Cágado atropelado recebe abraçadeiras para se recuperar de fratura
Animal foi atendido no Hospital Veterinário de Uberaba. Para reparar o casco, veterinário precisou inovar nos materiais usados na cirurgia
por Cristiane Silva
por Cristiane Silva
O cágado, que recebeu o nome "Tite", tem seis braçadeiras plásticas para unir as duas partes do casco
Um cágado-de-barbicha de cerca de 3 anos se recupera de uma grave fratura no casco após passar por uma cirurgia no Hospital Veterinário de Uberaba, no Triângulo Mineiro. Durante a intervenção, o veterinário precisou usar materiais alternativos para reparar o ferimento do réptil.
Segundo Cláudio Yudi, o cágado foi levado para o hospital pela Polícia de Meio Ambiente da cidade em 19 de janeiro, após ser encontrado ferido no Anel Viário que liga a MG-427, próximo à penitenciária da cidade. Em um atropelamento, o réptil teve o casco partido ao meio.
O réptil foi encontrado ferido após ser atropelado em uma rodovia de Uberaba
Na cirurgia, foram usados materiais comuns para esse tipo de fratura, como resina plástica colorida – a mesma usada por dentistas -, fios de aço, cola cirúrgica e parafusos. O diferencial no procedimento foi a aplicação de seis abraçadeiras plásticas, material normalmente usado para prender fios ou outros itens, muito resistente e de baixo custo. O cágado recebeu seis delas para fixar a parte do casco que se separou.
O veterinário Cláudio Yudi explica, ainda, que esse tipo de fratura é muito comum na espécie. Como existem variações no tipo de fratura, o uso de materiais incomuns aliado à criatividade asseguram uma recuperação rápida do animal. Por ser um animal ectotérmico – que depende da temperatura ambiente para sobreviver – a recuperação da fratura pode demorar mais de um ano. O cágado está em observação no Hospital Veterinário de Uberaba.
Soraia querida,
ResponderExcluirNuma situação tão lastimável e lamentável, ainda posso dizer que foi muito bom saber que foi possível o tratamento.
Mas é isto que anda acontecendo, os animais não estão conseguindo encontrar seu habitat para poder viver de forma tranqüila.....a selva de pedra está invadindo a selva natural dos animais.
Fora os atos inconseqüentes, imaturos e imbecis de muitos humanos que sentem prazer em machucar e judiar de muitos animais.
Pois é, tudo isto me deixa muito triste, mas como comentei, no caso do cágado mesmo com todo o incômodo dos materiais alternativos, o melhor de tudo é que está conseguindo se recuperar.
Um beijão querida!!!
Lú
Oi Lú!
ExcluirConcordo com você.
Assisti esta reportagem num jornal local e fiquei comovida com a situação ambígua: a dor do animal e a dedicação do médico. Certa vez, quando viajei de carro para Uberaba, vi por infelicidade o atropelamento de um tatu.
É muito triste.
Beijos:)