Rendição é nunca olhar para trás. Ainda que aquilo que ficou para trás seja familiar e convidativo e o que está na frente é, na melhor das hipóteses, apenas um sonho, render-se é dar passos contínuos para frente. Onde cada passo não é precipitado e resoluto, mas cuidadosamente posicionado e feliz.
O primeiro passo na rendição é colocar seus pés sobre um caminho, renunciar definitivamente ao conforto das encruzilhadas e optar por uma direção. Seja ela qual for, o espírito tomou uma decisão: que um passo formará a trilha do que vem a seguir.
Depois disso, vem todas as complicações e alegrias de viajar, as dificuldades, a economia, a paciência, o humor e o companheirismo. Essa rendição é permanecer sempre criativo. A cada segundo contribuir com virtudes para a jornada – não apenas tirar o melhor das coisas, mas torná-las bonitas. Há inimigos, evidentemente, mas você precisa rendê-los também. Veja seus pontos fortes, veja suas virtudes e eles morrem. E se não houver virtudes, ficar calmo e continuar em frente é rendição.
O estágio final na rendição é um voo. Pensamentos completamente elevados formam o suporte dos relacionamentos – pensamentos preenchidos com tanta verdade que naturalmente elevam você. Quando os pensamentos são de tal clareza, o meio de transporte muda. Do chacoalhar suave na companhia dos outros, adaptando-se às dificuldades, apoiando, sendo apoiado, acontece a decolagem. Essa é a rendição ao novo, a um meio de expressão totalmente diferente, a um ponto de solitude, mas de onde a companhia e a assistência mais sutis podem ser prestadas. A rendição mais elevada é tornar-se um anjo.
Fonte do texto: Beleza Interior - O livro das Virtudes - Anthea Church- FEEU - 1992
Fonte da imagem:jaquelinemaricota.blogspot.com
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