quarta-feira, 15 de maio de 2013

É florido? É Chita!

O nome chita vem do sânscrito chintz, surgiu na Índia medieval e conquistou europeus, antes de se popularizar no Brasil.

Um pouco da história:

Chintz
Chintz era originariamente um tecido estampado produzido na Índia de 1600 a 1800 e bastante popular como roupa de cama e para patchwork. Por volta de 1600, mercadores portugueses e holandeses levaram a chintz para a Europa. Esses tecidos eram ainda extremamente caros e raros. Por volta de 1680 mais de 1 milhão de peças de chintz eram importadas para a Inglaterra por ano, e uma quantidade similar seguia para a França e Holanda.
Com a chintz importada se tornando popular entre os europeus no fim do século XVII, havia preocupação por parte das tecelagens francesas e inglesas, uma vez que não produziam chintz. Em 1686 conseguiram que a França proibisse a importação deste tecido. Em 1720 o parlamento inglês proibiu não só a sua importação bem como o seu uso.
Os produtores europeus fizeram várias tentativas de imitação dos padrões de chintz, sendo um dos resultados mais conhecidos a estampa francesa toile de Jouy (foto acima).



História da chita no Brasil 
A chita veio para o Brasil com os europeus a partir de 1800, conforme já mencionado, o tecido é originário da Índia e ao longo do tempo foi passando por várias melhorias até chegar ao que temos hoje. Após um longo processo burocrático, cultural e financeiro, a chita passou a ser produzida também no Brasil. A produção do tecido no país o barateou, e muito, tornando populares as peças confeccionadas com o material, transformando-o, assim, em um dos ícones da identidade nacional. 
Atualmente é mais usado em festas populares, como a festa junina, mas vem sendo valorizado também na decoração, principalmente como referência estética. De tempos em tempos, ganha espaço em passarelas, galerias de arte, vitrines e palcos, quando estilistas, artistas plásticos, designers e outros criadores redescobrem estas estampas e as incorporam a suas produções.


www.momu.be - Photo by Hugo Maertens, Bruges.
Bem diferente dos modelos a que estamos acostumados a ver aqui no Brasil, a imagem acima é de um casaco e um xale de chita, a saia é de algodão estampado com vidros.

Chita em cerâmica - modelo chinês

Há ainda peças em cerâmica que são estampadas por impressão, diferentemente das que são confeccionadas pelo chineses, com pinturas feitas à mão na própria cerâmica.

Fontes:

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