vontade de compreender verdadeiramente os outros pode abrir áreas oprimidas de qualquer relação humana. Devemos ser afluentes em nossa boa vontade para os outros se queremos realizar a afluência em nossa experiência.


Mais em versão PDF
Volume I 
I. A precisão da Astrologia 
II. Astrodinâmica 
III. Planetas são Pessoas
IV. O Sol: Princípio do Poder 
V. A Lua: Princípio da Maternidade 
VI.Vênus: Princípio da Manifestação Aperfeiçoada
VII. O planeta Mercúrio

I.O Princípio da Energia 
II. Júpiter: Princípio do Melhoramento
III. Comando de Saturno: "Cumprirás" 
IV. O Comando de Urano: ”Liberação” 
V.Netuno:O Princípio da Instrumentação
VI.Padrões de Netuno: A décima segunda Casa 
VII.Netuno: Aspectos e Posições 
VIII.Plutão: Princípio do Fogo Congelado

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